terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Agronegócio já representa 8% do PIB do Rio



postado em 03/02/2012



O agronegócio fluminense registra resultado positivo. Com R$ 20 bilhões/ano, já representa 8% do PIB do Estado do Rio de Janeiro. O destaque ficou por conta da produção de leite e lácteos que, em uma área que representa apenas 0,5% do território brasileiro, já é uma realidade. Para isso, o governo não mediu esforços, investiu cerca de R$ 17 milhões no setor e mais R$ 60 milhões nas cooperativas através do retorno do crédito de ICMS. Além disso, o segmento gera cerca de 150 mil empregos diretos e algo em torno de 750 mil indiretos, porque inclui a cadeia produtiva, conforme disse ao MONITOR MERCANTIL, o secretário estadual de Agricultura, Cristino Áureo, para quem a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) teve um papel fundamental.

Para Cristino, a produção de leite está transformando o setor. O governo, segundo ele, estruturou um programa que, desde 2007, cumpre etapas importantes na cadeia de lácteos. E isso, diz, fez com que retornasse ao Estado todas às indústrias que saíram. Citou como exemplo a fábrica da Nestlé em Três Rios e que processa 400 mil litros de leite/dia e que pode chegar a 1 milhão/dia. "Essa fábrica se junta a outras estruturas que estão sendo inauguradas, como a Laticínios Marília, no Noroeste, em Itaperuna, como a fábrica da LBR, que resulta da fusão da Parmalat, Bom Gosto, Boa Nata e que comprou a antiga planta da Nestlé em Barra Mansa. Recentemente, também tivemos o anúncio da fábrica da BR Foods, resultado da fusão da Sadia com a Perdigão, que vai instalar sua fábrica em Barra do Piraí", disse, ressaltando que a rodovia entre Barra Mansa e Três Rios, o trecho da BR 393, está sendo chamado de "Via Láctea", em função de uma grande concentração de empresas de grande porte no país.

Na opinião do secretário, é preciso compreender quais são as vocações do estado. Se não pode produzir soja, pode produzir leite que, segundo ele, pode ser desenvolvido em pequenas propriedades e disponível para o consumo. "Cada vez mais as indústrias estão chegando à conclusão que transportar produto, cujo conteúdo de água é alto a longas distâncias. A produção de leite tende ao retorno da lógica do passado, onde o abastecimento era feito no local regional".

A matéria é de Marcelo Bernardes do Monitor Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.

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