O Estado de S. Paulo - 08/02/2012 |
Após integração total das operações com o Unibanco, Itaú tem como foco, a partir de agora, o crescimento Maior banco privado brasileiro, o Itaú obteve no ano passado o maior lucro da história do setor no País: R$ 14,6 bilhões. Após o ganho recorde e com 100% da integração com o Unibanco concluída no fim de 2011, o foco do Itaú é o crescimento. "Esse processo todo (da integração) tomou muita energia do banco. Agora, podemos trabalhar em uma agenda de melhoria de qualidade, produtos e inovação, mais voltada para o crescimento", destacou o presidente do Itaú, Roberto Setubal. A carteira total de crédito do banco deve manter o mesmo ritmo de crescimento de 2011, quando apresentou elevação de 19%. Setubal observou que o crédito imobiliário deve ser, novamente, a linha com mais expansão. No ano passado, cresceu 67% na pessoa física. "Mesmo em um ano marcado pelo aumento da volatilidade no mercado internacional, especialmente a partir do segundo semestre, mantivemos nosso crescimento no crédito", disse. Segundo o executivo, o cenário para 2012 é propício ao crédito, seja para o consumo, seja para as empresas. "A tendência é aumentar a demanda por capital de giro." O Itaú acredita que a taxa básica de juros (Selic) cairá abaixo dos 10% em 2012. A redução dos juros deve levar a uma redução da margem financeira do banco, mas o crescimento dos empréstimos pode compensar essa redução, de acordo com Setubal. O crescimento do crédito em 2011 foi acompanhado pelo aumento de calotes, especialmente na pessoa física. O indicador do banco, considerando os atrasos acima de 90 dias, fechou dezembro em 4,9%. Setubal antecipou que, no início de 2012, esse número pode chegar a 5%, mas depois tende a se estabilizar. Disputa com Bradesco. A expansão da rede de atendimento do Bradesco, que abriu mais de mil agências em 2011, ajudou a aproximar o banco do Itaú, maior instituição financeira privada da América Latina. A diferença em ativos dos dois bancos caiu de R$ 118 bilhões no quarto trimestre de 2010 para R$ 90 bilhões no fim do ano passado. No terceiro trimestre, a distância estava em R$ 114 bilhões. O Itaú fechou dezembro com R$ 851 bilhões em ativos, ante R$ 761 bilhões do Bradesco. O Santander, com R$ 400 bilhões, tem tamanho equivalente à metade dos concorrentes nacionais. O Bradesco resolveu abrir mais agências a partir do segundo semestre para compensar a rede que perdeu para o Banco do Brasil, que passou a administrar o Banco Postal dos Correios em janeiro deste ano. Enquanto o Itaú abriu 123 novas unidades no ano passado, o Bradesco abriu 1.009. Como reflexo do crescimento orgânico, os ativos do Bradesco cresceram 20%, ante 13% do Itaú. Outro reflexo da expansão da rede foi o maior crescimento das despesas no Bradesco. Enquanto no Itaú elas subiram 1,7% no quarto trimestre ante o terceiro e 9,5% no acumulado do ano, no Bradesco elas cresceram bem mais, com expansão de 8,5% no trimestre e 17,4% no ano. Além dos maiores gastos administrativos, o Bradesco teve aceleração de gastos com pessoal, ao aumentar o número de funcionários em 9,4 mil pessoas no ano passado, enquanto o Itaú reduziu seu quadro em 3,5 mil no mesmo período. / A.S.J. |
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Lucro de R$ 14,6 bi é o maior da história dos bancos no País
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