quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Grupo André Maggi é o único do país a ser referência ambiental

Veículo:
FOLHA DO ESTADO - MT 
Editoria:
ECONOMIA 
Data:
08/02/2012 
Assunto:
SAFRAS 
Tamanho
da fonte
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DA REDAÇÃOO grupo mato-grossense André Maggi é a única empre-sa brasileira a se tornar referên-cia socioambiental no Forest Footprint Disclosure (FFD), formado por alguns dos maio-res fundos de investimento do mundo e que monitora as prá-ticas ambientais das grandes companhias globais. A empre-sa é o maior produtor individual de soja do planeta e antigo alvo do Greenpeace. No total, 18 empresas de vários países tiveram suas práticas em relação às florestas analisadas pelo fundo. Hoje, 13 empre-sas fazem parte dessa lista em todo globo, sendo sete delas do Reino Unido, uma do Brasil e só duas dos Estados Unidos.
Setenta dos maiores fundos de investimento, que adminis-tram juntos US$ 7 trilhões, dão origem ao Forest Footprint Disclosure (FFD), usado como referência por instituições do porte do Barclays Capital.
O reconhecimento ocorre em um contexto de pressão dos fundos de investimento sobre empresas globais para que reduzam ao máximo sua "pegada florestal", sob pena de perda de investimentos.
Antes de decidirem onde aplicar, esses fundos agora querem saber o grau de expo-sição das grandes companhias a cinco tipos de commodities: soja, óleo de palma, madei-ra, artigos derivados da pecuá-ria e biocombustíveis -tanto na produção como na cadeia de suprimentos.
Para se ter um exemplo, no ano passado, a Lingui Deve
lopments, da Malásia, foi cor-tada da carteira de investimen-tos do fundo de pensão dos funcionários do governo da Noruega por não se enquadrar aos critérios socioambientais definidos pelo fundo.
DESTAQUE

Das 357 empresas que receberam a solicitação do FFD para revelar suas prá-ticas em relação às flores-tas, somente 87 aceitaram. No Brasil, entre as 18 convidadas, somente 5 foram analisadas.
Vale lembrar que em 2006, o Grupo André Maggi foi alvo de uma campanha do Green-peace, que acusou o grupo de estimular o desmatamen-
to na Amazônia à medida que aumentava sua produção para garantir as vendas aos países da Europa.
Desde então, investiu em obter uma certificação interna-cional para a produção. Em junho de 2011, fechou o pri-meiro contrato, embarcando 85 mil toneladas de GRÃOS certifi-cados para a Holanda.
"Esse certificado é a confir-mação de nosso compromisso com uma produção responsá-vel", disse Waldemir Ival Loto, presidente do grupo.
O "grau de investimen-to" dos fundos não significa que a empresa seja totalmente "verde". Garante apenas que ela está empenhada e aberta a monitoramentos externos.
"Esse relatório é diferen-te de muitas iniciativas que representam mera maquiagem verde", diz Roberto Smeraldi, diretor de Amigos da Terra-Amazônia Brasileira, integran-te desse projeto. "Ele não divulga boas ações ao públi-co, e sim informação operacio-nal, padronizada e comparável para os investidores."
Apesar de ainda não esta-rem na liderança mundial em seus setores, Natura, Marfrig, JBS e Fibria tiveram desta-que. Recusaram-se a responder: Cikel, Irani, Brazil Foods, Arantes Alimentos, Caramu-ru, Coamo, Frigorífico Mer-cosul, Imcopa, Independência, Margen, Minerva e Petrobras.
(Com Folha de S. Paulo)

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