O Globo - 01/02/2012 |
Decisão afeta megacargueiros da Vale XANGAI. O governo chinês não permitirá mais que navios gigantes, que superem a capacidade máxima de 300 mil toneladas, atraquem em seus portos, informou ontem o Ministério do Transporte, minando os planos da Vale de utilizar seus megacargueiros para suprir seu principal mercado de minério de ferro. Até a determinação de ontem, a atracação de navios que excediam a capacidade aprovada era avaliada caso a caso. A medida, que afeta cargueiros e petroleiros, entra em vigor imediatamente. O anúncio foi feito apenas um mês depois de a Vale tentar descarregar o navio Berge Everest, um Valemax com 388 mil toneladas de minério de ferro, no porto de Dalian, o que gerou protestos da China Shipowners Association, a associação chinesa de armadores, que pedia a Pequim para barrar os meganavios. Nenhum porto chinês tem autorização para receber navios com mais de 300 mil toneladas. Os da Vale podem levar até 400 mil toneladas. A entrada do Berge Everest em Dalian teria ocorrido por uma falha burocrática. O Ministério do Transporte chinês também admitiu que sua decisão de proibir navios gigantes decorre em parte da crise que assola a indústria de navegação chinesa, assim como de preocupações com segurança marítima. Com a desaceleração econômica, a demanda por embarcações, muitas delas construídas e operadas por companhias chinesas, caiu, levando também os valores do frete para baixo. Os megacargueiros da Vale, mais competitivos que outras embarcações pelo ganho de escala, ampliam sua atuação num momento ruim do setor, alimentando o lobby contrário chinês. A China Shipowners Association e siderúrgicas dizem que a brasileira monopolizaria os mercados de minério de ferro às custas da China. Com Pequim mantendo seus portos fechados aos Valemax, a mineradora terá de depender do transporte mais caro para abastecer o maior consumidor de minério de ferro. Consultada pela agência Reuters, a Vale informou que não comentaria o assunto. Já a polícia canadense divulgou o nome do trabalhador morto em uma mina da Vale no país: Stephen Perry, de 47 anos. Segundo o jornal "Globe and Mail", a paralisação das operações das cinco minas de Sudbury deve afetar 1.500 trabalhadores. O site CBC News lembrou que em novembro a Xstrata também suspendeu as operações em minas canadenses após alguns acidentes sem sem mortes. |
Frota da Vale chega a 35 supernavios
O Estado de S. Paulo - 01/02/2012 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/2/1/frota-da-vale-chega-a-35-supernavios |
A decisão de ter uma frota própria de supernavios faz parte da estratégia da Vale de reduzir custos com frete marítimo. Com capacidade de transporte de carga maior, a mineradora terá ganhos de escala. A Vale já possui contratos de arrendamento para um total de 16 navios gigantes. Outros 19 navios foram encomendados para serem inicialmente da própria Vale, num total de 35 embarcações do mesmo porte. Dos que a Vale decidiu construir diretamente, 12 serão construídos na China e outros sete na Coreia. |
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