quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Volume de financiamentos do Banco do Brasil registra alta em Mato Grosso

CRÉDITO
30/01/2012 | 19h10


Nos seis primeiros meses crescimento foi de 46% no Estado

  • Luiz Patroni | Diamantino (MT)
Foto: Adriana Franciosi / Agencia RBS
Maior estabilidade financeira dos produtores é um dos motivos do aumento

O volume de financiamentos do Banco do Brasil para a safra 2011/2012 avança significativamente em Mato Grosso. Nos primeiros seis meses a contratação de empréstimos registrou crescimento de 46% em relação ao primeiro semestre do Plano Safra 2010/2011, liberando um total de R$ 2,099 bilhões. A maior estabilidade financeira dos produtores é um dos motivos deste aumento.

O segmento agroempresarial ficou com 72,46% dos recursos. Os contratos da agricultura familiar representaram 7,61% do total. O restante, 19,83%, foi contratado em operações para o pré-custeio da safra
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— Bons preços das commodities, renegociação das dívidas, boas produtividades, produção aumentando, isso leva cada vez mais os produtores a buscarem investimentos, e nós podemos apoiar o produtor. Queremos chegar a R$ 3 bilhões em financiamentos, sempre apoiando agropecuária de Mato Grosso — afirma o gerente de mercado de agronegócios do Banco do Brasil no Estado, Anderson Scorsafava.

No segmento empresarial, a maior fatia dos empréstimos foi para as operações de custeio, com R$ 887,09 milhões. Neste item houve crescimento de 24% no volume contratado.

Se por um lado os números apontam o custeio como o principal motivo dos financiamentos, também revelam um aumento expressivo da procura pelas linhas de crédito destinadas a investimento. O volume de recursos liberados no período cresceu 98%, chegando a R$ 379 milhões
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— O produtor está mais capitalizado, conseguiu renegociar parte das dívidas, e está retomando financiamentos para compra de máquinas e bens para a sua produção — diz o superintendente do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidônio.

Apesar do avanço na contratação de empréstimos junto ao Banco do Brasil, o volume de recursos oficiais utilizados pelos agricultores de Mato Grosso ainda representa pouco diante da real necessidade do setor. Uma estimativa do Imea aponta que dos R$ 7,2 bilhões que devem ser usados para cobrir os custos operacionais da atual safra, apenas 10% serão pagos com recursos oficiais. O restante deve sair de outras fontes, como bancos privados (12%), multinacionais (18%), revendas (25%) e recursos dos próprios agricultores (35%) que devem cobrir a maior parte dos gastos.
CANAL RURAL



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30/01/2012 
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30/01/2012 - FCO Rural disponibiliza R$ 741 mi para impulsionar atividades no setor agropecuário em MT
Da Redação 
Mato Grosso terá este ano R$ 741 milhões de reais disponíveis do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste - FCO Rural para expandir o segmento do agronegócio no Estado. A Secretaria de Desenvolvimento Rural e AGRICULTURA FAMILIAR (Sedraf), por meio da Câmara de Política Agrícola e Crédito Rural (CPACR), realizou a segunda reunião ordinária do FCO Rural onde foram deliberadas 45 cartas consultas. Destas, 42 aprovadas, duas devolvidas e uma reprovada por não se enquadrarem nas normas estabelecidas pelo Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste Condel/FCO. 
O valor aprovado na reunião foi na ordem de R$ 25 milhões, totalizando até o momento R$ 43,5 milhões. O aporte financeiro pode ser utilizado no setor de armazenagem, recuperação e reforma de pastagens, áreas degradadas, reserva legal e licenciamento ambiental dos imóveis rurais
O principal objetivo do FCO é contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região Centro-Oeste. De acordo com o conselheiro suplente do Estado de Mato Grosso no Condel/FCO e secretário Adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Sedraf, Luiz Carlos Alécio, responsável por conduzir a reunião, ressaltou que o FCO Rural é um dos melhores instrumentos de financiamentos existentes para o produtor rural. "Este ano houve uma alteração muito importante em relação aos valores e as taxas de juros para que os pequenos e médios produtores possam estar inseridos no programa de financiamento pagando juros menores", reforça. 
Só para se ter uma ideia, as novas mudanças nos valores da renda do produtor garantem taxas menores. O produtor que tinha uma renda de até R$ 150 mil e era classificado com Mini, a partir deste ano, pode ter uma renda de até R$ 360 mil pagando a mesma taxa de juros de 5% ao ano. A renda do Pequeno Produtor que variava entre R$ 150 a R$ 500 mil onde ele pagava 6,75% ao ano, a taxa foi mantida e o valor da renda que ele pode ter acima de R$ 360 mil até R$ 3,6 milhões. Uma das novidades neste ano é categoria Pequeno-Médio inclusa no FCO Rural, ou seja, produtor com renda entre R$ 500 mil a R$ 1,9 milhão agora pode ter uma renda acima de até R$ 16 milhões com encargos de 7,25%, a mesma taxa é mantida para a categoria Médio cujo valor varia entre R$ 16 milhões podendo chegar até R$ 90 milhões. Já o Grande Produtor que tinha acima de R$ 1,9 milhão pode ter renda acima de R$ 90 milhões com a taxa de juros de 8.5% ao ano
"A incorporação de uma nova categoria como Pequeno-Médio vai fazer muita diferença no bolso do produtor que ganhou mais autonomia para trabalhar com o montante financiado e taxas de juros atraentes", afirmou o secretário da Sedraf, José Domingos Fraga Filho. 
FCO ITINERANTE 
Este ano a Câmara Técnica já prepara a nova edição do FCO Rural Itinerante. Para isso será feito o calendário com as datas e locais na próxima reunião que está marcada para o dia 08 de fevereiro, às 8h. O critério utilizado para a escolha dos municípios será de acordo com as demandas de cada região. As palestras serão realizadas na sede dos sindicatos rurais filiados à Famato. Participaram da reunião representantes do Banco do Brasil, Associação dos Produtores de Soja e Milho no Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Associação dos Criadores de Mato-Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Associação dos Engenheiros Agrônomos (AEA), Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Aprocecon, Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio), Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso (CRMV), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta), Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia de Mato Grosso (Sicme), Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). Mais informações sobre as linhas de financiamentos estão disponíveis no site da Sedraf, no link Linhas de Financiamento - FCO Rural ou pelo telefone com o coordenador da Câmara de Política Agrícola e Crédito Rural (FCO Rural), Wilson Pereira e com José Antônio Lino pelo telefone (65) 3613-6237.

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