segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Demanda por açúcar seguirá firme

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/8/30/demanda-por-produto-seguira-firme
Valor Econômico - 30/08/2010
A demanda fora do comum pelo açúcar brasileiro não se justifica somente por ser o país o único lugar do mundo a ofertar o produto no momento. A falta de confiança de que a Índia será na próxima temporada um porto seguro para se comprar açúcar também ajuda a explicar por que o Brasil está sendo tão demandado.
De janeiro a julho, a Índia importou 1,59 milhão de toneladas de açúcar brasileiro e, em agosto, já comprou mais 239,1 mil toneladas. A previsão da Shree Renuka Sugars, uma das principais companhias indianas de açúcar, é de que o país exporte, entre janeiro e setembro de 2001, de 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas.
Isso porque a expectativa é de que o país asiático produza 25 milhões de toneladas na próxima estação, que começa em outubro, ante as 18,8 milhões de toneladas de 2009/10. "Apesar de a área plantada ter subido 17%, não vemos o recorde de produtividade da safra passada se repetir nesta", diz Narendra Murkumbi, presidente da Shree Renuka. Ele acrescenta que como a Índia não tem um grande excedente de açúcar, os preços domésticos tendem a se equalizar com os internacionais, de forma que os estímulos à exportação serão menores.

Portos batem recorde de exportação de açúcar

Valor Econômico - 30/08/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/8/30/portos-batem-recorde-de-exportacao-de-acucar
Com a volta do clima seco na região dos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR), os embarques de açúcar retomaram o ritmo e superaram os volumes do ano passado, que por sua vez também foram recordes.
Segundo levantamento da Kingsman do Brasil, nos 27 dias de agosto deste ano foi embarcado mais açúcar do que em todos os 31 dias do mesmo mês de 2009. Ainda assim, as filas permanecem nos portos e são alimentadas por navios que deveriam atracar apenas em setembro ou outubro, mas chegam com um ou dois meses de antecedência demonstrando um certo "desespero" pelo produto brasileiro.
Foram embarcados 2,199 milhões de toneladas de açúcar até 27 de agosto deste ano, 70 mil toneladas a mais do que no mesmo mês do ano passado. Ainda assim, há na programação 113 navios - entre os que aguardam no porto e os que estão a caminho - para embarcar 3,346 milhões de toneladas.
"A estrutura portuária funciona, tanto que após o acúmulo causado pelas chuvas, os terminais conseguiram no tempo seco recuperar e até superar os volumes do ano anterior. O que ocorre é que o mundo tornou-se altamente dependente do açúcar brasileiro, com todos os outros produtores tendo problemas em suas safras", diz Luiz Carlos dos Santos Júnior, diretor da Kingsman do Brasil.
No frisson mundial pelo açúcar brasileiro também há um componente adicional. A China, que normalmente comprava açúcar da Tailândia, está vindo agora buscar a commodity no Brasil.
Neste ano, o país asiático já importou 514 mil toneladas do produto brasileiro, sendo 327 mil toneladas em julho e 239 mil toneladas em agosto. "Dos 73 navios que saíram em agosto dos portos, 29 foram para o continente africano e 24 para Ásia", informa.
No acumulado da safra no Centro-Sul, ou seja, entre maio e julho, foram embarcadas 6,8 milhões de toneladas, 25% mais do que os 5,4 milhões de toneladas registradas em igual período de 2009.
Diante do temor de ficar sem açúcar, importadores têm antecipado o envio de navios ao Brasil. " Há compras feitas para entrega em setembro e outubro cujos navios já chegaram agora, em agosto", contou um trader.
Desde o início de julho, Santos e Paranaguá registram a chegada recorde de embarcações do mundo todo em busca de açúcar. A razão é que a partir de junho as cotações da commodity começaram a cair a níveis viáveis para os compradores. Nos meses anteriores, eles praticamente saíram do mercado e queimaram os próprios estoques para não comprar açúcar aos preços altos dos primeiros meses do ano. "Em fevereiro, o mercado estava na casa dos 30 centavos de dólar por libra-peso. Em meados de maio, esse valor já estava abaixo de 15 centavos", lembra Santos.

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