FUNDOS DO BRASIL TESTAM O INSTÁVEL MERCADO EXTERNO | ||||
Autor(es): Angelo Pavini, de São Paulo | ||||
Valor Econômico - 26/08/2010 | ||||
O volume ainda é modesto em relação ao total aplicado no setor de fundos: 0,2% de R$ 1,4 trilhão Gestores e investidores brasileiros estão descobrindo o mercado internacional. Hoje, 58 assets têm aplicações no exterior de R$ 3,45 bilhões, ou 46% acima dos R$ 2,37 bilhões de dezembro, revela estudo feito pelo economista Raphael Weyne, com dados da Economática. Apenas em 2010, foram criados 25 fundos com aplicação no exterior, elevando o total a 129 carteiras. O volume ainda é modesto em relação ao total aplicado no setor de fundos: 0,2% de R$ 1,4 trilhão. Mas o crescimento mostra uma tendência de diversificação, afirma Weyne. O fato de a regulamentação para aplicar no exterior ter saído pouco antes da crise mundial explica o pequeno desenvolvimento dessa estratégia. Esses fundos trazem mais oportunidades de ganhos - e de risco de perdas também - para o investidor levar em conta. Desde 2007, os fundos podem aplicar 10% de seu patrimônio no exterior. Esse percentual sobe para 20% nos multimercados e pode chegar a 100% nos fundos com aplicação mínima de R$ 1 milhão. O estudo mostra forte concentração em grandes bancos com gestão mais sofisticada, como o BTG Pactual e a Credit Suisse Hedging-Griffo. Só os dois têm R$ 1 bilhão, um terço do total investido no exterior. Os dez maiores concentram R$ 2,4 bilhões, 69,5% do total. Há também um grande número de pequenas gestoras independentes pioneiras no investimento no exterior. Esses independentes, em geral, já costumavam ter estruturas "offshore" para clientes internacionais que queriam aplicar no Brasil. "Começamos há cinco anos com o Gávea Fund, que é um "offshore" e, quando a CVM regulamentou a aplicação aqui, replicamos a estratégia em um fundo local em reais", diz Marcelo Stallone, da Gávea Investimentos. Para ele, no fundo Gávea Investimento no Exterior, que pode aplicar 100% dos recursos no mercado externo, um quarto do ganho acima do CDI veio das aplicações internacionais. O fundo foi criado em julho de 2008 e, em outubro daquele ano, perdeu 8% com a crise internacional, fechando o ano com prejuízo de 6,5%. "Mas no ano passado ganhou 28% e, neste ano, 7,93% até julho, para um CDI de 5,18%", diz. Apostas em comportamentos de ativos e arbitragens entre o mercado brasileiro e o externo criam boas oportunidades de lucro. Um pé no exterior
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Fundo de pensão promove crescimento, diz Coutinho
Valor Econômico - 26/08/2010 |
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/8/26/fundo-de-pensao-promove-crescimento-diz-coutinho O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, acredita que os fundos de pensão e de previdência privada são de extrema importância para o financiamento de longo prazo no país, principalmente para projetos de infraestrutura, sendo importantes para o desenvolvimento brasileiro. Por tratar-se de um grande volume de poupança, os recursos acabam sendo ideais, segundo Coutinho, para aquele tipo de infraestrutura mais relevante para assegurar o avanço da competitividade e o avanço das condições para o crescimento da economia. "Sendo a poupança do país, os fundos ajudam a prover capital de longo prazo, poupança de longo prazo para empreendimentos que dificilmente obtêm condições adequadas de funding, notadamente para projetos que requerem uma duração mais longa. Me refiro principalmente a projetos de infraestrutura", disse o presidente. Ele abriu o 1º Fórum de Participantes dos Fundos de Pensão, na sede do banco, no Rio. Além disso, o presidente lembrou que o sistema de previdência privada é precioso também para a vida dos trabalhadores, dos contribuintes, que passam a ter uma perspectiva de renda futura, de segurança patrimonial. Por isso, os fundos representariam "um dos elementos fundamentais da qualidade de vida", um elemento-chave para o bem-estar da sociedade. "A maioria dos fundos de pensão se encontra saudável. É muito relevante para o Brasil que continue e até se acelere a ampliação da base de participantes de fundos previdenciários", opinou Coutinho. Para ele, é importante ainda que se aperfeiçoem as condições de segurança jurídica, de monitoramento, de transparência, e da qualidade da gestão. "Portanto, esse é um sistema precioso para o país", acredita. |
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