terça-feira, 31 de agosto de 2010

Segurança alimentar

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/8/31/curtas-agronegocios
O Ministério do Desenvolvimento Agrário informou que o decreto nº 7.272/2010, que instituiu a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN), foi assinado na semana passada. Segundo o ministério, "o fortalecimento da agricultura familiar, povos indígenas e comunidades tradicionais é um dos objetivos dessa Política Nacional que visa promover a segurança alimentar e nutricional, para garantir a realização do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável".


Denominação de origem para arroz do RS

Autor(es): Sérgio Bueno, de Porto Alegre
Valor Econômico - 31/08/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/8/31/denominacao-de-origem-para-arroz-do-rs
O arroz cultivado e beneficiado em 12 municípios do litoral norte do Rio Grande do Sul, que na safra 2009/10 respondeu por 8,7% da produção de 6,9 milhões de toneladas do grão no Estado, é o primeiro produto brasileiro com Denominação de Origem (DO) reconhecida pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).
Com o registro, obtido após um processo de organização do setor que começou há cerca de cinco anos, os arrozeiros esperam agora a valorização do produto no país e o ingresso em mercados exigentes como Europa e Estados Unidos.
O trabalho foi conduzido pela Associação dos Produtores de Arroz do Litoral Norte do Estado (Aproarroz), que foi constituída para buscar a DO em 2006 e protocolou o pedido no INPI em 2008. Segundo o presidente da entidade, Clóvis Terra Machado dos Santos, o registro, que abrange 12 municípios, até 130 mil hectares e quase 1,5 mil produtores na região, foi emitido na semana passada e será entregue aos representantes do setor amanhã, na Expointer.
Segundo o INPI, a Denominação de Origem é a indicação geográfica que vincula a qualidade de um produto aos recursos naturais e humanos da região onde ele é produzido. Na prática, ela é reconhecida como um degrau acima da Indicação de Procedência, que relaciona o produto à "reputação" da área de origem e que já foi concedida aos vinhos do Vale dos Vinhedos (RS), à carne bovina do pampa gaúcho, ao couro acabado de Novo Hamburgo (RS), ao café do Cerrado mineiro, à cachaça de Paraty (RJ), à uva e à manga do Vale do Rio São Francisco.
Conforme o presidente da Aproarroz, as condições climáticas específicas do litoral gaúcho - situado entre o mar e grandes lagoas internas - incluem variação térmica menos acentuada, abundância de água e regime de ventos favorável, o que proporciona grãos de melhor aspecto e qualidade para preparo e consumo. No processo de beneficiamento, o arroz em casca da região rende de 64% a até 68% de grãos inteiros, contra a média estadual de 58% a 59%.
Santos não faz projeções sobre o ganho econômico potencial dos arrozeiros com a concessão da DO. Graças à qualidade diferenciada, os agricultores da região já recebem, historicamente, de 8% a 10% a mais do que a média estadual, conforme o agrônomo Daniel Menezes Sant"Anna, que trabalhou como consultor na elaboração do projeto. Para o agrônomo José Enoir Daniel, da Emater-RS, o novo status pode elevar esse prêmio a até 20% no médio prazo.
O plano da Aproarroz é colocar os primeiros lotes com Denominação de Origem no mercado em 2011, mas ainda não há estimativa de volumes. Para receber o selo, cada produtor terá que registrar áreas específicas de cultivo e cumprir um protocolo elaborado pela entidade e aprovado pelo INPI, que inclui rastreabilidade das sementes, controle de insumos, cuidados ambientais, cumprimento da legislação trabalhista, transporte e beneficiamento dos grãos - que deve ser feito obrigatoriamente na própria região. A associação fará o acompanhamento do processo.
"O simples fato de ser da região não garante que o produto vai receber o selo", diz Santos. Segundo ele, 30% da produção de arroz em casca dos 12 municípios, que nesta safra somou 600 mil toneladas, é beneficiada localmente e comercializada com marcas como Palmares, Mostardeiro e Coripil no Rio Grande do Sul e no centro do país, mas a meta é elevar esse índice nos próximos anos. O restante é vendido em casca para beneficiamento em outros Estados.
Para o presidente da Cooperativa Arrozeira Palmares (Coopalmares), Francisco Selistre, os benefícios da Denominação de Origem serão percebidos de maneira "gradual" tanto pelos agricultores quanto pela indústria. Ele também não arrisca o potencial de valorização do produto nas gôndolas dos supermercados, mas acredita na abertura de mercados internacionais importantes como Europa e EUA. Hoje a cooperativa vende o arroz com a marca Palmares no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Com 130 arrozeiros associados, a Coopalmares produziu nesta safra 36 mil toneladas de arroz beneficiado a partir de quase 55 mil toneladas do produto em casca e tem capacidade para aumentar imediatamente os volumes em 20%, explica Selistre. "Mas temos três linhas de produção e podemos colocar mais quatro sem grandes investimentos em estrutura física", acrescenta. De acordo com ele, cada nova linha custa cerca de R$ 1 milhão em equipamentos.

Na Argentina, cultivo de trigo pode avançar 21% neste ciclo

Autor(es): Daniel Rittner, de Buenos Aires
Valor Econômico - 31/08/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/8/31/na-argentina-cultivo-de-trigo-pode-avancar-21-neste-ciclo
Às vésperas de completar o plantio, a Argentina faz contas e observa que a área cultivada do trigo deverá alcançar 4,244 milhões de hectares nesta safra, segundo o Ministério da Agricultura. Pelas projeções oficiais, o crescimento em relação à temporada 2009/10 chegou a 21%.
O governo não divulgou estimativas de produção. Para a consultoria Agritend, a safra de trigo 2010/11 deverá atingir 10,5 milhões de toneladas. É um avanço frente à colheita passada, que beirou 7,5 milhões de toneladas, em meio à forte estiagem vivida pelo campo argentino durante o plantio. Isso fez com que a área plantada fosse a menor em 111 anos. Os números do atual plantio, que já foi 99% concluído, evidenciam uma trajetória de recuperação moderada: ainda ficam aquém dos 17 milhões de hectares em 2007.
O último boletim semanal da Bolsa de Cereais de Buenos Aires indica que o plantio estará finalizado "nos primeiros dias de setembro". A entidade mencionou a aposta de produtores em "algumas coberturas adicionais realizadas fora de época e impulsionadas pela alta do preço do grão", mas não houve mudança significativa.
As exportações de trigo da Argentina, destinadas quase integralmente ao Brasil, são taxadas em 23% e estão submetidas a autorizações do governo. Para dar mais previsibilidade aos exportadores, o Ministério da Agricultura adiantou recentemente permissões para o embarque de 3,5 milhões de toneladas. Na safra passada, o Brasil teve que recorrer a outros fornecedores para complementar a produção nacional e atender a demanda.

Área de milho deve cair novamente no Paraná

Autor(es): Marli Lima, de Curitiba
Valor Econômico - 31/08/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/8/31/area-de-milho-deve-cair-novamente-no-parana
A área de cultivo de milho deve ser reduzida pelo segundo ano consecutivo no Paraná. Na safra 2009/10, o grão ocupou 900,4 mil hectares e, no período 2010/11, ele será plantado em 761,5 mil hectares, uma queda de 15%. A produção deve diminuir 20%, de 6,84 milhões de toneladas para 5,48 milhões de toneladas. Nas décadas de 70 e 80, o Estado chegou a ter 2 milhões de hectares cultivados com milho, e a área prevista para a próxima safra de verão é a menor já observada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura do Paraná.
A primeira estimativa da safra do Paraná, divulgada ontem, mostrou que o agricultor vai novamente aumentar a aposta na soja, que terá área 3% maior, de 4,49 milhões de hectares. A produção do grão deve cair 1%, para 13,7 milhões de toneladas, porque a previsão da colheita leva em conta a produtividade dos últimos cinco anos, período no qual o Paraná enfrentou problemas climáticos que prejudicaram o desempenho das lavouras.
Levando-se em conta todas as culturas, a safra de verão 2010/11 do Paraná terá a mesma área cultivada, 5,64 milhões de hectares, e produção 7% menor (19,97 milhões de toneladas) na comparação com a safra passada - isso porque o rendimento da soja equivale a 50% do rendimento do milho.
O secretário da Agricultura, Erikson Chandoha, explicou que, além da questão de menor liquidez em relação à soja e da combinação de estoques altos e preços baixos, a redução na área de milho está relacionada ao temor dos efeitos do fenômeno climático La Niña, que pode provocar estiagem na região. E, segundo ele, o agricultor está consolidando a opção de plantar soja no verão e milho na segunda safra, a safrinha.
Chandoha disse que, mesmo que a soja seja mais resistente, os produtores devem escalonar o plantio da safra "para correr o menor risco possível" com seca.
O levantamento feito por técnicos do Deral mostra que o plantio de feijão das águas deve crescer 8% em área, para 344,9 mil hectares, e 19% em produção, para 579,8 mil toneladas. Outras culturas que devem ter produção maior são as de batata (12%), cebola (20%), tomate (19%) e mandioca (9%). A última safra de verão recorde no Estado foi registrada em 2007/08, quando foram cultivados 5,65 milhões de hectares e colhidas 22,2 milhões de toneladas.

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