Dois estudos divulgados recentemente mostram que os países desenvolvidos se tornaram mais desiguais, enquanto o fosso entre ricos e pobres diminuiu nos emergentes nas últimas décadas.
A reportagem é de Epaminondas Neto e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 11-12-2011.
Após décadas de crescimento sustentado, a distribuição de renda piorou em 17 países da OCDE de 1985 a 2008, ficou estável em 3 (França, Hungria e Bélgica) e só melhorou em 2 (Turquia e, apesar da crise atual, Grécia).
"A desigualdade nos países da OCDE alcançou o seu nível mais alto no último meio século", disse o secretário-geral Angel Gurría.
Na América Latina, a partir do final dos anos 90 -quando boa parte do subcontinente se livrou da inflação e fixou moedas minimamente sólidas-, de 17 países, a distribuição melhorou em 13 e piorou somente em 4 (República Dominicana, Panamá, Honduras e Guatemala).
Tanto a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), da ONU, quanto a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o órgão dos países ricos, se apoiam no coeficiente de Gini, ainda o "termômetro" mais usado para medir a desigualdade.
A evolução da desigualdade nos países ricos tem explicações mais controversas do que a melhora geral dos índices entre os emergentes.
Para alguns especialistas, a globalização "exportou" empregos menos qualificados para países menos desenvolvidos e reforçou a criação de vagas mais qualificadas, tornando mais difícil a vida dos trabalhadores menos educados nos países ricos.
Segundo outra explicação, os avanços tecnológicos aumentaram o fosso entre os mais e os menos bem pagos.
A OCDE também sugere que reformas regulatórias feitas de 1980 a 2008 tenham tido forte impacto na distribuição de renda. "A regulação mais flexível do mercado de trabalho contribuiu para aumentar a dispersão dos salários", diz relatório do órgão.
Após décadas de crescimento sustentado, a distribuição de renda piorou em 17 países da OCDE de 1985 a 2008, ficou estável em 3 (França, Hungria e Bélgica) e só melhorou em 2 (Turquia e, apesar da crise atual, Grécia).
"A desigualdade nos países da OCDE alcançou o seu nível mais alto no último meio século", disse o secretário-geral Angel Gurría.
Na América Latina, a partir do final dos anos 90 -quando boa parte do subcontinente se livrou da inflação e fixou moedas minimamente sólidas-, de 17 países, a distribuição melhorou em 13 e piorou somente em 4 (República Dominicana, Panamá, Honduras e Guatemala).
Tanto a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), da ONU, quanto a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o órgão dos países ricos, se apoiam no coeficiente de Gini, ainda o "termômetro" mais usado para medir a desigualdade.
A evolução da desigualdade nos países ricos tem explicações mais controversas do que a melhora geral dos índices entre os emergentes.
Para alguns especialistas, a globalização "exportou" empregos menos qualificados para países menos desenvolvidos e reforçou a criação de vagas mais qualificadas, tornando mais difícil a vida dos trabalhadores menos educados nos países ricos.
Segundo outra explicação, os avanços tecnológicos aumentaram o fosso entre os mais e os menos bem pagos.
A OCDE também sugere que reformas regulatórias feitas de 1980 a 2008 tenham tido forte impacto na distribuição de renda. "A regulação mais flexível do mercado de trabalho contribuiu para aumentar a dispersão dos salários", diz relatório do órgão.
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