domingo, 18 de dezembro de 2011

Renda mais alta no Norte e no Nordeste atrai planos de saúde

São Paulo, domingo, 18 de dezembro de 2011Mercado
Mercado


Empresa com foco nas regiões cresce a uma taxa anual de 20% e eleva em 11 vezes carteira de clientes em dez anos
Os dez Estados com maior alta percentual de beneficiários ficam no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste
LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO
Atuando apenas no Norte e no Nordeste, a operadora de planos de saúde Hapvida, do Ceará, vai fechar 2011 com faturamento de R$ 900 milhões e carteira de 1,2 milhão de clientes, ante 100 mil dez anos atrás.
A empresa é uma das muitas atuantes no setor que têm crescido fora dos Estados do eixo Sul-Sudeste, graças à ampliação de renda da população nessas regiões.
Levantamento que a Folha fez a partir de dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) mostra que os dez Estados onde houve maior crescimento percentual de beneficiários de planos de saúde ficam no Nordeste, no Norte e no Centro-Oeste.
Desde 2008, a Hapvida cresceu a uma taxa superior a 20% ao ano. Estatísticas da ANS já a colocam atrás apenas de gigantes nacionais, como Bradesco Saúde, Intermédica, Amil e Unimed.
Segundo empresas do segmento, a melhora de renda da população favoreceu esse crescimento -famílias que entraram na chamada classe C passaram a incluir o plano de saúde no orçamento.
Esse quadro acabou sendo bem mais favorável fora de Sul e Sudeste, onde há muito mais espaço para crescer.
Enquanto em São Paulo 45% da população já tem convênio médico, em Estados como Piauí, Tocantins, Acre, Roraima e Maranhão a taxa de cobertura não chega a 7%.
Em Rondônia, o crescimento de clientes das operadoras foi de 30% ante 2010 muito acima da média nacional, de 7,6%, e de São Paulo, com alta de 7,1% (veja quadro abaixo).
Segundo o presidente-executivo da Hapvida, Jorge Pinheiro, a fórmula encontrada para crescer nas regiões Norte e Nordeste foi reduzir custos para oferecer preços mais competitivos.
Uma das maneiras foi investir em rede própria de hospitais -hoje são 20, nos 11 Estados onde atua o plano, fundado há 15 anos.
"A complexidade de gestão é maior, mas permite ter previsibilidade de custos e, com isso, reduzir preços."
O outro ponto, segundo Pinheiro, foi o investimento em tecnologia. Com um sistema interligado de totens de autoatendimento espalhados pelas cidades, que permite a marcação de consultas, exames e outros serviços, a empresa reduziu gastos com funcionários -atualmente são 10 mil empregados.
O potencial de crescimento da região atraiu empresas com atuação nacional. Segundo Pinheiro, seus principais concorrentes de forma regionalizada são as cooperativas montadas pela Unimed nos municípios.
O presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino, confirma ser bem maior o crescimento em regiões como Norte e Nordeste do que em polos médicos mais consolidados, como São Paulo.



Unimed planeja ter 125 hospitais até 2015


Detentora de uma rede de 111 hospitais próprios no país, a Unimed planeja elevar esse número para 125 até 2015. A previsão é do presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino.
DE RIBEIRÃO PRETO


Em polos mais consolidados, onde uma parte maior da população já tem planos de saúde, como no Estado de São Paulo, operadoras investem em estrutura e buscam também públicos diferenciados, como o da classe A.

Três dos projetos mais recentes da cooperativa estão no interior paulista Ðem Ribeirão Preto, Santos e Tatuí.
No caso de Ribeirão (313 km de SP), o novo prédio, cuja primeira fase vai custar cerca de R$ 40 milhões, será entregue em 2014.
"O hospital próprio nos possibilita fechar a cadeia completa, racionalizando custos e permitindo manter um padrão de qualidade de atendimento", disse Aquino.
O público A é outra alternativa das operadoras de saúde em busca de crescimento. O grupo São Francisco, sediado em Ribeirão e com atuação em cinco Estados, lançou uma marca exclusiva voltada ao segmento premium.
A empresa fechou parceria com a Omint e quer abocanhar 30% do mercado de planos de saúde de alta renda nas regiões onde atua, nos próximos três anos.
O diferencial oferecido ao público A nesses planos é a possibilidade de escolher profissionais e centros médicos em todo o país, mediante reembolso oferecido pela operadora de saúde.


18/12/2011 - 03h02

Unimed planeja ter 125 hospitais até 2015


Detentora de uma rede de 111 hospitais próprios no país, a Unimed planeja elevar esse número para 125 até 2015. A previsão é do presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino.
DE RIBEIRÃO PRETO


Em polos mais consolidados, onde uma parte maior da população já tem planos de saúde, como no Estado de São Paulo, operadoras investem em estrutura e buscam também públicos diferenciados, como o da classe A.
Três dos projetos mais recentes da cooperativa estão no interior paulista Ðem Ribeirão Preto, Santos e Tatuí.
No caso de Ribeirão (313 km de SP), o novo prédio, cuja primeira fase vai custar cerca de R$ 40 milhões, será entregue em 2014.
"O hospital próprio nos possibilita fechar a cadeia completa, racionalizando custos e permitindo manter um padrão de qualidade de atendimento", disse Aquino.
O público A é outra alternativa das operadoras de saúde em busca de crescimento. O grupo São Francisco, sediado em Ribeirão e com atuação em cinco Estados, lançou uma marca exclusiva voltada ao segmento premium.
A empresa fechou parceria com a Omint e quer abocanhar 30% do mercado de planos de saúde de alta renda nas regiões onde atua, nos próximos três anos.
O diferencial oferecido ao público A nesses planos é a possibilidade de escolher profissionais e centros médicos em todo o país, mediante reembolso oferecido pela operadora de saúde.



Planos de saúde vão piorar, alerta a ANS

Autor(es): » ANA D"ANGELO
Correio Braziliense - 17/12/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/12/17/planos-de-saude-vao-piorar-alerta-a-ans
 

Ouvidoria do órgão prevê que a qualidade do serviço pode cair à medida que as operadoras registrarem margem de lucro menor

Com o crescimento acelerado do mercado de planos de saúde, as margens de lucro das vendas de convênios tendem a ser menores e as operadoras podem se ver tentadas a adotar procedimentos burocráticos que dificultem o acesso dos consumidores aos serviços contratados. O alerta consta do relatório de gestão do período de 2009 a 2011 da Ouvidoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgado ontem pelo órgão.
No documento, a ouvidora Stael Riani também aponta falhas da agência na defesa dos direitos dos consumidores, como a falta de definição de prazo máximo para atendimento das reclamações dos clientes e a manutenção de normas que permitem inúmeros recursos das empresas autuadas por irregularidades — o que acaba resultando na prescrição de boa parte dos processos administrativos instaurados. "A ANS terá que mostrar uma melhor capacidade de regulação e de fiscalização", afirma o relatório.
Envelhecimento
Para a Ouvidoria, não há desculpa para as falhas da agência reguladora. "Hoje, não faltam à ANS os recursos gerenciais necessários para a execução de suas tarefas", diz o relatório, referindo-se ao quadro de pessoal bem pago, às condições de trabalho e à experiência acumulada em 11 anos de existência. Stael destaca que os próprios servidores têm visão crítica da atuação do órgão, conforme apontou pesquisa feita pela associação da categoria.
Apesar da expansão de 50% nos últimos 10 anos, os lucros das empresas ficarão menores, na avaliação da Ouvidoria, porque a maioria dos novos beneficiários tem renda mais baixa e taxa de utilização (sinistralidade) igual à dos demais clientes, o que eleva os custos. Além disso, o setor será pressionado pelo aumento da demanda decorrente do envelhecimento da população brasileira e pela maior complexidade dos procedimentos médicos e equipamentos mais caros. A parcela de pessoas com 60 anos ou mais deverá passar dos atuais 10,3% para 30% nos próximos 40 anos, conforme cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O que precisa mudar
Principais recomendações do relatório
» Previsão de prazo máximo para a prática de atos administrativos e de atendimento de demandas de consumidores, de cinco ou 10 dias;
» Limitação dos prazos e dos recursos dos processos administrativos contra operadoras que descumprem as normas em prejuízo dos consumidores;
» Divulgação no portal da agência de todos os processos administrativos e o respectivo andamento;
» Prioridade nos processos administrativos motivados por demandas
de pessoas com 60 anos ou mais, portadoras de deficiência física ou mental e com doenças graves, como tuberculose, doença de Parkinson, HIV e hepatopatia grave, entre outras.
Fonte: Ouvidoria/ANS

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