sábado, 3 de dezembro de 2011

Onze maneiras de alimentar 7 bilhões


Como os cidadãos e os governos podem agir para diminuir a fome
Luiz Silveira

O mundo atingiu nesta semana 7 bilhões de habitantes, pelas contas da Organização das Nações Unidas (ONU), mas a fome ainda atinge pelo menos 850 milhões deles.
Diante da marca populacional histórica e do permanente desafio de combater a fome, oSou Agro lança nesta sexta-feira (04) uma série especial de reportagens sobre 11 iniciativas que podem ajudar o mundo a alimentar melhor todos os seus habitantes.
Aplicadas hoje, essas medidas diminuiriam a fome atual mas, ainda mais importante, impediria que um número maior de pessoas viessem a sofrer com a falta de comida. Até 2050, a população mundial superará os 9 bilhões.
As iniciativas foram divididas em quatro grandes linhas de ação: facilitar o acesso das pessoas aos alimentos, aumentar o uso de tecnologia, tornar o comércio mundial mais justo e consolidar a proteção ambiental na agenda agrícola mundial.

A: Facilitar o acesso aos alimentos

1. Melhorar a distribuição de renda
Não basta haver comida se as pessoas não tiverem dinheiro para comprá-la. A ONU estima que haja 850 milhões de pessoas no mundo sem acesso ao mínimo de alimentos necessário. Não por coincidência, essas pessoas estão principalmente nos países e regiões mais pobres do globo.
2. Pacificar as zonas de conflito
Em regiões em guerra ou conflito armado prolongado, a produção de alimentos é completamente desestruturada e nem mesmo a comida enviada por ajuda humanitária consegue chegar a quem precisa.
3. Reduzir os padrões de consumo
O desperdício de alimentos pode ser diminuído significativamente com simples mudanças de hábito, como controlar as compras, os prazos de validade e não exagerar nas porções. Algo entre 30% e 40% dos alimentos na Europa e nos Estados Unidos acaba na lata do lixo, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
4. Aprimorar a logística da produção
Boa parte dos alimentos se perde antes de chegar ao prato. Não há uma estimativa precisa, mas o Ministério da Agricultura calcula que, no Brasil, 10% a 15% do que é produzido se perca no caminho. A falta de infraestrutura adequada de armazenagem, de transportes, de comunicação rural e de comercialização causa essas perdas e deixa os agricultores mais longe do mercado, o que reduz a sua renda e desestimula a produção.

B: Aumentar o uso de tecnologia

5. Investir em novas tecnologias agrícolas e na sua popularização
Nos últimos 50 anos, 1 bilhão de pessoas foram salvas de morrer de fome por avanços da agricultura, segundo cálculos da Gates Foundation. A produtividade agrícola tem crescido e as perdas por pragas e doenças têm caído, mas ainda é preciso investir mais em pesquisa e desenvolvimento agropecuários. Muitas regiões poderiam passar a produzir alimentos, ou produzir mais, com novas tecnologias.
Paralelamente, é preciso que essas tecnologias modernas sejam adaptadas e distribuídas para os agricultores de todo o mundo, com a devida assistência técnica. Cada hectare de cereais na África produz metade de um hectare da América Latina e um quinto de hectare americano, de acordo com a Gates Foundation.
6. Privilegiar os biocombustíveis que não usem matérias-primas alimentícias
Os Estados Unidos já estão usando mais milho para produzir etanol do que para fins alimentícios, segundo o Departamento de Agricultura do país. São cerca de 127 milhões de toneladas do cereal neste ano. Por isso, as políticas de incentivo aos combustíveis renováveis devem privilegiar aqueles que não diminuem a oferta de matéria-prima para alimentos, como o álcool de cana-de-açúcar e o etanol lignocelulósico, feito a partir de resíduos.

C: Tornar o comércio mundial mais justo

7. Eliminar as barreiras ao comércio
No caso dos alimentos, as barreiras tarifárias, técnicas, sanitárias e até ambientais impedem que os países possam competir de forma igualitária. A redução dessas barreiras estimularia o ganho de eficiência e a produção em países pobres, reduzindo o preço da comida em todo o mundo. A OCDE calcula que se as nações do G20 reduzissem as barreiras comerciais em 50%, gerariam aumento no número de empregos entre 0,3% e 3,9%, enquanto os salários cresceriam entre 0,8% e 8,1%.
8. Reduzir os subsídios agrícolas
A União Europeia deve distribuir meio trilhão de euros em subsídios aos seus agricultores nos próximos oito anos. Esse e outros programas de subsídio tornam economicamente inviáveis as agriculturas de muitos países pobres com vocação agrícola, desestimulando a produção local.
9. Estimular o financiamento e a organização dos produtores rurais
Os agricultores precisam de crédito para produzir e de preço justo para vender, garantindo renda e capacidade de investimento. A informação também é imprescindível, para que os produtores saibam quanto vale seu produto e qual é a melhor hora de vender.
Uma das melhores maneiras de resolver esses problemas é estimulando a organização dos produtores, como no modelo de cooperativas. “As cooperativas agrícolas são centrais para a redução da pobreza e da fome”, segundo a FAO. Juntos, os agricultores têm mais acesso a crédito, à informação e à tecnologia, além de poderem reduzir os custos ao adquirir insumos e vender seus produtos conjuntamente.

D: Consolidar o meio ambiente na agenda agrícola

10. Proteger os recursos naturais
A água e o solo são recursos cruciais para a agricultura, e que precisam ser protegidos para que a produção de alimentos possa continuar crescendo. Para que prevaleça uma agricultura de baixo impacto ambiental, é fundamental que todos os produtores entendam a preservação como parte do seu negócio. Informação, assistência e tecnologias mais eficientes são o melhor caminho para isso.
11. Preparar a agricultura para as mudanças climáticas
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU prevê que o aquecimento global pode afetar a produção agrícola de todo o mundo. Por isso, é preciso investir na pesquisa agropecuária para criar variedades de plantas e animais adaptados.
Além do clima em si, a agricultura precisa se adaptar localmente às novas pragas e doenças que podem se manifestar por conta das mudanças. Um estudo da Embrapa e da Unicamp concluiu que as mudanças climáticas podem gerar perdas de R$ 7,4 bilhões já em 2020 à agricultura brasileira.

Comida para todos
Na segunda reportagem da série “Onze maneiras de alimentar 7 bilhões”, o Sou Agro traz à tona questões relativas ao acesso das pessoas à comida e a mudança nos padrões de consumo
Juliana Ribeiro
Todos os dias cerca de um bilhão de pessoas no mundo passam o dia sem ter o que comer. Os motivos para a dificuldade no acesso aos alimentos em muitas regiões do planeta têm origens diversas, que passam por questões políticas, econômicas e até educacionais. Talvez um dos motivos mais latentes esteja na questão da distribuição irregular de renda.
Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), entre 2007 e 2008, cerca de 1,6 bilhão de pessoas viviam com menos de US$ 1,25 por dia. “Com a alta dos preços dos alimentos, essas pessoas têm suas poucas possibilidades de comer, ainda mais restringidas”, diz Helder Muteia, representante da FAO na América do Sul, órgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.
Para Muteia, o Brasil pode servir como referência para outros países nas ações de combate à fome. A realidade de muitos brasileiros começou a se transformar, com investimentos governamentais em programas sociais como o Fome Zero.
Dentro dele, o Bolsa Família, com garantia de renda a famílias que mantêm seus filhos na escola e o investimento na construção de cisternas para abastecer as cidades do nordeste castigadas pela seca, possibilitou acesso a alimentação e condições para pequenos agricultores voltarem a produzir.
“O Brasil precisa levar essas experiências bem sucedidas para seus vizinhos, a fim de contribuir para facilitar o acesso aos alimentos em outros países”, diz o representante da FAO. Os bons resultados obtidos com estes programas vêm transformando também a atuação de diversas organizações de combate à miséria, como é o caso da Ação da Cidadania.
A entidade, fundada em 1993 para combater a fome no País, hoje foca seu trabalho em ações para a educação de jovens e adultos e na capacitação profissional. “É o governo quem deve e pode investir no combate à fome, de forma maciça.
Queremos que essas pessoas sejam capazes de responder pelo seu próprio sustento”, explica Daniel Souza, presidente do conselho diretor da entidade. Ele conta que a Ação dispõe de comitês espalhados por todo o País e que cada um deles trabalha de acordo com a realidade do local onde está.
Produção e distribuição
Para garantir o acesso das pessoas aos alimentos, é preciso também investir no campo. Muteia explica que aproximadamente 70% das pessoas que sobrevivem em condições de extrema pobreza no mundo são pequenos proprietários, que produzem para subsistência e não têm acesso a crédito. Além disso, eles são os mais suscetíveis a perdas diante de catástrofes climáticas.
Por isso, ele destaca a importância do desenvolvimento de políticas governamentais que deem suporte para que essas pessoas possam produzir e comercializar suas colheitas. Nesse sentido, ele elogia o trabalho do Brasil no desenvolvimento do programa Mais Alimentos, dando acesso ao crédito em melhores condições para os pequenos produtores rurais.
Outro ponto delicado no que se refere à questão da fome é a atuação em zonas castigadas por conflitos políticos ou civis, como é o caso da Somália, onde há 20 anos, a população fugiu do País por conta da guerra civil e agora sofre com a pior seca das últimas seis décadas. Estima-se que cerca de 750 mil pessoas morram nos próximos quatro meses por conta da falta de alimentos no País, caso a situação não melhore.
“Nessas regiões, a questão é ainda mais delicada, porque falta tudo, não é só comida, mas saneamento, infraestrutura, remédios. Sozinhos, esses países não conseguirão sair da situação de miséria em que estão”, diz Muteia.
Consumo versus desperdício
Enquanto pessoas morrem de fome em todos os países, em muitas cidades, predomina o desperdício. Dados da FAO estimam que cerca de 1/3 do que o mundo produz é desperdiçado. Segundo Muteia, 25% do que é produzido nos países desenvolvidos e 40% do que é produzido nos países em desenvolvimento se perde em diversos pontos da cadeia.
Essa perda já começa a acontecer no momento em que os produtos estão na fazenda, por meio de pragas que atacam as lavouras, nas más condições de armazenagem, transporte e na demora para a chegada dos produtos às mãos do consumidor.
Nas cidades, o desperdício se dá principalmente na hora da pré-compra e do consumo. Segundo Stanislau Maria, coordenador de conteúdo do Instituto Akatu, o desperdício dos brasileiros começa na falta de planejamento, já que muitas pessoas não têm o hábito de fazer a lista de compras “Com isso, as pessoas acabam levando para casa, produtos além do necessário”, diz.
Uma pesquisa informal, feita pelo Instituto Akatu com 429 internautas mostrou que os principais produtos desperdiçados nas residências brasileiras são o alface, tomate e o pão de forma. Após a compra, mais da metade dos participantes disseram perder os alimentos no armazenamento (54,8%), em geral porque o alimento estragou antes de ser preparado.
O desperdício também foi verificado no pós-consumo, já que 34,5% dos entrevistados disseram que preparam, guardam, não consomem e a comida estraga. Para Maria, é preciso lembrar aos consumidores que os impactos do desperdício vão muito além de jogar o alimento fora.
“Quando você joga um pão, joga o seu dinheiro, o trabalho do produtor de trigo, a água usada na lavoura e todos os demais recursos da cadeia para produzir e transportar esse alimento”, diz.
Jovens mais conscientes
Apesar dos índices de desperdício ainda serem altos, Maria diz que já é possível perceber a mudança de comportamento do consumidor brasileiro. Segundo ele, em outra pesquisa feita pelo Akatu, quatro de cada dez consumidores aceitam pagar mais por um produto produzido de forma mais sustentável. “Muitas pessoas já entendem quais são as ações sustentáveis”, explica ele.
Na opinião de Souza, a tendência é de que essa conscientização cresça, por meio da educação, especialmente dos mais jovens, que cada vez mais têm poder de consumo. “Eles já têm a consciência da transformação”, diz. Por isso, ações de conscientização são fundamentais para ajudar a erradicar a fome no futuro. “Se modificássemos nossos hábitos de consumo, poderíamos acabar com a fome no mundo. É inaceitável que pessoas ainda não tenham o que comer”.

Tecnologia é chave contra a fome
Genética, insumos, máquinas, gestão e inovação elevam oferta de alimentos
Luiz Silveira
Para os céticos que não acreditam que o mundo será capaz de produzir alimentos para toda a população, o passado pode ser um choque de esperança. Nos últimos 50 anos, a produtividade de grãos e fibras do Brasil saltou incríveis 774%. No ano passado, a pecuária brasileira tirou de cada hectare de pastagem 43% mais carne bovina do que uma década antes.


Ex-ministro Paolinelli defende mais investimentos na Embrapa
Nesta terceira reportagem especial da série “Onze maneiras de alimentar 7 bilhões”, o Sou Agromostra que a tecnologia agropecuária produziu o que alguns poderiam chamar de milagre verde, mas que muito ainda precisa ser feito para que esse milagre perdure e reduza ainda mais a fome.
Baseado no melhoramento genético associado ao maior uso de máquinas, adubos e defensivos agrícolas, o Brasil se tornou uma referência em agricultura tropical. “O salto da nossa produção agropecuária não teve paralelo em nenhuma outra região do mundo”, diz o diretor executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antonio Lopes.
O caso da produção de grãos no cerrado é um dos maiores sucessos da tecnologia agrícola mundial. A Embrapa conseguiu adaptar para o clima tropical sementes até então melhoradas apenas para os países mais frios, permitindo o grande avanço da agricultura do País.
Ministro da Agricultura à época da criação da Embrapa, Alysson Paolinelli defende que mais investimentos seriam necessários. “A Embrapa passou por 24 anos de sucateamento e essa fase passou, mas o investimento ainda é muito inferior ao necessário”, alerta ele, vencedor do World Food Prize 2006 – considerado o “nobel” da agricultura.
Paralelamente, um grande impulso também foi dado à tecnologia agrícola no País com investimentos privados. No fim dos anos 90 foi criado um marco regulatório de proteção à propriedade intelectual embarcada nas sementes, o que permitiu que grandes empresas mundiais investissem no desenvolvimento de tecnologias agrícolas no Brasil. “Mas ainda precisamos evoluir nas leis de propriedade intelectual para elevar os investimentos”, diz o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Narciso Barison Neto.


Barison, da Abrasem: falta política para que agricultor acesse tecnologia
Toda a ajuda será importante para enfrentar os novos desafios que a tecnologia agrícola tem pela frente. “Sem pesquisa e desenvolvimento, não acredito no potencial brasileiro de acompanhar o salto mundial de 7 bilhões para 9 bilhões de habitantes”, diz Paolinelli.
As novas oportunidades abertas pelo avanço tecnológico precisam de estratégia para ser alcançadas, ressalta Lopes, da Embrapa. “Verdadeiras revoluções estão acontecendo em vários campos do conhecimento, na biologia com a genômica, na física e na química com a nanotecnologia, no campo da informação e da comunicação”, cita o diretor da Embrapa.
Acesso à tecnologia
Mas para diminuir a fome, não basta criar tecnologias. É preciso que os agricultores do Brasil e do mundo tenham acesso a elas, e esse continua sendo um desafio do agro brasileiro. “A tecnologia não sai voando”, diz o presidente do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PR), Rubens Niederheitmann.
Criada praticamente junto com a Embrapa, a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Embrater) foi extinta no início dos anos 90. “Cerca de 3 milhões de propriedades precisariam da extensão rural para acessar tecnologias melhores, mas faltam recursos para os estados fazerem esse trabalho sozinhos”, diz Niederheitmann.
“Temos um estoque altíssimo de tecnologia que não está sendo transferido, como a integração lavoura-pecuária-floresta”, diz Alysson Paolinelli.
O problema passa também pela falta de renda e crédito para que o agricultor possa comprar uma semente mais cara ou o volume ideal de fertilizantes, por exemplo. “Temos sementes com vários níveis de tecnologia, conforme o poder aquisitivo do produtor, e aumentar a adoção das melhores sementes depende da política agrícola”, diz Barison.
Do total de 5,2 milhões de estabelecimentos rurais no Brasil, listados no Censo Agropecuário de 2006, apenas cerca de 983 mil usavam alta tecnologia, recorda Lopes, da Embapa. A produtividade brasileira de milho mostra esse problema com clareza. O País produz em média cerca de 80 sacos por hectare, mas os produtores de ponta chegam a colher mais de 200 sacas.
Tecnologia tipo exportação
As mesmas desigualdades que ocorrem na adoção de tecnologias agrícolas no Brasil se reproduzem de forma ainda mais acentuada no mapa-múndi. “Infelizmente as assimetrias em desenvolvimento tecnológico e capacidade de produção de alimentos fazem com que muitos países pobres na África, Ásia e América Latina ainda não consigam garantir segurança alimentar e nutricional às suas populações”, constata Lopes.
O sucesso brasileiro em superar os desafios da agricultura tropical transformou o País em uma referência para esses países com mais dificuldades. A própria Embrapa possui diversos projetos de cooperação e escritórios na América Latina e na África. “Países da África e da América Latina poderão adaptar tecnologias para superação de limitações dos solos tropicais (acidez, carência de nutrientes, seca etc.), além de melhoramento genético”, explica Lopes.
“A Embrapa está indo na frente, abrindo caminho, e a iniciativa privada deve ir atrás, investindo e plantando”, avalia Paolinelli. Para ele, seria “uma burrice” o País não participar do crescimento da produção agropecuária na África, considerada – ao lado do Brasil – a grande fronteira agrícola mundial.
Biocombustíveis
Outro desafio que pode ser enfrentado com tecnologia é o dos biocombustíveis. A agricultura tem que responder ao mesmo tempo as crescentes demandas por alimentos e por combustíveis renováveis. O grande consumo de milho para a produção de etanol nos Estados Unidos eleva os preços do grão, diminuem a oferta de ração animal e aumentam os custos das carnes.
Pela primeira vez na história, o consumo de milho para a produção de etanol superou os usos alimentares no mercado americano, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A solução está nos biocombustíveis que não gerem pressão sobre a oferta de alimentos, como o etanol de cana-de-açúcar.
Além disso, há dezenas de empresas e instituições públicas trabalhando no desenvolvimento do chamado etanol de segunda geração, que é produzido a partir da celulose presente em resíduos como a palha do milho e o bagaço de cana.


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