Autor(es): Por Bettina Barros | De São Paulo |
Valor Econômico - 06/12/2011 |
A Cargill, maior empresa de agronegócios do mundo, anunciou ontem que vai reduzir sua força de trabalho em 1,5% - 2 mil pessoas serão afetadas, de um quadro mundial de 138 mil funcionários. A maior parte dos cortes ocorrerá nos próximos seis meses. Em nota, a multinacional americana informou que a decisão é uma resposta à persistente fragilidade da economia internacional e que faz parte do esforço da companhia para reduzir custos e simplificar os processos de trabalho. "As condições econômicas mudam, e nós também [precisamos mudar]", diz Mike Fernandez, vice-presidente corporativo da Cargill Corporate Affairs, no comunicado divulgado. "Infelizmente, isso impacta pessoas talentosas que fizeram contribuições importantes para a empresa. São decisões difíceis, mas necessárias para melhor posicionar a Cargill para o crescimento". O anúncio vem após um desempenho fraco nos primeiros três meses do atual ano fiscal. Em outubro, a Cargill anunciou que o seu lucro líquido nos três meses encerrados em 31 de agosto diminuiu 66% em relação ao mesmo período de 2010, para US$ 236 milhões. Embora concorrentes como Glencore e Noble Group pintem um cenário mais positivo em relação à economia global e aos seus negócios, a percepção negativa da Cargill não deve ser minimizada. Pelo contrário. Com uma vasta área a atuação - de processamento de grãos ao comércio de carnes e trigo -, a empresa de capital fechado tem mais chances de antecipar mudanças no ciclos econômicos, conforme o "Financial Times". Procurada pelo Valor, a Cargill confirmou que o Brasil será atingido pela decisão da matriz, mas não revelou o tamanho do corte. A empresa tem quase 7 mil funcionários no país, onde registrou receita líquida de R$ 14 bilhões de 2010. |
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Cargill culpa crise global e demite 2 mil
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