segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Argentina: fechamento de frigoríficos


O presidente da Câmara da Indústria e Comércio de Carne da Argentina (CICCRA), Miguel Schiaritti, estimou que o fechamento de plantas frigoríficas continuará enquanto muitas empresas continuarem readequando a situação visando o consumo interno.

"Acreditamos que a indústria não tenha apoio suficiente para suportar a crise que se desatou há muitos anos e que continuará fechando suas portas. Esse processo de adequação à nova situação do mercado lamentavelmente continuará. Segundo as câmaras frigoríficas de Córdoba, em dois anos se fecharão mais de 100 plantas e esse dado é alarmante, mas é parte da realidade. Ainda nos restam cerca de sete anos a mais de crise", disse ele.

Segundo dados da Câmara de Frigoríficos de Santa Fé (Cafrisa), de 456 frigoríficos que tinham em atividade em 2010, agora só restaram 353.

"Essa é uma fase terminal. Se continuarmos com a queda nas vendas e a menor quantidade de abates, a situação será insustentável, inclusive, para pagar os salários dos trabalhadores. Esperamos que definitivamente se possa dialogar com o Governo já que, até o momento, não pudemos fazer isso, porque o único canal de dialogo é o Secretário de Comércio, Guillermo Moreno, que é responsável pelo limite das exportações de carne", disse o presidente da Cafrisa, Alejandro Zegna.

Ele disse que a queda no consumo obedece à escassa oferta de gado, que provoca a queda dos abates e o aumento dos preços. O consumo médio dos primeiros oito meses do ano ficou em 53 quilos anuais por habitante e retrocedeu em 23,3% em comparação com o mesmo período de 2009. Com relação às exportações, a queda chega a quase 60% com relação a dois anos atrás.

De acordo com dados da Cafrisa, nos primeiros sete meses do ano, a quantidade de gado abatido foi de 6,157 milhões de cabeças, 13% a menos com relação ao mesmo período de 2010
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Fonte: site argentino Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Ações do JBS sobem 25% na melhor semana do ano

 

http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-do-boi/acoes-do-jbs-sobem-25-na-melhor-semana-do-ano-e-a-desvalorizacao-acumulada-em-2011-e-de-14-75770n.aspx

O Ibovespa terminou os últimos cinco dias com uma valorização de 7,71%, aos 58.790 pontos. Foi a melhor semana do ano para a bolsa brasileira. Os investidores ficaram mais otimistas após os líderes da zona do euro terem anunciado um acordo para um plano anticrise na madrugada de quarta-feira para quinta-feira, quando o índice subiu 3,7%. No ano, a desvalorização acumulada ainda é de 14%.

Nesta sexta-feira, contudo, os investidores ficaram um pouco mais cautelosos com os detalhes ainda não divulgados do plano. "Parte do mercado ainda continua receoso quanto à eficácia do plano, pois alguns investidores acreditam que o aumento do fundo de estabilização europeu EFSF de €440 bilhões para €1 trilhão não seria suficiente e também esperam maiores detalhamentos do plano", afirma o estrategista do BB Investimentos, Hamilton Moreira Alves.



O destaque de alta desta semana ficou para as ações do frigorífico JBS. Os papéis dispararam 25%, para 5,49 reais. Os resultados do terceiro trimestre do JBS serão publicados no próximo dia 14 de novembro.

Com o intuito de aumentar suas vendas setor de produtos de alto valor agregado, a JBS anunciou em comunicado à Comissão Mobiliária de Valores (CVM), a contratação do engenheiro Alexandre Martins de Almeida para a diretoria executiva de produtos industrializados e processados de carne da empresa no Brasil.


Comentário BeefPoint: acompanhe a flutuação do valor da JBS na bolsa, no gráfico abaixo, desde 2007. Analisando o longo prazo, ou os últimos dois anos, a empresa tem um longo caminho a recuperar na bolsa. Em 2011, o valor da JBS está desvalorizado 26%.


Fonte: Reuters

Fonte: Exame.com e jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe BeefPoint.


Marfrig: agência de classificação de risco Moody's altera perspectiva de longo prazo


A agência de classificação de risco Moody's alterou neste domingo, dia 30, a perspectiva do rating de longo prazo B1 da Marfrig Alimentos de estável para negativa.

Segundo a agência, o rebaixamento da perspectiva reflete a deterioração nas métricas de crédito da companhia, devido ao ambiente altamente competitivo para os produtores de carne brasileiros nos últimos meses, com o aumento nos preços das commodities, a desaceleração da economia global e a volatilidade no câmbio.

"Embora nós esperamos que os fundamentos da indústria melhorem em 2012, também observamos que existe um risco razoável de que esses fatores, juntamente com o grande desafio de integração da Marfrig após um número significativo de aquisições de grande porte, possam prejudicar sua recuperação", afirma a analista de mercado local da Moody's Marianna Waltz.

A Moody's aponta ainda que, embora a depreciação do real beneficie os exportadores de carne brasileiros e tenha um impacto positivo nas operações internacionais da companhia, ela também aumenta a alavancagem, já que quase 71% da dívida da Marfrig é denominada em dólar.

Ainda assim, a agência afirma que o rating B1 da empresa reflete o portfólio diversificado de produtos e suas marcas fortes, assim como sua área de cobertura geográfica e suas capacidades de distribuição.

Fonte: Agência Estado, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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