O Estado de S. Paulo - 26/10/2011 |
Operação integra uma modalidade de financiamento especial que o banco concede a empresas consideradas estratégicas pelo governo O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um limite de crédito de R$ 2,46 bilhões para a Braskem, companhia petroquímica controlada pela Odebrecht e pela Petrobrás. O montante é equivalente a pouco mais da metade do valor total do plano de investimentos da empresa até 2013. No entanto, os desembolsos serão condicionados a projetos específicos. A operação, divulgada ontem pelo BNDES, integra uma modalidade especial de financiamento que o banco concede a grandes empresas com quem tem longo relacionamento, detentoras de boa nota de classificação de risco (grau de investimento) e consideradas estratégicas pelo governo para o desenvolvimento de setores econômicos. Fazem parte desse grupo Petrobrás, Vale, Gerdau, Usiminas, Suzano e Pão de Açúcar. "A Braskem passou a ser a maior empresa química do País, que é um segmento muito importante. É um setor que tem uma influência muito grande em outras indústrias, em diversos segmentos da economia", disse Gabriel Gomes, gerente do setor de petroquímica do BNDES. O BNDES incentivou a aquisição da Quattor pela Braskem como sócio das duas empresas e tem apoiado o plano de expansão da companhia resultante, que passa pela compra de empresas no exterior. Gomes disse que o limite funciona como crédito pré-aprovado, mas não pode ser utilizado para comprar ativos. "Aquisições são sempre apoiadas com recursos captados no mercado pelo BNDES. São outras linhas", frisou. Limite. O limite, cuja origem dos recursos têm relação com empréstimos do Tesouro ao BNDES, ficará disponível por dez anos. Os recursos serão liberados para a Braskem mediante a apresentação de projetos do seu plano de investimentos como os de implantação, ampliação e modernização de plantas industriais, compra de equipamentos, programas de contrapartida social e ambiental e inovações. De acordo com Gomes, projetos da Braskem que o BNDES já apoia, como a expansão da fábrica de PVC em Alagoas (crédito de R$ 525 milhões), não estão computados no novo limite de crédito. "São investimentos em unidades da companhia em todo o País, como a Quattor, no Rio. Novos projetos de química verde, que são de porte menor, podem entrar nesse limite, mas ainda não temos destacados quais serão os projetos que eles vão encaminhar", disse Gomes. Segundo Gomes, a Braskem e as empresas que comprou nos últimos anos já tinham outros limites de crédito no BNDES. A nova operação unifica e aumenta o montante disponível para a empresa no banco. A decisão foi tomada a partir de conversas com a Braskem sobre o plano de investimentos, que somam R$ 4,27 bilhões até 2013. A meta da empresa era investir R$ 1,6 bilhão em 2011. Procurada pelo Estado, a Braskem não comentou a operação. |
Braskem e BNDES
Valor Econômico - 26/10/2011 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/10/26/braskem-e-bndes |
O BNDES aprovou ontem limite de crédito de R$ 2,46 bilhões para a Braskem. Os recursos são destinados a apoiar o plano de investimentos da empresa petroquímica nos Estados da Bahia, Alagoas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O plano contempla investimentos da petroquímica para o período de 2011 a 2013, no valor global de R$ 4,27 bilhões, com a implantação, ampliação e modernização de ativos, aquisição de máquinas e equipamentos, além de investimentos sociais, ambientais e em tecnologia e inovação. Refino da Petrobras O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou ontem que a capacidade de refino está aumentando e deve fechar o ano em 1,85 milhão de barris processados por dia, na média. "Tivemos alguns picos que atingiram um pouco acima de 2 milhões [de barris por dia]", disse Costa, lembrando que durante o ano há "dias melhores e dias piores". Atualmente, a capacidade nominal de refino do mercado é de 2,1 milhões. Em setembro, segundo Costa, a média do refino da estatal foi de 1,98 milhão de barris por dia. Reajuste da Aneel A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste médio de 11,25% na tarifa de energia dos consumidores cativos da Amazonas Energia, empresa do grupo Eletrobras. A nova tarifa entra em vigor no dia 1º de novembro para os para as 719 mil unidades consumidoras no Estado do Amazonas, informou a Reuters. Os consumidores de baixa tensão, como os residenciais, terão um reajuste de 11,42%. Já os consumidores de alta tensão, a classe industrial, sentirá um aumento de 11,09% na tarifa. A Boa Vista Energia, outra distribuidora do grupo Eletrobras, também teve o reajuste médio de 12,92% aprovado pela Aneel na reunião da diretoria de ontem. Entretanto, a distribuidora só poderá praticar as novas tarifas após pagamento de obrigações setoriais que ainda não foram quitadas. A Boa Vista Energia atende 87 mil unidades consumidoras no município de Boa Vista (RR). O reajuste aprovado 13,15% para os consumidores de baixa tensão e 12,38% para os consumidores de alta tensão. CEEE acerta dívida A Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE -D) fechou acordo para pagamento da dívida com a Eletrobras referente a encargos setoriais não repassados desde o início do ano, incluindo a Reserva Global de Reversão (RGR), a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), além da cota compulsória de energia comprada de Itaipu. O montante chega a R$ 371 milhões. Segundo o presidente do grupo CEEE (que inclui ainda a geradora e transmissora CEEE-GT e é controlado pelo governo do Estado), Sérgio Dias, o débito será parcelado em 36 meses, após seis de carência. A conta referente à energia de Itaipu, que soma quase 50% dos débitos, terá juros de 1% ao mês, enquanto o restante será corrigido pela taxa Selic. Agora a expectativa da distribuidora gaúcha é que a Aneel autorize o reajuste médio de 7,82% nas tarifas cobradas de 1,5 milhão de consumidores em 72 municípios do Rio Grande do Sul. A correção anual estava condicionada à solução da pendência com a Eletrobrás. |
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