Embora demolidos, núcleos voltam a ser erguidos, segundo a prefeitura
Ontem, um barraco já tinha surgido na mesma região onde um foco de favela foi destruído na última terça-feira
Silva Junior/Folhapress |
ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO
Erguidos com lona e madeira, dez focos de favela de até dez barracos são identificados e demolidos todos os meses pela Fiscalização-Geral de Ribeirão Preto.
A maioria dos núcleos se concentra na zona norte e, embora destruídos, não raramente voltam a ser erguidos.
Na última terça-feira, a fiscalização destruiu 15 barracos montados na favela do Brejo, que, segundo um boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, eram habitados por moradores do conjunto Wilson Toni.
Ontem, a Folha encontrou um novo barraco erguido às margens do córrego Tanquinho, na mesma região onde o núcleo havia sido destruído três dias antes.
A Prefeitura de Ribeirão Preto nega, por meio de nota, que moradores transferidos para o conjunto habitacional tenham deixado suas casas para retornar à favela.
O chefe da Fiscalização-Geral, Osvaldo Braga, afirmou que os barracos são erguidos por usuários de drogas -inclusive de municípios da região, como Jaboticabal, Cravinhos e Batatais- e moradores que se recusam a ficar na Cetrem (central de triagem do morador de rua).
Para o ex-juiz João Gandini, coordenador do projeto Moradia Geral e cotado para concorrer à prefeitura pelo PT, retirar os moradores dos núcleos sem um planejamento é "enxugar gelo".
Gandini disse que é preciso pensar em planos de curto, médio e longo prazo para evitar o ciclo de manutenção de moradores de rua.
Ribeirão tem 26 mil habitantes em favelas, distribuídos em 43 núcleos, segundo levantamento da Cohab.
todas essas invasoes sao mandadas por alguns movimentos que lucram muito e vendem muita coisa la dentro
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