São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2011 |
Empresas adquirem quase 10% do capital da empresa que constrói a hidrelétrica no PA LEILA COIMBRA DO RIO CLAUDIO ANGELO DE BRASÍLIA LUCIANA COELHO DE WASHINGTON A Cemig e a Light anunciaram ontem a compra de uma participação de 9,77% do capital social da Norte Energia, empresa responsável pela construção e operação da usina de Belo Monte (PA), por R$ 118,69 milhões. A aquisição será feita por meio da Amazônia Energia, controlada pelas duas elétricas. A Cemig conta com 74,5% do capital da empresa, enquanto a Light detém 25,5%. O valor se refere ao reembolso feito pelos vendedores, corrigido pelo índice de inflação IPCA até 26 de outubro. As duas empresas estão adquirindo a participação de seis construtoras no projeto: Queiroz Galvão (2,51%), OAS (2,51%), Contern (1,25%), Cetenco (1,25%), Galvão Engenharia (1,25%) e J. Malucelli (1%). Elas deixaram a sociedade para serem contratadas para fazer as obras civis do empreendimento. O diretor relações com investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, disse que a participação das empresas deve somar R$ 600 milhões em relação ao valor total do investimento previsto na usina, de R$ 25,8 bilhões. Esse dinheiro será desembolsado ao longo de seis anos, segundo ele. O início das operações de Belo Monte está previsto para fevereiro de 2015, mas a usina só deve estar totalmente concluída em 2019. O prazo de concessão da hidrelétrica é de 35 anos. Segundo o diretor da Cemig, o negócio trará 818 MW ao parque gerador da companhia, aumentando sua fatia de mercado no segmento de 7% para 8%. A Light vai ganhar 280 MW. JUSTIÇA A decisão do Tribunal Regional Federal sobre a legalidade da licença ambiental da usina foi adiada de novo. A desembargadora Maria do Carmo Cardoso pediu vista do processo, após o voto do desembargador Fagundes de Deus favorável à obra. Em Washington, outra mudança de agenda. A CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) desmarcou a audiência sobre a construção da hidrelétrica. O governo brasileiro se recusou a comparecer. No lugar da audiência, a CIDH receberá ONGs e indígenas. |
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