A parcela de micro e pequenas empresas que sobrevivem aos primeiros dois anos de atividade aumentou no Brasil, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com pesquisa divulgada ontem (20/10/11) pelo órgão, 73,1% das novas pequenas companhias brasileiras mantêm-se abertas depois de dois anos. No levantamento divulgado no ano passado, esse índice era de 71,9%.
A pesquisa do Sebrae tem como base os dados de abertura e fechamento de empresas registrados pela Receita Federal. Na pesquisa deste ano, o índice de sobrevivência das companhias foi calculado com base nos dados das empresas abertas em 2006. No ano passado, as empresas usadas na pesquisa foram as abertas em 2005.
Com a melhora no indicador, o Brasil tem atualmente um índice de sobrevivência de empresas melhor do que o de países como a Holanda (49,7%), Itália (67,9%) e Espanha (69,3%). O país, entretanto, continua atrás do Canadá (73,8%) e da Estônia (74,9%).
De acordo com o levantamento deste ano, as empresas do setor industrial são as que mais sobrevivem após os dois primeiros anos de atividade -- considerados a fase mais crítica para o empreendimento. De cada 100 novas empresas, 75,1 mantêm-se abertas. Os setores de comércio (74,1%) e serviços (71,7%) vêm em seguida como os de maior índice de sobrevivência.
Entre os estados, Roraima foi o que apresentou a maior taxa de sobrevivência. No estado, 78,8% das empresas que abriram em 2006 continuaram abertas após dois anos. A Paraíba (78,7%) e o Ceará (78,7%) completam o ranking dos estados com melhores índices.
Pernambuco (58,2%), o Amazonas (58,8%) e o Acre (59,8) são os estados com o pior índice de sobrevivência de empresas, segundo o estudo do Sebrae.
CHANCE É MAIOR EM REGIÕES MAIS RICAS
A pesquisa do Sebrae aponta que, de cada 100 pequenas empresas abertas no país, só 73 sobrevivem aos primeiros dois anos de atividade. Essa mesma média, entretanto, não é verificada em todas as regiões do país, segundo o levantamento.
De acordo com o Sebrae, no Sudeste, por exemplo, a porcentagem de pequenas empresas que se mantém abertas após dois anos de atividade é 76,4%. Já no Centro-Oeste, a taxa cai para 68,3% e, no Norte, baixa ainda mais, para 66%.
Para o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, reduzir a desigualdade entre os índices de sobrevivência das empresas é um desafio. Ele disse, porém, que isso não depende só de políticas de incentivo, mas de uma redução das desigualdades de desenvolvimento nas diferentes regiões do país.
"A formação dos empreendedores é muito importante para a sobrevivência das empresas", explicou Barreto, ao explicar os principais pontos da pesquisa. "A população do Sudeste tem um bom nível de escolaridade. Por isso, está na frente de outras regiões."
Barreto espera que investimentos governamentais ajudem a reduzir as desigualdades sociais e, consequentemente, as diferenças de desempenho entre pequenas empresas. Disse também que, por estar atrás no ranking de sobrevivência do Sebrae, as regiões Norte e Centro-Oeste podem melhorar os índices empresariais mais rapidamente. "É difícil uma região como a Sudeste superar um índice de sobrevivência de 77%", explicou Barreto. "Agora, quem tem um índice de 66% pode melhorar mais rapidamente."
Segundo Barreto, empreendedores das regiões com piores índices de sobrevivência empresarial podem ainda aproveitar o bom momento da economia brasileira para se firmar. Para ele, a crise mundial não vai comprometer esse processo de melhoria. "Pequenas empresas dependem muito do mercado interno. Quase não exportam. É claro que o cenário internacional afeta o Brasil, mas não acredito que seja um problema para as pequenas e micro empresas."
FONTE
A pesquisa do Sebrae tem como base os dados de abertura e fechamento de empresas registrados pela Receita Federal. Na pesquisa deste ano, o índice de sobrevivência das companhias foi calculado com base nos dados das empresas abertas em 2006. No ano passado, as empresas usadas na pesquisa foram as abertas em 2005.
Com a melhora no indicador, o Brasil tem atualmente um índice de sobrevivência de empresas melhor do que o de países como a Holanda (49,7%), Itália (67,9%) e Espanha (69,3%). O país, entretanto, continua atrás do Canadá (73,8%) e da Estônia (74,9%).
De acordo com o levantamento deste ano, as empresas do setor industrial são as que mais sobrevivem após os dois primeiros anos de atividade -- considerados a fase mais crítica para o empreendimento. De cada 100 novas empresas, 75,1 mantêm-se abertas. Os setores de comércio (74,1%) e serviços (71,7%) vêm em seguida como os de maior índice de sobrevivência.
Entre os estados, Roraima foi o que apresentou a maior taxa de sobrevivência. No estado, 78,8% das empresas que abriram em 2006 continuaram abertas após dois anos. A Paraíba (78,7%) e o Ceará (78,7%) completam o ranking dos estados com melhores índices.
Pernambuco (58,2%), o Amazonas (58,8%) e o Acre (59,8) são os estados com o pior índice de sobrevivência de empresas, segundo o estudo do Sebrae.
CHANCE É MAIOR EM REGIÕES MAIS RICAS
A pesquisa do Sebrae aponta que, de cada 100 pequenas empresas abertas no país, só 73 sobrevivem aos primeiros dois anos de atividade. Essa mesma média, entretanto, não é verificada em todas as regiões do país, segundo o levantamento.
De acordo com o Sebrae, no Sudeste, por exemplo, a porcentagem de pequenas empresas que se mantém abertas após dois anos de atividade é 76,4%. Já no Centro-Oeste, a taxa cai para 68,3% e, no Norte, baixa ainda mais, para 66%.
Para o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, reduzir a desigualdade entre os índices de sobrevivência das empresas é um desafio. Ele disse, porém, que isso não depende só de políticas de incentivo, mas de uma redução das desigualdades de desenvolvimento nas diferentes regiões do país.
"A formação dos empreendedores é muito importante para a sobrevivência das empresas", explicou Barreto, ao explicar os principais pontos da pesquisa. "A população do Sudeste tem um bom nível de escolaridade. Por isso, está na frente de outras regiões."
Barreto espera que investimentos governamentais ajudem a reduzir as desigualdades sociais e, consequentemente, as diferenças de desempenho entre pequenas empresas. Disse também que, por estar atrás no ranking de sobrevivência do Sebrae, as regiões Norte e Centro-Oeste podem melhorar os índices empresariais mais rapidamente. "É difícil uma região como a Sudeste superar um índice de sobrevivência de 77%", explicou Barreto. "Agora, quem tem um índice de 66% pode melhorar mais rapidamente."
Segundo Barreto, empreendedores das regiões com piores índices de sobrevivência empresarial podem ainda aproveitar o bom momento da economia brasileira para se firmar. Para ele, a crise mundial não vai comprometer esse processo de melhoria. "Pequenas empresas dependem muito do mercado interno. Quase não exportam. É claro que o cenário internacional afeta o Brasil, mas não acredito que seja um problema para as pequenas e micro empresas."
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