http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/11/23/jobim-e-gates-assinam-acordo
Correio Braziliense - 23/11/2010
Na Bolívia para participar da IX Conferência de Ministros de Defesa das Américas, o ministro brasileiro, Nelson Jobim, e o secretário norte-americano, Robert Gates, assinaram um acordo sobre segurança de informações militares, durante um encontro bilateral. A aproximação se dá menos de um mês depois de Jobim ter criticado duramente a atuação dos Estados Unidos na parte sul do Oceano Atlântico. Segundo o próprio site do Departamento de Defesa, o encontro entre Jobim e Gates “confirmou o espírito profundo e colaborativo da relação militar entre os EUA e o Brasil”. Os dois países estariam, ainda segundo o órgão americano, trabalhando juntos em segurança cibernética, conduzindo intercâmbios militares e cooperando em ciência e tecnologia.
“Essas são áreas — principalmente a segurança cibernética — de grande preocupação e interesse de ambos países”, afirmou um alto funcionário do departamento. Detalhes sobre o novo “acordo de troca de informações”, no entanto, não foram divulgados nem pelo órgão americano nem pelo ministério brasileiro. Gates e Jobim também discutiram sobre as dificuldades no Haiti e o trabalho dos militares brasileiros na missão de paz da ONU. “O secretário elogiou os brasileiros pelo esforço e compromisso contínuo para lidar com o que é indiscutivelmente um ambiente muito difícil e desafiador”, afirmou o funcionário. No início do mês, Jobim criticou alianças militares entre a América do Sul e os Estados Unidos, e a atuação norte-americana na região. “A defesa da América do Sul só quem faz é a América do Sul”, disse.
Ontem, quem não poupou críticas a Washington foi o presidente boliviano, Evo Morales, que, na abertura da conferência, disse que ninguém o “proibirá de negociar com qualquer país do mundo”. No dia anterior, Gates afirmou que os países latino-americanos que negociam com o Irã para desenvolver capacidades nucleares, como a Bolívia, devem ser cautelosos sobre os motivos reais de Teerã. (IF)
Na Bolívia para participar da IX Conferência de Ministros de Defesa das Américas, o ministro brasileiro, Nelson Jobim, e o secretário norte-americano, Robert Gates, assinaram um acordo sobre segurança de informações militares, durante um encontro bilateral. A aproximação se dá menos de um mês depois de Jobim ter criticado duramente a atuação dos Estados Unidos na parte sul do Oceano Atlântico. Segundo o próprio site do Departamento de Defesa, o encontro entre Jobim e Gates “confirmou o espírito profundo e colaborativo da relação militar entre os EUA e o Brasil”. Os dois países estariam, ainda segundo o órgão americano, trabalhando juntos em segurança cibernética, conduzindo intercâmbios militares e cooperando em ciência e tecnologia.
“Essas são áreas — principalmente a segurança cibernética — de grande preocupação e interesse de ambos países”, afirmou um alto funcionário do departamento. Detalhes sobre o novo “acordo de troca de informações”, no entanto, não foram divulgados nem pelo órgão americano nem pelo ministério brasileiro. Gates e Jobim também discutiram sobre as dificuldades no Haiti e o trabalho dos militares brasileiros na missão de paz da ONU. “O secretário elogiou os brasileiros pelo esforço e compromisso contínuo para lidar com o que é indiscutivelmente um ambiente muito difícil e desafiador”, afirmou o funcionário. No início do mês, Jobim criticou alianças militares entre a América do Sul e os Estados Unidos, e a atuação norte-americana na região. “A defesa da América do Sul só quem faz é a América do Sul”, disse.
Ontem, quem não poupou críticas a Washington foi o presidente boliviano, Evo Morales, que, na abertura da conferência, disse que ninguém o “proibirá de negociar com qualquer país do mundo”. No dia anterior, Gates afirmou que os países latino-americanos que negociam com o Irã para desenvolver capacidades nucleares, como a Bolívia, devem ser cautelosos sobre os motivos reais de Teerã. (IF)
“Essas são áreas — principalmente a segurança cibernética — de grande preocupação e interesse de ambos países”, afirmou um alto funcionário do departamento. Detalhes sobre o novo “acordo de troca de informações”, no entanto, não foram divulgados nem pelo órgão americano nem pelo ministério brasileiro. Gates e Jobim também discutiram sobre as dificuldades no Haiti e o trabalho dos militares brasileiros na missão de paz da ONU. “O secretário elogiou os brasileiros pelo esforço e compromisso contínuo para lidar com o que é indiscutivelmente um ambiente muito difícil e desafiador”, afirmou o funcionário. No início do mês, Jobim criticou alianças militares entre a América do Sul e os Estados Unidos, e a atuação norte-americana na região. “A defesa da América do Sul só quem faz é a América do Sul”, disse.
Ontem, quem não poupou críticas a Washington foi o presidente boliviano, Evo Morales, que, na abertura da conferência, disse que ninguém o “proibirá de negociar com qualquer país do mundo”. No dia anterior, Gates afirmou que os países latino-americanos que negociam com o Irã para desenvolver capacidades nucleares, como a Bolívia, devem ser cautelosos sobre os motivos reais de Teerã. (IF)
Ingerência americana
Valor Econômico - 23/11/2010 |
O presidente da Bolívia, Evo Morales, fez um apelo pela unidade latino-americana e advertiu que a democracia e a paz no continente americano continuam ameaçadas pelas políticas intervencionistas dos EUA. Morales fez a declaração perante representantes de dezenas de países americanos, inclusive o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, na abertura da Nona Conferência de Ministros de Defesa das Américas, em Santa Cruz (foto). "Só se irá garantir a democracia, a paz e a segurança sem intervencionismo, sem hegemonia", disse Morales. O tom incisivo das declarações contrastou com o ambiente de cordialidade que antecedeu a reunião, um evento marcado nos últimos anos por tensões relativas à presença militar dos EUA na Colômbia. Em 2008, Morales expulsou o embaixador dos EUA e agentes antidrogas do governo americano, acusando-os de ingerência. |
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