sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ONU combate violência contra a mulher

"Ele sempre foi bom comigo, mas às vezes quando ficava nervoso, descontava a raiva em mim, me xingando de burra, de inútil e me dava uns tapas na cabeça. De uns tempos para cá, ele está mais violento..." (Teresinha, 35 anos).

O depoimento acima traz a todos nós, homens e mulheres, indignação e revolta frente a uma das faces mais vis da sociedade brasileira, a violência contra a mulher. Ele pode ser lido, ao lado de outros, no recém criado portal Violência contra as mulheres - Quebre o Ciclo, oficialmente lançado nesta 3ª feira, na Estação Pinacoteca, em São Paulo.

É uma iniciativa excelente do Fundo das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), que tem por objetivo debater e combater a violência contra a mulher no país, além de esclarecer aos brasileiros sobre a Lei Maria da Penha - dispositivo que desde 2006, previne e protege a mulher da violência doméstica.

O portal, além dos depoimentos, traz também análises e informações no sentido de auxiliar às vítimas da violência doméstica. É, também, um instrumento importante da campanha desta bandeira que, sem dúvidas, é de todos nós.

30% das brasileiras, vítimas de violência


Lamentavelmente, como revelam os dados do relatório divulgado pela ONU no mês passado "As Mulheres do Mundo 2010: Tendências e Estatísticas", 30% das brasileiras afirmam ter sofrido, entre 1995 e 2006, algum tipo de violência da parte de seus parceiros. Repito: 30% das mulheres do país. Algo absolutamente inadimissível.

Para vocês terem uma ideia das dimensões dessa tragédia, elas são mais da metade da população brasileira, hoje de 193,6 milhões de habitantes.

Segundo afirma Júnia Puglia, gerente de Programa da ONU, em entrevista à Agência Brasil, o objetivo do novo site é "colocar à disposição do público informação qualificada e também promover uma ampla discussão sobre a lei".

Júnia também alerta para o fato de que "a violência contra as mulheres está presente em todos os segmentos sociais, em todos os níveis de renda, em todos os níveis educacionais". Não deixem de acessar e de dilvugar esta iniciativa do portal Quebre o Ciclo.

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