quarta-feira, 12 de outubro de 2011

China socorre seus 4 maiores bancos


Autor(es): CLÁUDIA TREVISAN
O Estado de S. Paulo - 11/10/2011

Injeção de capital foi feita por meio do fundo soberano do país; operação semelhante foi realizada em 2008, após a quebra do Lehman Brothers

O governo de Pequim anunciou ontem que injetou capital nos quatro maiores bancos chineses, que emprestaram volumes recordes nos últimos dois anos e agora enfrentam o risco de aumento dos créditos podres em seus balanços. Os recursos foram transferidos às instituições financeiras por meio de compra de suas ações no mercado secundário pela Central Huijin Investment, o fundo soberano do país que atua no mercado doméstico.
A última vez em que o fundo realizou operação semelhante foi em setembro de 2008, logo depois que a quebra do Lehman Brothers desencadeou a crise financeira global. Segundo a agência oficial de notícias Xinhua, a injeção de capital tem o objetivo de "apoiar a estável operação e desenvolvimento das principais instituições financeiras e estabilizar o preço de suas ações". O governo não revelou o valor do socorro aos bancos.
O anúncio foi realizado no fim da tarde de ontem, depois de a Bolsa de Xangai fechar no nível mais baixo em 30 meses, influenciada em grande parte pelo mau desempenho das quatro grandes instituições estatais beneficiadas pela medida -Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), Bank of China, China Construction Bank e Agricultural Bank of China.
O mercado de Hong Kong ainda estava em operação e reagiu com a compra de ações das quatro empresas, cujas cotações subiram rapidamente nos últimos minutos do pregão.
O aumento dos empréstimos concedidos pelos bancos chineses foi o principal combustível para a explosão de investimentos, que garantiu crescimento de 9,2% e 10,4% em 2009 e 2010, respectivamente, em meio à estagnação dos países ricos.
Um terço do PIB. No ano seguinte ao início da crise, as instituições locais liberaram financiamentos no valor de US$ 1,4 trilhão, o equivalente a quase 30% do PIB naquele período. Em 2010, a cifra diminuiu para US$ 1,2 trilhão -ou 20% do PIB -, mas continuou bem acima da média registrada em anos anteriores.
A maior parte desses recursos foi canalizada para milhares de obras iniciadas em todo o país, em um esforço para manter o ritmo de crescimento acima dos 8% considerados o piso abaixo do qual o governo não consegue criar empregos suficientes para os trabalhadores urbanos.
O problema é que muitos desses projetos não são viáveis economicamente e não darão o retorno financeiro necessário para o pagamento dos empréstimos, o que ameaça a saúde dos bancos.
Outra fonte de estresse para o sistema financeiro é a dívida dos governos locais, grande parte da qual contraída nos últimos dois anos. Levantamento do Escritório Nacional de Auditoria concluiu que esse débito estava em US$ 1,65 trilhão no fim de 2010 -o equivalente a 25% do PIB - e que alguns governos locais não conseguirão pagar o que devem.

Arsenal chinês anticrise é agora mais limitado

Autor(es): James Kynge
Valor Econômico - 11/10/2011
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/10/11/arsenal-chines-anticrise-e-agora-mais-limitado
Na última vez - em fins de 2008 -, em que o perigo econômico estava perseguindo os EUA e a Europa, a China reuniu a força de sua economia estatal - e articulou uma recuperação que puxou a posterior recuperação mundial. Desta vez, porém, Pequim está se sentindo muito menos vigorosa.
A execução de seu esforço anterior minou tão profundamente seus recursos internos que a questão pertinente hoje não é se a China pode voltar a puxar a economia para longe dos rochedos, mas se Pequim mantém controle decisivo sobre suas próprias alavancas econômicas.
A fragilidade central é financeira. Em momento algum ao longo das últimas três décadas de "reforma e abertura" o controle de Pequim sobre a oferta e o preço do crédito em sua economia foi tão tênue. As razões para a sua posição debilitada derivam da natureza estatal cêntrica de seu estímulo em 2009 e 2010. Essas razões também ajudam a explicar por que seria difícil promover uma repetição.
No início de 2009, Pequim incentivou uma farra de empréstimos de governos locais para financiar os gastos com infraestrutura. Depois, Pequim tentou manter as taxas de juros tão baixas quanto possível, em parte para reduzir os custos do serviço sobre a dívida dos governos locais, hoje oficialmente estimados em 10,717 trilhões de yuans (US$ 1,681 bilhões). Mas como os juros sobre os depósitos bancários ficaram estacionados muito abaixo da taxa de inflação, os poupadores retiraram seu dinheiro e o depositaram em instituições de alto rendimento no sistema financeiro paralelo.
A hemorragia sustentada de depósitos bancários estatais inchou o sistema bancário paralelo não regulamentado até um tamanho que agora fornece mais crédito à economia, a cada mês, do que os bancos formais, de acordo com o China Confidential, serviço de pesquisas do "Financial Times". Isso significa que Pequim, que tem manejado o controle financeiro como uma ferramenta chave do poder do Partido Comunista, vê-se agora à mercê de uma coleção não regulamentada de bancos privados, agiotas e trusts (empresas que administram ativos em nome de proprietário em geral desconhecido).
Embora as trusts, segmento maior e mais consolidado do sistema financeiro paralelo, sejam, em sua maioria, empresas com escritórios com "paradeiro conhecido", a multidão de operadores subterrâneos existem num submundo de contas informais e empréstimos não garantidos. Seus anúncios pitorescos podem ser encontrados nas páginas dos jornais das cidades, os quais muitas vezes contam apenas com um único número de telefone celular ao lado de nomes atraentes como "Investimentos Paraíso Fácil", "Lucros Rápidos" e "Belo Tesouro Crédito Dourado".
Funcionando fora do território do Estado, essas instituições não se coadunariam com nenhuma tentativa de Pequim de reaquecer a economia por meio de uma intervenção vigorosa. Mas, na medida em que existem em sua profusão atual, esse sistema bancário paralelo também neutraliza a anterior capacidade das agências reguladoras de ordenar que os grandes bancos estatais deflagrem outra grande onda de crédito a juros baixos. Isso ocorre porque o sistema financeiro formal já não se orienta em torno da taxa oficial de 6,5% ao ano, preferindo, em vez disso, praticar taxas tipicamente duas vezes superiores às dos trusts ou mesmo os juros de 30% a 70% para empréstimos anuais característicos de bancos paralelos.
De fato, é um sinal revelador da condição atrofiada do sistema financeiro regulamentado pelo Estado o fato de a atividade mais rentável dos bancos estatais no primeiro semestre deste ano não terem sido empréstimos a empresas, mas o financiamento ao sistema financeiro paralelo, é o que mostram os relatórios financeiros dos bancos. Ainda assim, é compreensível que os bancos desejem maximizar os lucros, especialmente num momento em que os depósitos estão secando. Nos primeiros 15 dias de setembro, por exemplo, os "quatro grandes" bancos estatais sofreram uma perda líquida de depósitos de 420 bilhões de yuans, ou mais de quatro vezes seu empréstimos no mesmo período - à medida que os poupadores fugiram para bancos paralelos que ofereciam rendimento elevados.
O sistema financeiro não é a única área em que a capacidade chinesa de deflagrar um estímulo econômica anticíclico diminuiu. É questionável a capacidade dos governos locais, se solicitados novamente por Pequim, de ampliarem os investimentos. Sua farra de empréstimos em 2009 e 2010 usou terrenos como principal forma de garantia. Mas agora a venda de terrenos vem declinando substancialmente ano a ano, na maioria das cidades, à medida que os incorporadores imobiliários vêm sendo impactados por problemas de liquidez causados por uma mistura de quedas de vendas de imóveis e o pesado ônus do serviço da dívida junto aos bancos paralelos.
O nível de perturbação sentido por governos locais - e mais particularmente por suas cerca de 10 mil firmas de investimento em todo o país - é claro, em vista de terem começado a vender ativos empresariais de primeira linha a um ritmo sem precedentes. Unidades locais da State Assets Supervision and Administration Commission venderam 3,31 bilhões de yuans em ativos empresariais entre janeiro e julho deste ano, um crescimento em relação aos 2,35 bilhões de yuans em todo o ano de 2010.
Tudo isso significa que se Pequim pretende deflagrar outro pacote de estímulo, poderá ver-se impossibilitada de repetir a reação rápida e firme que articulou em 2009. Sem dúvida, Pequim ainda tem algumas armas em seu arsenal. Poderá emitir títulos governamentais ou criar um pacote de socorro a bancos e companhias de investimento de governos locais, possivelmente usando alguns de seus bilhões de 3,2 trilhões de yuans em reservas cambiais. Mas é improvável que tais métodos sejam capazes de gerar o tipo de crescimento imediato visto em 2009. Esses métodos também não conseguiriam enfrentar a realidade de que, embora exista um sistema financeiro paralelo de juros altos, o dinheiro gravitará dos cofres estatais para mãos privadas, deixando menos recursos para um estímulo estatal cêntrico.
Estes são dias mais difíceis para os antes elogiados planejadores chineses. Os defensores de livres mercados estão intensificando suas críticas. Zhang Weiying, da Universidade de Pequim, qualificou a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, uma agência dedicada ao controle econômico, de "um monte de pessoas inteligentes fazendo algo realmente idiota". Para os chineses, buscar o equilíbrio entre intervenção estatal e um destino decidido pelas forças do livre mercado pode ser claramente difícil.

13/10/2011
 
China teme crise bancária e vai socorrer empresas

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=48313
A China anunciou planos para dar apoio emergencial a empresas privadas com problemas, em meio a temores de que falências num setor crucial, que tem sofrido com a queda nas exportações, podem ameaçar o sistema financeiro.

A reportagem é de Lingling Wei, publicada pelo jornal The Wall Street Journal, 13-10-2011.

Um número crescente de empresas privadas chinesas está
à beira da falência porque não consegue pagar credores do mercado negro que assumiram o lugar do crédito estatal, depois que o governo restringiu os empréstimos bancários para coibir a inflação. Os analistas dizem que o risco é que essa fonte ilegal de crédito seque e quebre até mesmo empresas sadias, com graves consequências no sistema bancário formal.

O principal motivo de preocupação é o crescimento vertiginoso do crédito "sombra". São empréstimos de curto prazo no mercado negro que ameaçam levar as pequenas empresas chinesas à falência, criando por sua vez uma ameaça imediata à economia, e também empréstimos fora de balanço dos grandes bancos, que criam perigo no longo prazo. O crédito que fica fora do balanço das instituições financeiras é de cerca de 12 trilhões de yuans (US$ 1,9 trilhão), dizem economistas do UBS. O total de empréstimos é de US$ 8,8 trilhões.

Pequim reforça crédito a pequena empresa

A China anunciou planos para dar apoio emergencial a empresas privadas com problemas, em meio a temores de que falências num setor crucial, que tem sofrido com a queda nas exportações, podem ameaçar o sistema financeiro do país.

Um número crescente de empresas privadas chinesas está à beira da falência porque não consegue pagar credores do mercado negro que assumiram o lugar do crédito estatal depois que o governo restringiu os empréstimos bancários para coibir a inflação. Os analistas dizem que o risco é que essa fonte ilegal de crédito seque e consequentemente quebre até mesmo empresas sadias, com graves consequências no sistema bancário formal.

O principal motivo de preocupação é o crescimento vertiginoso do crédito "sombra". São empréstimos de curto prazo no mercado negro que ameaçam levar as pequenas empresas chinesas à falência, criando por sua vez uma ameaça imediata à economia, e também empréstimos fora de balanço dos grandes bancos, que criam perigo no longo prazo. Esse sistema financeiro subterrâneo cresceu o suficiente para atrapalhar o firme controle governamental sobre o crédito e as taxas de juros, duas ferramentas fundamentais para conduzir a segunda maior economia do mundo.

Depois de uma reunião presidida pelo premiê Wen Jiabao, o conselho de estado, que é o gabinete de governo da China, anunciou na noite de quarta um conjunto de medidas para oferecer mais crédito para pequenas empresas. "É preciso dar muita atenção a essas firmas", afirmou o conselho estatal num comunicado no site do governo, acrescentando também que as pequenas empresas têm um "papel insubstituível" na economia e no emprego do país.

As pequenas e médias empresas do setor privado chinês respondem por 80% dos empregos do país e por mais da metade do PIB, segundo algumas estimativas.

O comunicado foi feito dois dias depois de o fundo soberano da China intervir na Bolsa de Xangai para conter a queda das ações de vários bancos, o que evidencia como a possibilidade de deterioração do sistema financeiro está recebendo cada vez mais atenção dos líderes chineses.

Foi o primeiro resultado concreto de uma visita feita por Wen semana passada à cidade costeira de Wenzhou, famosa pelo espírito empreendedor e onde várias pequenas empresas fecharam as portas porque não conseguiram pagar os juros anuais de até 50% cobrados pelo mercado negro.

As grandes estatais chinesas continuam com acesso a empréstimos bancários, apesar do aperto de crédito iniciado pelo governo ano passado, mas as firmas privadas, geralmente pequenas, muitas vezes ficam de fora e são forçadas a buscar fontes alternativas de financiamento. O mercado negro, onde há pouca regulamentação, tem recursos de incorporadoras imobiliárias, mineradoras de carvão e pessoas físicas ricas em busca de retorno maior. Boa parte dos recursos desses credores vem dos próprios bancos.

Num indício de quão grande é o volume de empréstimos que não é contabilizado pelos bancos, o crédito que fica fora do balanço das instituições financeiras é de cerca de 12 trilhões de yuans (US$ 1,9 trilhões), dizem economistas do UBS. O total de empréstimos a receber, tanto dentro como fora do balanço dos bancos, era de 55,7 trilhões de yuans em agosto.

Quase 100 donos de fábricas em Wenzhou fugiram da cidade desde abril depois de não conseguir pagar empréstimos com juros elevados
, segundo a imprensa estatal. Problemas como esses, alertam economistas, podem significar que há desafios ainda maiores para o vasto setor bancário chinês e para o resto da economia, com potencial de causar inadimplência até em empréstimos bancários a juros normais. Isso pode forçar os bancos a cortar linhas de crédito mesmo para empresas sadias e seus fornecedores.

A crise no setor privado chinês também alimenta novas dúvidas sobre a capacidade do país de usar o crédito bancário para impulsionar a economia, como fez durante a crise financeira mundial de dois anos atrás. "Achamos que os riscos maiores são a retirada do crédito tanto no mercado informal como no formal e o contágio", afirmou numa nota recente Wang Tao, economista do UBS especializado na China.

O comunicado do gabinete chinês reconheceu as possíveis ameaças e enfatizou que os canais de financiamento privados e informais só serão permitidos "nos limites da lei". O gabinete afirmou também que o governo vai reprimir práticas ilegais como esquemas de pirâmide ou crédito a juros excessivamente altos. O governo também vai proibir empregados de empresas financeiras de qualquer envolvimento com o crédito informal, afirmou o gabinete.

O gabinete afirmou também que a China permitirá que pequenos bancos continuem desfrutando de exigências de compulsório "relativamente baixas", em comparação com os grandes bancos, para que os pequenos bancos possam emprestar mais para as empresas menores. Os compulsórios precisam ser depositadas no banco central, limitando a capacidade de crédito dos bancos. As autoridades anunciaram também que vão reduzir os impostos das pequenas empresas.

Os analistas dizem que as novas políticas representam o que eles chamam de "afrouxamento direcionado" em áreas específicas em que as empresas enfrentam pressão, mas que não significam um relaxamento geral da política monetária do governo. "Essa política é voltada principalmente para aliviar a situação financeira de pequenas empresas [...] já que elas têm enfrentado muita pressão", disse o economista Ma Xiaoping, do HSBC.

O mercado negro de crédito existe há anos na China, mas o recente crescimento não tem precedente, dizem analistas.

O resultado dessa expansão é que a China tem um "nível inusitadamente alto" de dívida bruta em comparação com outros países em desenvolvimento, segundo um relatório recente do Fundo Monetário Internacional sobre estabilidade financeira mundial. OFMI calcula que os empréstimos domésticos dentro e fora do balanço dos bancos atingiram 173% do PIB da China no fim de junho.
13/10/2011
 
China reage à pressão dos EUA contra yuan
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=48315

Numa resposta desafiadora à aprovação do Senado dos EUA à proposta de pressionar a China para que deixe o yuan se valorizar, o BC chinês determinou ontem uma banda relativamente mais baixa para a moeda em relação ao dólar. O BC chinês advertiu também que a pressão americana pode expor ainda mais a revisão da taxa de câmbio do país.

A informação é do jornal O Estado de S. Paulo, 13-10-2011.

No longo prazo, o valor da moeda é fixado de acordo com o que o Banco Popular da China determina. O BC chinês afirmou que a decisão dos EUA de punir a China por causa do valor de sua moeda complica os esforços para liberar gradualmente o yuan de suas restrições pelo governo e deixar que ele seja comercializado mais livremente.

"Politizar o assunto yuan não resolve os problemas dos EUA, como o déficit fiscal e a elevada taxa de desemprego, mas pode afetar o processo de reforma na taxa de câmbio do yuan que está em andamento", advertiu o BC chinês. A resposta está alinhada com os protestos de outras autoridades no governo chinês, e Pequim já havia advertido que a aprovação da lei pode desencadear uma guerra comercial.

"A lei viola seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e não apenas não resolve os problemas econômicos e de desemprego da América como também inflige dano sério às relações da China com os EUA, e interfere nos esforços dos dois países e da comunidade internacional para reativar a economia global", disse Ma Zhaoxu, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, depois que o Senado dos EUA aprovou o texto por 63 votos a 35 e o enviou para a Câmara.

A legislação vai "interromper os esforços conjuntos da China e dos Estados Unidos, assim como da comunidade internacional, para estimular a recuperação vigorosa e o crescimento da economia global", afirmou Ma.

Subsídio comercial

A lei pode forçar a Casa Branca a ser mais agressiva em relação às tarifas e outras penalidades contra países com moedas "desalinhadas". O objetivo do projeto é ajudar as empresas americanas, que argumentam que a política de Pequim de manter a moeda desvalorizada em relação ao dólar beneficia os exportadores chineses e funciona como um subsídio comercial. Opositores disseram que, se o projeto virar lei, Pequim pode fazer retaliações contra empresas dos EUA baseadas na China.

Os esforços de Washington para dobrar os chineses podem ter o efeito oposto, pelo menos por hora. Investidores em moeda já estão computando o risco de que a China possa apertar a rédea do yuan para demonstrar seu controle sobre a moeda.

A Casa Branca, por sua vez, informou que está conversando com legisladores dos EUA para resolver questões sobre o projeto. O presidente Barack Obama, porém, não apoia a iniciativa dos senadores de seu partido. A Casa Branca está preocupada com as "obrigações internacionais" dos Estados Unidos na OMC.

O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, disse ontem que a legislação concebida para pressionar a China a desvalorizar a sua moeda representa um "risco muito grave" de uma guerra comercial. Boehner, líder da maioria republicana de oposição, tem se manifestado contra a adoção da medida pelo Congresso americano.

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