sábado, 1 de outubro de 2011

Preço dos grãos despenca 'do céu ao inferno'

O cenário de oferta e demanda de grãos dos Estados Unidos não é tão ruim como se imaginava. Com isso, os preços despencaram ontem.
"Alguém errou nas contas", diz a analista Daniele Siqueira, da Agência Rural. O Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) esperava estoques de apenas 23,4 milhões de toneladas de milho no início de setembro, mas o volume estava em 28,7 milhões, conforme relatório trimestral divulgado ontem.
A estimativa para o trigo, cujo volume apurado foi de 58,5 milhões de toneladas, era de 55,7 milhões.
No caso da soja, as previsões estiveram próximas do volume apurado (6,1 milhões de toneladas), mas as quedas nos preços do milho e do trigo foram tão intensas, ontem, que acabaram contaminando também a oleaginosa.
Os produtos negociados em Chicago fecharam próximos dos limites de baixa, ontem. O mercado de Nova York, onde são negociados café, açúcar e suco de laranja, entre outros produtos, acompanhou Chicago.
Os produtores estão vendo os preços caírem "do céu para o inferno em poucos dias", diz Siqueira. No final de agosto, o contrato de novembro de soja era negociado a US$ 14,70 por bushel. Ontem, esteve a US$ 11,80, com recuo de 19% no mês. Esse patamar de queda só perde para o de setembro de 2008, quando o recuo foi de 21%.
As quedas acumuladas no mês passado atingiram 22% no caso do trigo, 19% no do trigo, 20% no do café e 11% no do açúcar.

Em queda Na semana em que entra em vigor a redução do percentual de mistura do álcool anidro à gasolina, os preços do hidratado voltaram a cair nos postos de São Paulo. Em Paulínia (SP), o preço praticado pelas usinas subiu.

Para Marfrig, alta do dólar melhora margem

A alta do dólar é um aditivo importante no fluxo de caixa das exportadoras. Acelera a recuperação da margem e a entrada de capital, segundo Eduardo Miron, diretor de finanças internacionais do Marfrig.
"A geração de caixa no curto prazo é importante para a saúde financeira das organizações que têm participação em exportação."
Cerca de 75% da receita do grupo -R$ 5,3 bilhões por trimestre- é em moeda estrangeira. "Para nós, os benefícios são duplos: na conversão do valor recebido pelas exportações a partir do Brasil e na conversão dos resultados obtidos por nossas operações no exterior para o balanço no Brasil."

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