Autor(es): Por Tarso Veloso | De Brasília |
Valor Econômico - 23/01/2012 |
Com o objetivo de criar novos mercados para a agricultura familiar, o governo aposta na recém-lançada Rede Brasil Rural. Trata-se de uma plataforma eletrônica de comércio que integra cooperativas de produtores rurais, fornecedores de insumos e consumidores públicos e privados. É a principal ferramenta do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para integrar o agricultor familiar ao mercado. Por meio desse sistema, um produtor do Mato Grosso, um extrativista do Acre e um pecuarista de Santa Catarina poderão, por exemplo, usar o site para demandar e ofertar embalagens, serviços e maquinário. Além disso, eles poderão oferecer seus produtos para o governo ou para o público em geral. "Vamos aproximar a agricultura familiar dos fornecedores de insumos e também do mercado de consumo. Não adianta só produzir, tem que comercializar", afirma o secretário Nacional de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller. Em funcionamento desde 9 de dezembro passado, o site está aberto, neste momento, apenas para cadastro dos produtores, fornecedores, gestores do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e outros agentes envolvidos na cadeia produtiva da agricultura familiar. A partir do dia 19 de fevereiro, o acesso será liberado para todos os usuários. "Estamos iniciando a implementação e nossa meta é trabalhar com mil empreendimentos até o fim deste ano. Isso representa um total de 200 mil famílias", diz Müller. As compras feitas pelos produtores da Rede Brasil Rural serão financiadas pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco irá disponibilizar um limite de crédito de até R$ 1 milhão por cartão do BNDES, com opção de cinco cartões por cooperativa, financiamento de três a 48 parcelas e taxas de juros pré-fixadas no ato da compra. A logística das entregas ficará a cargo dos Correios. O projeto da logística, de acordo com Müller, ainda está sendo desenvolvido, mas será fundamental para dar agilidade e confiança ao processo. A plataforma também possui uma área específica para os gestores municipais de alimentação escolar. A lei que regula a compra de produtos da agricultura familiar com essa finalidade foi aprovada em janeiro de 2010. Ela obriga o governo a repassar um mínimo de 30% do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no âmbito do PNAE, à compra de produtos da agricultura familiar para merenda escolar. "O PNAE é o maior programa de alimentação do mundo e essa ferramenta dará ao gestor mais facilidade para encontrar os alimentos que procura", diz o secretário. |
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Em busca de mercados para agricultura familiar
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