São Paulo, segunda-feira, 23 de janeiro de 2012 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Juntas, montadoras investirão R$ 2,5 bi; queda nas vendas em razão do novo diesel, mais caro, será desafio VENCESLAU BORLINA FILHO DE SÃO PAULO A Mercedes-Benz iniciou neste mês a produção de duas novas linhas de caminhões -um leve e um extrapesado- com a meta de alcançar a liderança no setor em 2013. A disputa, porém, promete ser dura no que depender da atual líder, a MAN-Volkswagen. Em jogo, estão investimentos somados de R$ 2,5 bilhões das duas marcas. Segundo a Fenabrave (federação dos distribuidores de veículos), a Mercedes vendeu 42.391 unidades em 2011. Já a concorrente comercializou 8.431 caminhões a mais. Em ambos os casos, os trunfos estão no segmento extrapesado -o de maior demanda e concorrência. A Mercedes, que importava o Actrus da Alemanha desde 2010, passou a fabricá-lo no país. Já a MAN vai produzir seus modelos mantidos em segredo, inicialmente, na fábrica de Resende (RJ). Depois que decidir por uma nova fábrica ou ampliação da atual, a fabricação deve migrar. Segundo o vice-presidente de vendas da Mercedes, Joachim Maier, a marca perdeu participação de mercado nos últimos anos por ficar no limite da produção na fábrica de São Bernardo do Campo. "Como não há espaço físico para ampliar a fábrica em São Bernardo, optamos por implantar a fábrica em Juiz de Fora. Para isso, investimos R$ 450 milhões do R$ 1,5 bilhão anunciado", disse. Na unidade mineira, a produção inicial será de 15 mil unidades por ano, entre caminhões Accelo e Actrus. Como há espaço para expansão, se houver necessidade, a empresa poderá ser ampliada. Outra parte do R$ 1,5 bilhão será investida na modernização da fábrica de São Bernardo. Segundo o vice-presidente, o objetivo é elevar a produção para até 80 mil veículos por ano. O presidente da MAN para a América Latina, Roberto Cortes, afirmou que a liderança da marca será mantida, entre outras razões, "por dispor de eficiência e produtos corretos para o Brasil". No plano de investimentos de R$ 1 bilhão até 2016 no país, a MAN espera elevar a produção para mais de 100 mil caminhões por ano. Atualmente, a fábrica de Resende produz 82 mil unidades/ano. NOVO DIESEL Apesar da disputa, as marcas enfrentarão o mesmo problema: as vendas em 2012 devem cair 10%. A causa é o aumento nos preços -em média 10%- dos veículos por conta da adoção de nova tecnologia dos motores com o diesel menos poluente. Desde o começo do ano, os fabricantes estão impedidos de produzir veículos com a tecnologia anterior, segundo a norma do Proconve P7 (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores) do governo. Já para 2013, os representantes das empresas esperam uma retomada das vendas para o mesmo patamar registrado no ano passado. Segundo a Fenabrave, foram comercializadas 172.661 unidades.
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