Autor(es): Por Assis Moreira | De Genebra |
Valor Econômico - 13/01/2012 |
Os preços internacionais de alimentos caíram em 2011, mas continuam ainda altos, de acordo com a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). O Índice de Preços de Alimentos da FAO ficou em 211 pontos em dezembro, queda de 2,4% comparado a novembro e de 11,3% desde o pico de fevereiro de 2011. Embora os preços tenham caído no segundo semestre de 2011, atenuando o risco de inflação em boa parte dos países, o índice da FAO ainda tem a média mais alta desde que os custos de alimentos começaram a ser monitorados em 1990. "Os preços internacionais de várias commodities alimentares declinaram nos últimos meses, mas as incertezas na economia global, nos mercados de divisas e de petróleo não permitem perspectivas claras", afirmou Abdolreza Abbassian, economista da FAO. Para ele, o declínio não será grande, em todo caso. As quedas de preços internacionais de cereais, açúcar e óleos se devem à menor demanda e ao dólar mais forte. Em 2011, entre as principais commodities, os preços de cereais tiveram a maior queda, de 4,8%. O custo do milho caiu 6%, do trigo, 4% e do arroz, 3%. Mas o índice da FAO para cereais ainda está 35% mais alto do que em 2010. Os preços de óleos e gorduras caíram 3% comparados a novembro. Produção maior do que a prevista elevou estoques, sobretudo de óleos de palma de girassol. Também houve menor demanda por óleo de soja. Além disso, os preços de carnes baixaram em dezembro em relação a novembro. A maior queda foi para carne suína, de 2,2%. Já carnes bovina e de frango tiveram ligeira alta. Na média, os preços de carnes subiram 16% em 2011. No caso de lácteos, quase não houve mudança nos preços internacionais em dezembro. No ano, a alta foi de 10%, na média, para manteiga, leites, queijo. O índice do açúcar declinou para 327 pontos em dezembro, 4% de queda sobre novembro e de 18% desde o pico de julho de 2011. A razão é a expectativa de maior oferta. |
Preço dos alimentos no mundo recuou em dezembro
O Estado de S. Paulo - 13/01/2012 |
JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo A desaceleração da economia mundial fez o preço dos alimentos ter uma queda importante em dezembro no mercado internacional e a previsão, até mesmo para o Brasil, é de redução nos preços em 2012. No entanto, apesar da queda em dezembro, dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apontam que 2011 terminou com o índice de preços no mais alto nível desde que a entidade começou a medição em 1990. Em 2011, o índice obteve uma média de 228 pontos. Essa foi a média mais alta desde que a FAO começou a acompanhar os preços em 1990. Segundo a FAO, os preços caíram em dezembro ao nível mais baixo em 14 meses, puxados pela redução de grãos e açúcar. O índice de 55 alimentos caiu 2,4% ante novembro. Desde o pico de fevereiro, os preços já caíram 11%, dando espaço para que bancos centrais reduzissem juros. A queda anual de dezembro foi a primeira desde novembro de 2009. O cálculo é simples: a crise reduz o consumo e as previsões são de boas safras. Mas esse equilíbrio é frágil e os riscos de uma mudança no cenário, elevados. Uma ameaça é o comportamento do clima, que pode afetar a produção. Nas últimas semanas, secas na Argentina e no Brasil têm gerado elevação dos preços. |
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