quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

2011: receita das exportações brasileiras de carne bovina é recorde

postado há 11 de janeiro de 2012

As exportações brasileiras de carne bovina in natura em dezembro/11 foram de 63,1 mil toneladas com receita de US$313,5 milhões, obtendo como preço médio US$4.970/ton, conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Tabela 1. Receita, volume, preço médio e variações anuais das exportações brasileiras de carne bovina







Em relação a nov/11 as exportações de dez/11 foram menores em receita e volume, 17,7% e 13,1% respectivamente. Em novembro a receita foi de US$381 milhões e o volume foi de 72,6 mil toneladas.

Apesar dessa queda mensal, comparando o mês de dez/11 com dez/10 houve crescimento nas exportações tanto em receita (9,9%) como em volume (7,7%). A receita das exportações de dez/10 foram de US$285,3 milhões e o volume foi de 58,6 mil toneladas.

Observando a taxa de câmbio, o dólar valorizou 2,6% em dez/11 sobre nov/11, de US$1,79 para US$1,84, o que acabou baixando o preço médio do boi gordo em dólares. Em dezembro foi de US$55,4, ficando 6,6% menor do que o preço médio de nov/11 (US$59,3).

Por este indicador de preço, em dezembro as exportações deveriam ser maiores do que em novembro por causa do menor preço da carne brasileira no mercado internacional. Porém, essa queda na comercialização internacional de carne é esperada no final de ano, pela diminuição das compras dos principais países importadores.
A Rússia, por exemplo, não importa carne devido ao congelamento de seus portos no inverno.

Gráfico 1. Boi gordo em dólares e dólar







A receita anual das exportações brasileiras de carne bovina está em crescimento constante desde 2002, exceto por 2009 por causa da crise econômica mundial e a desaceleração do comércio internacional. A receita recebida em 2011 de US$ 4.169 bilhões é a maior já recebida pelo país, sendo 4,7% maior do que a receita recebida em 2008, de US$ 4.006 bilhões, agora a segunda maior.

Gráfico 2. Receita e volume acumulados ano a ano das exportações brasileiras de carne bovina







Em relação ao volume exportado, este continua em queda desde 2007 quando foi exportado 1,2 milhão de toneladas de carne bovina. Em 2011 foram exportadas 820 mil toneladas.

Essa redução do volume exportado vem propiciando um aumento no preço médio recebido por tonelada. O preço em 2011 foi de U$5.083/ton, 25% maior do que o preço médio recebido em 2010 de US$4.049/ton e 55,7% maior o preço médio de 2009, de US$ 3.264/ton.

Gráfico 3. Preço médio anual de venda da carne exportada







Artigo escrito por Marcelo Whately, analista de mercado do BeefPoint.


Receita com exportação de carne subiu 11,6% em 2011
Em contrapartida, volume comercializado recuou 10,80%
2012
17 de janeiro
11:35hs
A receita cambial com exportação de carne bovina apresentou aumento de 11,65% em 2011, passando de US$ 4,814 bilhões em 2010 para US$ 5,375 bilhões, impulsionada pelo crescimento de 25,17% nos preços médios do produto no período. As informações são da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), divulgadas hoje (17).
O preço da tonelada subiu de US$ 3.913 para US$ 4.898 de 2010 para 2011. Em volume, entretanto, houve queda de 10,80%. Os embarques totalizaram 1,097 milhão de toneladas (t.) em 2011, em comparação com 1,230 milhão de t. em 2010. A Abiec informa que os resultados ficaram em linha com o esperado inicialmente (receita cambial de US$ 5,3 bilhões e queda de 10% em volume).
Por tipos de carne, o segmento in natura liderou os embarques com receita de US$ 4,167 bilhões, representando alta de 7,98%. No entanto, em volume houve queda de 13,76%, com embarque de 819 mil t. Esse volume representou 75% do total exportado em 2011. O segmento de carne industrializada, em volume, ficou com participação de 10%, enquanto miúdos representou 9% e tripas, 6%.
Em termos de receita cambial, carne in natura representou 78%, industrializada 12%, tripas e miúdos 5% cada. Por região, em volume, Oriente Médio e norte da África lideraram com 32%; Rússia, Casaquistão e Bielo-Rússia, juntos, ficaram com 22%; Ásia, 19%; América Latina e Caribe, 11%; União Europeia, 10%; e África, 3%. Em faturamento, Oriente Médio e norte da África participaram com 31%, seguidos de Rússia, Casaquistão e Bielo-Rússia, que juntos representaram 20%; União Europeia, 16%; Ásia, 15%; e América Latina e Caribe, 12%.
Os principais destinos, em volume, foram: Rússia (22%), Hong Kong (17%), Irã (12%), União Europeia e Egito (10% cada). Já em termos de faturamento, os principais destinos foram: Rússia (20%), União Europeia (16%), Hong Kong e Irã (13% cada) e Egito (8%).


COMÉRCIO EXTERIOR
18/01/2012 | 12h56

Exportações brasileiras de carne bovina para o Oriente Médio têm queda de 25,62% em 2011

Foram exportadas 298,98 mil toneladas equivalente carcaça no ano passado

As exportações brasileiras de carne bovina para o Oriente Médio registraram queda em 2011, segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
De janeiro a dezembro do ano passado foram exportadas 298,98 mil toneladas equivalente carcaça (tec) para o Oriente Médio, queda de 25,62% em relação ao acumulado de 2010, quando foram exportadas 401,98 mil tec.
Em dezembro de 2011, o Brasil exportou 13,93 mil tec, ante 23,47 mil tec em novembro do mesmo ano.
O faturamento em 2011 também foi menor que o resultado obtido em 2010. As exportações geraram uma receita de U$1,15 bilhão no ano passado, ante U$1,27 bilhão em 2010.

Saiba MaisA conversão de tonelada líquida para tonelada equivalente carcaça é feita da seguinte forma:

– Para carne industrializada, o total processado deve ser multiplicado pelo fator "2,5".

– Para carnes com osso deve ser multiplicada pelo fator "1" e com carnes desossadas a multiplicação deve ocorrer pelo fator "1,4706".



São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 2012Mercado
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VAIVÉM
MAURO ZAFALON - http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/20810-exportacao-de-gado-vivo-cai-mas-cenario-e-bom.shtml
Exportação de gado vivo cai, mas cenário é bom
As exportações de gado vivo não repetiram, em 2011, o bom desempenho de 2010. Após terem enviado 655 mil animais para fora do país em 2010, os exportadores de gado em pé venderam apenas 405 mil no ano passado.
Culpa da Venezuela, principal mercado do Brasil. O dólar especial para a compra de alimentos subiu no país vizinho, tornando as importações mais caras.
Além disso, a Venezuela elevou as compras de gado de outros países para estreitar ainda mais o relacionamento comercial na América Latina.
Após compra de 625 mil cabeças de gado do Brasil em 2010, os venezuelanos compraram somente 319 mil no ano passado.
O cenário para 2012 será de melhora, segundo Gastão Carvalho Filho, diretor da Boi Branco, uma das principais exportadoras de gado em pé do país.
Carvalho Filho prevê esse cenário melhor porque as eleições venezuelanas deste ano vão impulsionar as compras. Além disso, o Brasil está descobrindo novos mercados e ampliando o leque de exportações, que inclui inclusive vacas leiteiras, segundo ele.
O Egito, depois dos problemas internos vividos pelo país, será mais um destino das vendas brasileiras, devido a acordo acertado entre os ministérios de Agricultura brasileiro e egípcio.
Carvalho Filho acredita que esse será um bom local para exportações, apesar de o gado brasileiro disputar mercado com o europeu, atualmente com grande presença nas importações egípcias.
O exportador confia também no mercado de exportação de vacas leiteiras. A Boi Branco e a Bubras vão colocar 9.000 vacas girolando e 4.500 búfalas no mercado externo neste ano.
As exportações de gado em pé são um nicho de mercado e importantes porque garantem maior equilíbrio de preços e, consequentemente, mais renda para os produtores, diz ele.
Com renda, o pecuarista busca produtividade e maior conservação ambiental de suas propriedades, afirma o diretor da Boi Branco.
Na liderança A Brasil Foods liderou as exportações brasileiras no setor de carnes no ano passado, atingindo US$ 4,95 bilhões, 12% mais do que em 2010.
Segundo posto O grupo Marfrig (Seara, Marfrig e Mabella) obteve o segundo lugar, com US$ 2,85 bilhões. O JBS veio a seguir, com US$ 2,55 bilhões, seguido do Minerva (US$ 1,04 bilhão).
Sem pressão O mercado de prata passa por liquidações maciças de contratos futuros e redução da demanda industrial.
China As importações da China indicam desaceleração, mostra o Standard Bank. Em julho de 2010, o país havia comprado 400 toneladas, volume reduzido para 200 toneladas em julho de 2011.
Ainda menos Segundo analistas do banco, as importações de novembro se limitaram a 61 toneladas, volume que deve ter recuado mais em dezembro -os dados desse mês ainda não saíram.
Preço bom Em leilão pela internet, um lote de café da Fazenda Rainha (SP) atingiu US$ 3.056 (R$ 5.400) por saca. No mercado físico, a saca está a R$ 510.
Excelência O lote foi o vencedor do concurso Cup of Excellence da BSCA (associação de cafés especiais). A fazenda é do grupo que detém a marca Café Orfeu, voltada para o mercado interno.
DE OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES
Chicago
Suco de laranja
(cent. de US$)* 191,20
Açúcar
(cent. de US$)* 24,00
Mercado Interno
Arroz
(R$ por saca) 25,30
Algodão
(R$ por arroba) 18,07
* por libra peso
com KARLA DOMINGUES

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