Autor(es): Por Eduardo Laguna | De São Paulo |
Valor Econômico - 03/01/2012 |
No ano em que os veículos importados se destacaram, as vendas de carros no Brasil tiveram em 2011 um novo marco histórico, mas ficaram abaixo das metas traçadas param o período. Dados preliminares baseados nos emplacamentos de veículos mostram que houve um aumento de 2,9% no total de automóveis e comerciais leves vendidos em 2011. No total, foram negociadas 3,42 milhões de unidades, superando o volume recorde de 2010, que somou 3,32 milhões de carros novos. As previsões da Fenabrave - entidade que abriga as revendas de carros - apontavam para um crescimento maior, da ordem de 5,9%, nas vendas do ano passado. Em dezembro, a Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no Brasil, revisou de 5% para 3,3% sua estimativa de crescimento do mercado - incluindo, neste caso, caminhões e ônibus, além dos automóveis e comerciais leves. Em 2011, o setor operou sob o impacto de medidas do governo para esfriar o consumo no primeiro semestre, além das iniciativas para frear as importações de veículos, o que inclui restrições alfandegárias - como o fim das licenças automáticas para carros importados - e a elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os carros com índice de nacionalização inferior a 65%. Mesmo assim, estimuladas pelo real valorizado, as importações de carros conseguiram, na contramão do desempenho negativo dos produtos nacionais, sustentar o crescimento do mercado automobilístico. Segundo dados coletados pela Anfavea até novembro, enquanto as vendas de veículos nacionais mostravam queda de 1,4%, as importações cresciam substanciais 32,3%. Ou seja, o mercado voltaria a registrar retração não fosse a maior entrada dos produtos estrangeiros. Essa realidade se reflete na distribuição das vendas por marca em 2011. Conforme levantamento da consultoria Oikonomia, as vendas de carros chineses cresceram mais de quatro vezes em 2011 e morderam cerca de 2% do mercado. O período foi marcado pela chegada no começo do ano dos carros da JAC Motors, que adotou uma estratégia agressiva tanto em marketing quanto em distribuição. Também em destaque, a fatia da japonesa Nissan subiu de 1,1% para quase 2%, na esteira do lançamento do compacto March no país. Diante de números que mostram uma posição mais expressiva no mercado brasileiro, JAC e Nissan anunciaram no ano passado planos de produzir carros no Brasil. A marca chinesa pretende erguer uma fábrica em Camaçari, na Bahia. Já a Nissan vai instalar sua unidade produtiva em Resende, no Rio de Janeiro. As empresas com planos de entrar no Brasil pedem, contudo, uma flexibilização das exigências de conteúdo nacional colocadas pelo governo. Em um cenário mais competitivo, as maiores montadoras instaladas no país cederam participações de mercado, mas ficaram com suas posições inalteradas no ranking das marcas mais vendidas. Apesar de uma queda de 0,9% nos emplacamentos, a Fiat manteve a liderança de mercado, com 22% do total comercializado no país no ano passado. Na sequência, aparecem a Volkswagen (20,4%), a General Motors (18,5%) e a Ford (9,2%). No total, as vendas de carros zero quilômetro no Brasil apresentaram no mês passado uma queda de quase 9% na comparação com dezembro de 2010, que foi o melhor mês da história para a indústria automobilística brasileira. Ainda assim, dezembro teve o melhor volume em 2011, com cerca de 329 mil unidades emplacadas, segundo balanço da Oikonomia. De acordo com a consultoria, as vendas de carros movimentaram R$ 155,2 bilhões em todo o ano passado, 8,3% a mais do que em 2010 (R$ 143,3 bilhões). Os números consolidados do mercado automobilístico em 2011, assim como as previsões para este ano, serão divulgados amanhã pela Fenabrave. |
Vendas de automóveis batem recorde em 2011
Autor(es): MARCELO REHDER |
O Estado de S. Paulo - 03/01/2012 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/1/3/vendas-de-automoveis-batem-recorde-em-2011 |
Apesar do crescimento de 2,9% ante 2010, desempenho do ano ficou abaixo do esperado A indústria automobilística bateu novo recorde de vendas no mercado brasileiro em 2011. O emplacamento de carros e comerciais leves somou 3,426 milhões de unidades, segundo fontes do setor. O número representa crescimento de 2,9% sobre a marca anterior, registrada em 2010, quando foram vendidos 3,329 milhões de veículos. Foi o quinto recorde consecutivo de vendas registrado pelas montadoras no País. Ainda assim, o resultado ficou abaixo das estimativas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que projetava para as vendas internas do setor como um todo crescimento de 5% no começo de 2011 e revisou sua previsão para 3,3% em novembro último. As projeções iniciais da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) para o ano apontavam crescimento de 4,2% nas vendas de automóveis e comerciais leves. Apostas. As montadoras acreditavam que o pagamento do 13.º salário ajudaria a empurrar as vendas no fim do ano, assim como as medidas do governo que reduziram as exigências para financiamentos de longo prazo impostas em dezembro do ano passado, quando a intenção era frear o consumo. Além disso, em meados de dezembro, passou a valer a elevação em 30 pontos porcentuais da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos importados. As vendas de importados vinham apresentando forte crescimento desde o início do ano. O novo valor do imposto tem validade até o fim de 2012. O desempenho de dezembro ficou 8,8% abaixo do alcançado em igual período de 2010. As vendas de carros e comerciais leves novos somaram 329,2 mil unidades no mês, ante 361,2 mil em dezembro do ano anterior. Já na comparação com novembro de 2010, o resultado foi um crescimento de 7,8%. Ranking. A italiana Fiat segue na liderança do mercado de automóveis e comerciais leves. A fabricante somou 754.276 unidades vendidas em 2010 (22% de participação). A alemã Volkswagen ficou com a segunda maior fatia do mercado, com 698.404 unidades (20,4%), seguida pela americana General Motors, com 632.259 (18,4%). A Ford manteve-se no quarto lugar, com 314.016 unidades vendidas (9,2%) e a Renault, em quinto, com 194.294 (5,7%). Os números oficiais das vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, assim como o ranking das montadoras, serão divulgadas amanhã pela Fenabrave. / COLABOROU ALINE BRONZATI |
Venda interna de carros bate nova marca histórica
Autor(es): agência o globo: |
O Globo - 03/01/2012 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/1/3/venda-interna-de-carros-bate-nova-marca-historica |
Mas avanço de 2,9% em 2011 é abaixo do esperado. IPI de importados pesa no resultado SÃO PAULO. As vendas de automóveis e veículos comerciais leves somaram 3,426 milhões de unidades em 2011, crescimento de 2,89% sobre o recorde alcançado em 2010, informou uma fonte do mercado à agência de notícias Reuters. Apesar do novo recorde, o número está aquém do esperado pelo setor, que vinha apostando em uma alta de 5,9%. Os dados oficiais serão divulgados pela Fenabrave, entidade que reúne representantes do segmento, amanhã. Considerando apenas o mês de dezembro, as vendas totalizaram 329.237 unidades, expansão de 7,85% ante novembro, mas queda de 8,9% na comparação anual. O desempenho no ano deverá ficar abaixo do esperado por causa da elevação de 30 pontos percentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos importados. A medida, anunciada em setembro passado e válida até o fim de 2012, visa a conter a avalanche de veículos importados, sobretudo chineses. A montadora italiana Fiat manteve a liderança em 2011, com cerca de 754,3 mil automóveis e comerciais leves vendidos. Volkswagen (698,4 mil) e General Motors (632,2 mil) vêm em seguida. |
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