De Olho na Bolsa | |||||||||||||||||||||||||||||||||
Autor(es): Alessandra Bellotto | |||||||||||||||||||||||||||||||||
Valor Econômico - 15/07/2010 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/7/15/mais-uma-vez-varejo-e-construcao-roubam-cena | |||||||||||||||||||||||||||||||||
Num dia em que o mercado local parou à espera da divulgação de dados econômicos da China, marcada para a noite de ontem no horário local, foram os chamados setores cíclicos domésticos que novamente chamaram atenção. O velho conhecido varejo andou mais um pouquinho. Construção, que voltou ao foco recentemente, foi outro setor que se destacou. A expectativa em torno dos números da economia chinesa - dada a forte dependência da Bovespa em relação às commodities - fica comprovada quando se olha o volume negociado ontem: foram R$ 4,7 bilhões, queda de 23,4% em relação à média diária de junho (R$ 5,8 bilhões). Além disso, toda empresa exportadora de matérias-primas sofreu, puxando o índice. Siderurgia e mineração ficaram entre os destaques negativos. As preferenciais (PN, sem voto) classe A da Usiminas recuaram 3,08% e as da Vale caíram 0,64%. No caso da siderúrgica, segundo o economista da Souza Barros, Clodoir Vieira, foi um movimento de realização. O Ibovespa chegou a cair cerca de 1%, mas fechou em baixa de 0,32%, a 63.479 pontos. "Com as dúvidas acerca do ritmo de crescimento chinês, o movimento de rotação nas carteiras continua, com a venda de commodities e migração para cíclicos domésticos", diz o estrategista para pessoa física da da corretora do Santander, Maurício Ceará. Mesmo o estrangeiro, segundo ele, tem aumentado ligeiramente a exposição em ações ligadas à economia brasileira. As ordinárias (ON, com voto) da Natura subiram 4,73% ontem, ampliando os ganhos no ano para 18,82%. Lojas Renner ON teve alta de 4,47%. No Ibovespa, a varejista acumula a maior alta do ano, de 33,32%. Já há quem olhe para esse desempenho com um pé atrás e arrisque a falar em bolha. É o caso do sócio da Humaitá Investimentos Frederico Mesnik. "O consumo interno virou moda e tem empresa, especialmente do varejo, que não deve entregar o que o mercado está embutindo nos preços", diz. Mas também não dá para remar contra a maré. Ao mesmo tempo que Mesnik acredita que pode haver correção, ele vê espaço para ganhar com uma última "pernada" do varejo. A percepção, segundo Ceará, é de que não há barganha no varejo, mas trata-se de um setor com empresas que têm apresentado resultados acima das expectativas. E se elas surpreendem positivamente, merecem ter um prêmio de negociação. "Os múltiplos indicam que o setor está relativamente caro, mas o investidor aposta que ele pode ficar ainda mais caro, enquanto o país estiver crescendo." Já o movimento recente de alta das construtoras tem a ver com a divulgação de dados preliminares melhores. "O segundo trimestre alavancou os resultados; muitas empresas já entregaram mais da metade do "guidance" (projeções) do ano", diz Ceará. Isso acabou criando uma visão de que o ano pode ser melhor do que se esperava. Ontem, as ONs da Gafisa e da MRV subiram 3,2%. Rossi Residencial ON aumentou 2,43%; Cyrela Realty ON teve ganho de 1,79% e PDG Realty ON, de 1,45%. As aéreas também entraram na onda, com resultados operacionais melhores. As PN da Gol subiram 1,79% e as da TAM, mais 1,34%. O setor sofreu muito com o medo de uma guerra de preços, mas os dados das empresas e os de ontem da Associação Nacional de Aviação Civil (Anac) mostraram uma recuperação generalizada. A Humaitá aumentou sua exposição a aéreas. Empresas de bens de capital como Marcopolo, Randon e Iochpe-Maxion também estão na mira da gestora. Mesnik diz que ainda não dá para apostar em commodities, apesar de acreditar que há um temor exagerado acerca da desaceleração econômica global. "Não estão fazendo contas." Peso-pesado http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/7/15/controle-absoluto/?searchterm="peso%20pesado" Está em Brasília, discretamente, Jiang Jianqing, presidente do Industrial & Commercial Bank of China -patrimônio de US$ 242,1 bilhões. Veio para uma rodada de conversas, entre elas, com Márcio Zimmermann, dando assim continuidade à montagem de subsidiária do banco aqui. Barreira argentina contra calçado chinês não beneficia o Brasil
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quinta-feira, 15 de julho de 2010
Brasil - China etc
Mais uma vez, varejo e construção roubam cena
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