terça-feira, 20 de julho de 2010

China já é a maior consumidor de energia do mundo

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/7/20/china-ja-e-a-maior-consumidor-de-energia-do-mundo
O Estado de S. Paulo - 20/07/2010

Potência asiática superou os Estados Unidos que se mantinham na liderança desse ranking de países há mais de 100 anos




Como resultado de anos de rápido crescimento econômico, a China é agora o maior consumidor de energia do mundo, superando os Estados Unidos que ocupavam o primeiro lugar há mais de um século, afirmou o Wall Street Journal, citando dados da Agência Internacional de Energia (AIE).

A agência, cujas previsões são consideradas como indicadores importantes para a indústria de energia, informou que a China consumiu um total de 2,252 bilhões de toneladas de petróleo equivalente no ano passado, ou cerca de 4% mais que os 2,170 bilhões de toneladas de petróleo equivalente utilizados pelos Estados Unidos no período.

A recessão global atingiu os EUA mais severamente do que a China e feriu a atividade industrial americana e a utilização de energia norte-americana. No entanto, o consumo total de energia da China tem registrado taxas de crescimento anual de dois dígitos há muitos anos, impulsionado pela grande base industrial do país. Para se ter uma ideia do rápido crescimento da demanda de energia chinesa, o consumo energético total da China foi apenas metade do tamanho do consumo dos EUA dez anos atrás.

"O fato de que a China superou os EUA como o maior consumidor mundial de energia simboliza o início de uma nova era na história da energia", disse o economista chefe da AIE, Fatih Birol. Segundo ele, os EUA foram o maior consumidor de energia desde os anos 90. A AIE é conselheira de energia para as maiores economias do mundo.

Vazamento. O Porto de Dalian, um dos maiores da China, fechou na segunda-feira por causa da explosão de um oleoduto submarino, que provocou um grave vazamento de óleo, fez uma refinaria reduzir sua produção e obrigou os importadores a desviarem suas cargas para outros terminais.

O incêndio do fim de semana pode prejudicar também o embarque de minério de ferro e soja, além de gerar um debate na China sobre as regras ambientais, menos de uma semana depois das suspeitas de acobertamento das autoridades num vazamento tóxico numa mina de cobre no sul do país.

O incêndio começou na noite de sexta-feira, quando dois dutos explodiram durante o carregamento de um navio-tanque fretado pela estatal PetroChina.

Ninguém ficou ferido, mas centenas de bombeiros levaram mais de 15 horas para controlar as chamas, segundo a imprensa estatal. Cerca de 1.500 toneladas de petróleo vazaram no mar, deixando uma mancha com 183 quilômetros quadrados, dos quais 50 quilômetros quadrados de contaminação considerada "severa". Outros seis navios com capacidade para 12 milhões de barris devem ser desviados para outros portos na Coreia do Sul ou China, segundo fontes do setor de navegação. /DOW JONES NEWSWIRES


China consome mais energia e amplia influência no setor

Autor(es): Agências internacionais
Valor Econômico - 20/07/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/7/20/china-consome-mais-energia-e-amplia-influencia-no-setor 
A China ultrapassou os Estados Unidos no ano passado como o país com o maior consumo de energia no mundo. O fato indica continuidade no aumento na demanda global por combustíveis, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), mas dá também uma ideia de como a China deve influir cada vez mais no modo como a energia é usada no mundo - do tipo de carro que é produzido ao tipo de usina elétrica que é construída.

"À medida que a China ultrapassa os Estados Unidos como a maior consumidora de energia do mundo, isso deixa de ser apenas uma questão doméstica para a China e passa a ter repercussões para o resto do mundo, não só em termos de abastecimento, mas também na maneira em que a energia é consumida", afirmou o economista-chefe da AIE, Fatih Birol. "Se a China usar carros elétricos, híbridos e assim por diante, eles irão impor essa linha de produção à maior parte do resto do mundo."
Além disso, o contínuo aumento do uso de energia cria para Pequim o problema de diminuir a emissão de gases-estufa sem prejudicar o crescimento do país.
A China consumiu, em 2009, 2,25 milhões de toneladas métricas de petróleo equivalente, na forma de carvão, gás natural, energia nuclear, petróleo, e fontes renováveis, disse Birol. Isso excede os 2,17 milhões de toneladas usadas pelos EUA.
"Quando olhamos os países que são motores para o crescimento da demanda global por energia - ou seja, China, Índia e o Oriente Médio-, eu fico um pouco mais otimista", disse Birol.
A China tem o crescimento mais acelerado entre as maiores economias do mundo e está prestes a se tornar a segunda maior, ultrapassando o Japão. O país registrou uma expansão de 10,3% no segundo trimestre, mesmo com medidas do governo para esfriar o crescimento.
O aumento do consumo global vai ocorrer num momento em que os estoques mundiais de petróleo irão ficar "apertados" após 2015, por causa da queda de produção fora da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e do aumento na regulação de reservas de produtoras estatais, disse Birol.
Isso leva a outras questões geopolíticas e ambientais.
Autoridades ocidentais vêm expressando preocupação quanto à agressividade de Pequim em assegurar o acesso privilegiado ao petróleo de países como Cazaquistão, na Ásia Central, e Sudão, na África. No ano passado, a China se tornou o maior comprador da Arábia Saudita pela primeira vez.
Além disso, a China é também o maior emissor mundial de gases-estufa. O governo chinês, por seu lado, tem como meta que 15% de sua energia venha de fontes limpas, como a nuclear, até 2020.
Pequim dá sinais de que já se preocupa em diversificar sua matriz energética. Ontem, o governo central deu permissão para a Guangdong Nuclear Power Group Co., segunda maior construtora de usinas nucleares do país, para construir dois novos reatores na Província de Guangxi, no sul do China.
A primeira fase do projeto vai custar US$ 3,5 bilhões e terá dois reatores com capacidade de 1,1 mil megawatts cada. A construção vai ter início no fim deste mês e será completada em 2016.
O uso de energia nuclear vem sendo incentivado por Pequim como forma de diminuir a emissão de gases-estufa.

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