sexta-feira, 16 de julho de 2010

Corte ilegal de madeira cai até 75% na década

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/7/16/corte-ilegal-de-madeira-cai-ate-75-na-decada

Valor Econômico - 16/07/2010
 
A derrubada ilegal árvores em cinco grandes produtores de madeira do mundo, entre eles o Brasil, caiu até 75% desde o início da década graças a medidas de controle adotadas pelos governos e a pressões de ONGs, dos consumidores e da imprensa. A avaliação está num estudo divulgado ontem pela organização britânica Chatham House, segundo o qual cerca de 17 milhões de hectares de mata deixaram de ser derrubados.
O estudo avaliou as ações contra o mercado de madeira ilegal em cinco países produtores, em cinco consumidores e em dois processadores. A tendência é que as medidas contribuam para elevar o preço de madeira nativa pelo mundo.
O Brasil aparece como o melhor país produtor em termos de legislações e regulamentações contra o corte ilegal. É também elogiado por um sistema descrito como transparente de monitoramento da madeira. E pelo aumento no número das operações contra o corte ilegal, que saltou de 32 em 2003 para 134 em 2007, diz o estudo. Além do Brasil, Camarões, Gana, Indonésia e Malásia são os produtores estudados pela organização. Os dados brasileiros se referem especificamente à Amazônia.
Segundo Adalberto Veríssimo, pesquisador do Imazon, um centro de pesquisas florestais da Amazônia, o Brasil reduziu muito a produção ilegal de madeira desde os anos 80, quando quase 100% do que era extraído estava fora da lei. Hoje, a ilegalidade estaria entre 40% e 50%. "Se a gente continuar nesse ritmo, nos próximos cinco ou seis anos vamos transformar o mercado ilegal em algo marginal, em cerca de 10%." Veríssimo fez a revisão técnica da pesquisa.
Apesar dos avanços, 100 milhões de m3 de madeira ainda são cortados ilegalmente por ano.
Pelo lado da demanda também houve queda. De 2004, pico da importação de produtos feitos de madeira ilegal na década, até 2008, houve uma redução de 30%, para 27 milhões de m3 -, ou cerca de US$ 6 bilhões. Japão e EUA são os maiores consumidores. Segundo o estudo, um dos desafios centrais agora é reduzir o fluxo de madeira ilegal via países processadores, como China e Vietnã.

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