Projetos de risco
Autor(es): LuiCarlos Azedo e Leonardo Santos |
Correio Braziliense - 14/07/2010 |
Com um olho no gato e o outro no peixe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende criar a polêmica Empresa Brasileira de Seguros para garantir a execução de projetos do governo considerados de alto risco pelas seguradoras privadas, que por isso cobram mais caro pelas apólices. Estão na lista as usinas siderúrgicas, o trem-bala Rio-São Paulo e outras grandes obras do PAC, a ampliação dos estádios e dos aeroportos para a Copa de 2014 e a infraestrutura para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, além de empreendimentos como a exploração do petróleo da camada pré-sal. São R$ 18 bilhões para garantir a execução dos projetos, pois o texto da medida provisória enviado ontem pelo Ministério da Fazenda à Casa Civil reorganiza os fundos já existentes — Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE); fundos naval, de energia e de Parceria Público-Privada (PPPs); e o Fundo Garantidor de Comércio Exterior (FGCE) — em três reservas que cobrirão o comércio exterior de longo prazo e as exportações, mas a parte do leão irá mesmo para a infraestrutura. Calote Na divisa entre Ceará e Pernambuco, Terra Nova e Cabrobó vivem uma crise econômica particular. As obras de transposição do Rio São Francisco e da Ferrovia Transnordestina, lançadas com pompa e circunstância pelo presidente Lula, estão devagar quase parando. As empresas contratadas dão calote no comércio local e trabalhadores estão sendo dispensados. |
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