Sete meses após solucionar uma disputa em torno dos subsídios ilegais dos Estados Unidos à produção local de algodão, o Brasil ganhou outra causa contra o governo americano na Organização Mundial de Comércio (OMC), desta vez em relação às barreiras contra o suco de laranja. Anunciada ontem, a decisão do painel de árbitros da OMC, ainda preliminar e sujeita a recurso, considerou também ilegal o método usado pelos EUA para punir os exportadores brasileiros de suco de laranja, sob acusação de dumping - venda a preços desleais, abaixo do normal. Os países têm até 15 de janeiro para apresentar comentários à decisão dos árbitros, que só estará disponível, de fato, após 21 de fevereiro. O Itamaraty divulgou nota para afirmar que, embora não possa divulgar a decisão preliminar dos árbitros, mantida sob sigilo, o governo brasileiro recebeu "com satisfação" as determinações do painel de arbitragem, "e espera que sejam confirmadas no informe final". O governo brasileiro deve discutir, em janeiro, com os produtores nacionais de cana de açúcar, a conveniência de abrir outra frente de questionamento a barreiras comerciais dos Estados Unidos, questionando na OMC os entraves nos EUA para importação de etanol. No caso do suco de laranja, o Brasil questionou uma prática da política comercial americana já condenada em casos com outros países, o chamado "zeroing", ou "zeragem". Por ela, para verificar se determinado produto é importado com preços artificialmente baixos, as autoridades dos EUA ignoram as importações que tenham sido praticadas acima do preço normal. Com esse método, a média calculada para os preços de importação é deprimida, e as sobretaxas aplicadas aos produtos condenados por dumping ficam maiores do que seriam necessárias para impedir prejuízos aos produtores locais. A prática da "zeragem" é usada em outros produtos, como siderúrgicos, e já rendeu condenações aos EUA na OMC, que levaram inclusive parceiros comerciais como a União Europeia e o Japão a serem autorizados a retaliar comercialmente os americanos. Embora os EUA tenham evitado aplicar a "zeragem" em novos processos, o método é usado para processos antigos que sofrem revisão. É o caso do suco de laranja do Brasil, que recebe sobretaxas de até 4,81%, para proteger competidores da Flórida. Na avaliação dos técnicos brasileiros, se os preços de importação médios fossem calculados pelo método convencional, sem "zeragem", seria difícil aos americanos constatar dumping nas importações. Após a entrega do relatório dos árbitros da OMC, em fevereiro, os Estados Unidos poderão apelar da decisão. Pelos prazos concedidos na OMC a esse tipo de disputa, a decisão final só deve sair mesmo no segundo semestre de 2011, mas o caso é visto pelo Brasil e pelos produtores como uma vitória importante contra barreiras ilegais dos EUA ao comércio, e um passo para reduzir as incertezas nas operações de venda aos americanos.
Renda sobe e classe média vira maioria no campo
Autor(es): Mauro Zanatta | De Brasília |
Valor Econômico - 21/12/2010 |
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/21/renda-sobe-e-classe-media-vira-maioria-no-campo |
O campo brasileiro tem passado por uma profunda mudança estrutural. Alimentada pela expansão da renda do trabalho, das transferências de renda do Estado e do nível de escolaridade, uma "nova classe média" menos desigual emergiu nos últimos seis anos na área rural do Brasil.
Do ano 2003 até 2009, 3,7 milhões de pessoas passaram a fazer parte da agora predominante classe C, aponta um estudo inédito do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) feito para o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
A nova classe C rural, cuja renda domiciliar varia de R$ 1.126 a R$ 4.854 por mês, passou a dominar o cenário ao expandir-se 72% desde 2003. O estudo "Pobreza e a Nova Classe Média no Brasil Rural", coordenado pelo pesquisador Marcelo Cortes Neri, mostra que esse estrato social somava 35,4% da população rural no ano passado - em 2003, era 20,6%. "A redução da desigualdade foi mais forte e mais rápida na área rural, sobretudo nas regiões mais pobres", diz Neri. Em 2009, o segmento tinha 9,1 milhões dos 25,7 milhões de habitantes rurais.
A proporção de pobres, cuja renda per capita situa-se abaixo de R$ 145 mensais, é menor na área rural (39,5%) que na urbana (46%), mostram os microdados originados pelo IBGE. "A base é menor no rural, mas a queda é maior no índice de desigualdade com indicador mais baixo", diz Neri. Moradia de 15% da população brasileira, a zona rural do país viveu uma forte redução na pobreza, cujo índice global recuou de 51,5% para 31,9% dos residentes. "Houve uma visível elevação da renda rural, algo que antes só ocorria na área urbana. Há mobilidade social mais dinâmica no meio rural, o que melhorou a vida das pessoas", diz o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. A desigualdade, medida pelo Índice Gini, recuou 8,23% na área rural, ante 6,5% no total do país, aponta a FGV. A renda do trabalho aumentou de R$ 154,60 para R$ 201,80 por mês e a renda média per capita passou de R$ 213 para R$ 303. "Houve um aumento real de 42% na renda média rural", diz Marcelo Neri. No Brasil, a elevação chegou a 31,8%. As classes A e B, cuja renda domiciliar está acima de R$ 4.854 por mês, também continuaram a crescer - agregaram outros 282 mil habitantes. Mas o impacto maior ocorreu mesmo nas classes D e E. Somadas, ambas encolheram 20,4% em seis anos. Quando considerada apenas a classe E, com renda inferior a R$ 145 a preços médios nacionais ponderados, 5,152 milhões de pessoas cruzaram a "linha da miséria". Nos estratos menos favorecido, a redução da pobreza ocorreu sobretudo com a forte elevação das transferências de renda do Estado. Houve um acréscimo de 79% nessa fonte de renda na zona rural desde 2003, segundo o estudo da FGV - no Brasil, a elevação chegou a 37,6%. A aposentadoria rural cresceu 65%, ante 34% no total nacional. E os programas sociais avançaram 221% no período, revela Marcelo Neri. "As políticas sociais, e principalmente as transferências de renda, tiveram um peso muito grande na melhoria de vida da área rural", diz Neri. Em seis anos, houve um significativo progresso na escolarização da área rural. A FGV aponta uma "melhoria razoável" nesse indicador, que saltou de 2,9% para 3,8% sobre o total da população rural com idade acima de 25 anos. No meio rural, a escolarização aumentou 29,4%, ante 15,2% do total nacional. O impacto das políticas públicas dirigidas ao setor rural ainda não pode ser medido com precisão, mas programas como o Pronaf (agricultura familiar) e seus derivados formam parte importante dos avanços obtidos pelo campo brasileiro. "A renda da agricultura familiar cresceu três vezes mais do que a renda média do país e o Pronaf incluiu mais de 1,1 milhão de pessoas. Mas essa pesquisa mostra que o rural desenhado até agora é mais rico e complexo do que a gente imaginava", diz o ministro Guilherme Cassel. O governo considera relevante a mudança de padrão na redução da desigualdade da área rural. "O rural era mais atrasado que o urbano, não seguia a mesma tendência", analisa o ministro Cassel. "O mais importante foi a ascensão das classes D e E para uma classe C forte, mais homogênea", afirma. O movimento de ascensão social no campo deve continuar no futuro próximo. O pesquisador Marcelo Neri aponta que a zona rural está cumprindo a chamada "Meta do Milênio", um conjunto de oito compromissos de avanço social. Na redução da extrema pobreza, cuja meta prevê reduzir pela metade essa condição até 2015, o Brasil já atingiu 43% do objetivo nesses últimos seis anos. "Estamos muito mais rápidos no rural. E temos mais espaço para avançar justamente nessas áreas mais pobres", diz Neri. A classe D, por exemplo, soma 30,2% da população rural e 23,6% dos habitantes urbanos. "Temos 7,8 milhões de brasileiros do campo que podem virar classe média me breve".
O peso da carne
Celso Ming - Celso Ming |
O Estado de S. Paulo - 21/12/2010 |
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/21/o-peso-da-carne |
Se o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fosse prontamente atendido em sua proposta de expurgar a alta dos alimentos e dos combustíveis das estatísticas usadas pelo Banco Central para definir sua política de juros, a inflação do ano até novembro teria ficado 0,58 ponto porcentual mais baixa apenas com a exclusão da disparada dos preços da carne bovina. Ou seja, teria sido de 5,05% e não de 5,63%.
O consumidor, que vai providenciar uma ceia mais farta neste Natal, pagará pelo quilo da picanha ou do filé mignon quase duas vezes o que terá de desembolsar pelo de bacalhau; cinco vezes mais do que pelo da calabresa; ou seis vezes mais do que lhe sairá o peru. Em 2010, os preços do boi gordo negociados na Bolsa subiram 36,3%, conforme aponta o índice Esalq/BMF&Bovespa. O pico dessa trajetória aconteceu no dia 11 de novembro quando a arroba atingiu R$ 117,18. De lá para cá, as cotações cederam alguma coisa e, em seguida, se recuperaram um pouco. Nesta segunda-feira, fecharam a R$ 105,03. (Veja gráfico.) Com esse salto, o ministro não pode seguir argumentando que se trata somente de choque de oferta, ou seja, de repentina escassez provocada por catástrofes naturais. A esticada dos preços não é (também) apenas efeito do excessivo descarte de matrizes pelos pecuaristas, ocorrido em 2005 e 2006, em consequência de período prolongado de cotações baixas. Os levantamentos do IBGE mostram que, em 2007, o rebanho de bovinos caiu 3% em relação ao ano anterior, para 205 milhões de cabeças, o que dava um pouco mais do que um boi para cada brasileiro. Foi um período em que os empresários da engorda abandonaram práticas que exigem mais dispêndio (embora tragam retorno maior), como o confinamento. De lá para cá, os plantéis vêm se recuperando, mas insuficientemente em relação às necessidades do consumo interno e das exportações. Os abates aumentaram 7,1% (até setembro) e as exportações, 30,6% (até novembro). O principal fator responsável pela alta da carne tem a ver com o forte aumento do consumo, que, por sua vez, tem a explicação que o ministro Mantega não gosta de ouvir: deve-se ao excessivo aumento das despesas públicas (mais de 15%). É claro que o fator crédito, que aumentou 20,3% em 12 meses, também não pode ser descartado, porque, ao levantar financiamentos, o consumidor teve mais dinheiro na mão, o que permitiu incrementar o consumo de proteína animal, seja à mesa com a família ou no churrasquinho domingueiro com os amigos. Esse assunto não morre no orçamento doméstico. Mexe com uma questão mais acalorada, que é a política de juros. Como ficou dito acima, apenas a alta da carne até novembro contribuiu com quase 0,6 ponto porcentual para a evolução do IPCA, o medidor da inflação que tem de ser levado em conta pelo Banco Central. Carne bovina não é como roupa ou aparelho doméstico cujos preços, passada a temporada de vendas, desabam porque o varejo promove liquidações. As perspectivas são de que, em 2011, os preços da arroba do boi gordo continuem altos e só comecem a ceder a partir do segundo semestre de 2012, quando a atual animação dos pecuaristas tiver aprontado mais garrotes para o abate. As cotações das commodities continuam em alta, como aponta o gráfico da evolução do índice CRB. Recuperação à vista. Até algumas semanas atrás essa alta apenas refletia o bom desempenho dos emergentes, especialmente da Ásia, fortes compradores de matérias-primas metálicas e de alimentos. Mas começa também a mostrar a recuperação das economias dos países ricos. Reforçam-se agora as apostas de que, a partir do segundo trimestre de 2011, o consumo e o sistema produtivo dos Estados Unidos já terão decolado.
BNDES libera R$ 2,7 bi para fábrica da Suzano
Autor(es): Alexandre Rodrigues / RIO e Fernando Scheller |
O Estado de S. Paulo - 21/12/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/21/bndes-libera-r-2-7-bi-para-fabrica-da-suzano |
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Valor é um dos maiores liberados pelo banco nos últimos anos; setor de celulose, no qual o País tem vantagem competitiva, é considerado prioritário
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem a liberação de R$ 2,73 bilhões para a Suzano Papel e Celulose iniciar a construção da fábrica de celulose de Imperatriz, no Maranhão, a ser inaugurada no primeiro semestre de 2013. De acordo com o banco, o valor liberado é suficiente para mais da metade dos custos do projeto, orçado em cerca de R$ 5 bilhões.
A unidade maranhaense, que terá capacidade de 1,5 milhão de toneladas por ano, faz parte de um ambicioso projeto de expansão da Suzano em celulose: a empresa também planeja uma fábrica com a mesma capacidade para o Piauí, a ser aberta em 2014 em cidade ainda a ser definida, consumindo um valor de investimento semelhante.
O dinheiro liberado pelo BNDES para a unidade maranhense deverá ser aplicado nas obras de construção civil e de infraestrutura de apoio, que serão inicidadas na primeira metade de 2011 - a empresa já aplicou cerca de R$ 1 bilhão na compra e formação de parcerias para o plantio de florestas para abastecer a unidade. A empresa tem 154 mil hectares de eucalipto para a fábrica, sendo 70% de áreas próprias. Atualmente, a Suzano produz 1,7 milhão de toneladas de celulose ao ano; com as novas fábricas, a capacidade subirá para 4,7 milhões de toneladas. A companhia hoje é a segunda maior produtora de celulose no País, atrás da Fibria, fruto da união de VCP e Aracruz, que produz 5,3 milhões de toneladas ao ano. Em fase de equacionamento de dívida, a Fibria não tem projetos definidos para o futuro próximo, embora tenha afirmado ao Estado que poderia erguer nova fábrica até 2014. O mercado brasileiro vive hoje uma corrida pelo aumento da capacidade de produção de celulose. Além das fábricas da Suzano, o grupo JBS iniciou a construção de uma unidade de 1,5 milhão de toneladas na cidade de Três Lagoas (MS), onde a Fibria já está instalada, em junho. O apetite se justifica pelos preços do produto, que chegaram a superar US$ 900 e atingir recordes históricos neste ano, e à vantagem competitiva do Brasil na celulose de fibra curta, obtida do eucalipto em ciclos de produção de até oito anos. Negociação. O crédito faz parte da ação do banco em favor do setor de celulose, que é considerado estratégico pelo governo federal. A indústria e a instituição financeira já conversavam sobre o financiamento desde 2008, antes da crise financeira internacional, período no qual os preços das commodities sofreram forte baixa e a celulose chegaram a cair abaixo de US$ 500 no mercado externo. O financiamento para a Suzano é um dos maiores aprovados pelo BNDES para empresas nos últimos anos. Em julho de 2009, o banco assinou com a Petrobrás contrato de financiamento de R$ 25 bilhões, o maior de sua história. Outras companhias que recentemente receberam financiamentos polpudos da instituição estão a Oi (R$ 4,4 bilhões), a Transpetro (R$ 2,6 bilhões), a Mercedes Benz (R$ 1,2 bilhão) e a LLX, braço de logística do grupo de Eike Batista (R$ 1,2 bilhão). Em 2010, o BNDES deverá liberar R$ 146 bilhões em créditos, contra R$ 137 bilhões no ano passado. |
20/12/2010 - 12h12 Gigante em commodities compra de 2 usinas de brasileira por US$ 950 mi
A Noble Group, maior trading de commodities da Ásia, informou nesta segunda-feira que assinou um acordo para a compra de duas usinas do grupo brasileiro de açúcar e álcool Cerradinho, em um negócio avaliado em US$ 950 milhões.A companhia listada na Bolsa de Cingapura informou que as duas usinas vão aumentar a sua capacidade total de moagem de cana para 17,5 milhões de toneladas ao ano.
As duas unidades adquiridas, situadas em Catanduva e Potirendaba, no Estado de São Paulo, estão localizadas estrategicamente a 100 quilômetros de uma instalação da Noble, disse a companhia asiática em comunicado.
Na semana passada, jornais no Brasil informaram que o negócio havia sido fechado.
A usina de Catanduva possui uma capacidade de moagem de cana de 4,6 milhões de toneladas, enquanto a de Potirendaba processa 3,4 milhões de toneladas por ano.
A produção combinada das duas usinas deve chegar a 600 mil toneladas de açúcar, 300 mil metros cúbicos de etanol, além de uma oferta de mais de 300 mil megawatts hora de energia no Brasil.
Fusões e aquisições no setor sucroalcooleiro no Brasil têm aumentado desde a crise financeira global de 2008, a qual deixou muitas usinas brasileiras endividadas em meio a programas ambiciosos de expansão.
No início deste mês, a trading suíça de commodities Glencore comprou uma fatia da usina brasileira de etanol Rio Vermelho, seu primeiro investimento no setor de cana.
A Noble possui duas usinas de cana em São Paulo, uma processadora de café em Minas Gerais, além de armazéns.
Em outubro, a companhia inaugurou um terminal de grãos no porto de Santos.
Economia | 20/12/2010 | 13h05min FGV: preço agrícola no atacado acumula alta de 25,17% no ano Os preços dos produtos industriais no atacado registram alta de 10,54% no ano Agência Estado Alessandra Saraiva De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), até a segunda prévia deste mês do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), os preços dos produtos agrícolas no atacado acumulam aumento de 25,17% no ano e em 12 meses. Já os preços dos produtos industriais no atacado registram alta de 10,54% no ano e em 12 meses. Até a segunda prévia do IGP-M de dezembro, a inflação atacadista medida pelo IPA-M acumula alta de 14,06% no ano e em 12 meses, informou a FGV. Hoje, a instituição anunciou a segunda prévia do IGP-M de dezembro - sendo que o IPA-M representa 60% do total do IGP-M. No âmbito do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais acumulam taxa positiva de 7,67% no ano e em 12 meses até dezembro. Por sua vez, os preços dos bens intermediários registram elevação de 8,04% no ano e em 12 meses. Já os preços das matérias-primas brutas registram inflação de 33,15% no ano e em 12 meses, até a segunda prévia de dezembro. Entre os produtos pesquisados no atacado para a segunda prévia do IGP-M deste mês, as altas de preço mais expressivas foram registradas em soja em grão (2,56%); aves (6,08%); e milho em grão (4,46%). Já as mais significativas quedas de preço, no atacado, foram apuradas em feijão em grão (-20,14%); minério de ferro (-3,43%); e batata-inglesa (-25,59%).
Crédito | 20/12/2010 | 13h10min Contratações de crédito agrícola atingem R$ 41,8 bilhões Valor corresponde a cerca de 42% dos R$ 100 bilhões programados no Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 Os agricultores brasileiros contrataram R$ 41,8 bilhões para financiamento de custeio, investimento e comercialização no período de julho a novembro deste ano. Esse valor corresponde a aproximadamente 42% do total de R$ 100 bilhões programados no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2010/2011 para financiar a agricultura empresarial neste ciclo. O resultado é 15,3% maior do que o registrado no mesmo período da safra 2009/2010, quando foram liberados R$ 36,2 bilhões, do total de R$ 93 bilhões. A avaliação das contratações do crédito agrícola, atualizada mensalmente, é realizada pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. As aplicações nos programas destinados ao custeio e à comercialização, a juros controlados de 6,75% ao ano, atingiram R$ 32,1 bilhões. Os financiamentos concedidos ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) totalizaram R$ 2,1 bilhões. No período, entre os financiamentos de investimento teve destaque o Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK), que contabilizou R$ 2,6 bilhões para a aquisição de máquinas agrícolas, a juros de 5,5% ao ano. Os investimentos com recursos obrigatórios, contratados pelos agricultores em valores de até R$ 200 mil, alcançaram R$ 2 bilhões. Na avaliação do coordenador-geral de Análises Econômicas do Ministério da Agricultura, Marcelo Guimarães, a média mensal de aplicação no período foi de R$ 8,4 bilhões, a maior dos últimos anos. Para ele, o resultado indica que o produtor está tendo acesso adequado aos recursos financeiros, o que vai se refletir na aplicação de tecnologia para a formação e manejo da lavoura.
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