quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Finanças

Banco alemão financiará energia limpa [hidrelétricas PCH]

Autor(es): Agencia o Globo
O Globo - 08/12/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/8/banco-alemao-financiara-energia-limpa

KFW fará acordo com BNDES para investir 52 milhões em hidrelétricas 


O Banco alemão de desenvolvimento KFW deve anunciar nas próximas semanas um acordo com o BNDES de 52 milhões para financiar projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com capacidade para produzir até 20 megawatts (MW) de energia. A instituição alemã também está finalizando um acordo de eficiência energética com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), no valor total de 120 milhões, que será anunciado no começo de 2011.

Os novos financiamentos ao Brasil foram anunciados ontem pelo diretor do KFW para América Latina e Caribe, Rudger Hartmann, em um dos eventos paralelos da Conferência do Clima (COP-16), o Green Solutions. Pela manhã, Hartmann esteve na COP-16, distante 30 quilômetros do Green Solutions, com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, quando anunciou investimentos de 18 milhões para o Fundo Amazônia.

Além disso, o banco está fechando parcerias para instalar iluminação fotovoltaica (energia solar) nos estádios de futebol para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Projetos de eficiência energética já foram instalados nos estádios Mineirinho e Mineirão, em Minas Gerais.

Com estabilidade política e econômica, o Brasil tem uma posição de destaque entre os países da região para atrair investimentos do banco. De um total de 4,5 bilhões, 20% são destinados a projetos de combate às mudanças climáticas. Na região das Américas, o Brasil recebe cerca de 20% dos recursos do banco.

- O fato de ter segurança macroeconômica e estabilidade política ajuda bastante as parcerias com o Brasil - disse Hartmann, que não comentou a possível criação na COP-16 de um grande fundo financeiro, batizado de Fundo Verde. - Os fundos bilaterais são aliados nesta questão da mudança climática.

A Eletrobras já tem um acordo com o banco e recebe 50 milhões para financiar PCHs em Santa Catarina.






BNDES pretende continuar a emprestar R$ 146 bi por ano

Autor(es): Alexandre Rodrigues
O Estado de S. Paulo - 08/12/2010
 

Presidente do banco diz que o perfil da carteira deverá ser alterado, mas que deve ser mantido o nível de desembolsos

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse ontem que os incentivos ao financiamento privado de longo prazo planejados pelo governo modificarão a composição dos desembolsos do banco em 2011, interrompendo o crescimento iniciado em 2008. No entanto, ele indicou que, após alta de 125% entre 2007 e 2010, a intenção é manter o banco no patamar dos R$ 146 bilhões que devem ser liberados este ano.
A mudança, explicou, seria um foco maior do BNDES nos projetos de infraestrutura, que demandam prazos mais longos, e de inovação, que têm risco mais alto. Para ele, boa parte do financiamento aos investimentos da indústria começará a ser absorvida pelo crédito privado de longo prazo, que o governo promete incentivar com medidas a serem anunciadas ainda este mês.
"Estamos finalizando um conjunto de entendimentos com o Ministério da Fazenda para calibrar espaços onde o setor privado poderá ampliar a sua presença e o BNDES encolher um pouco. Na margem, o bolo do investimento está crescendo e o financiamento tem que ser absorvido por outras fontes privadas, de modo que a gente possa, mais ou menos, estabilizar o BNDES", disse ele, após participar do seminário "Diálogos capitais", da revista Carta Capital, no Rio.
"Vamos tentar também criar instrumentos via mercado de capitais para financiar a infraestrutura, mas não parece realista que, no curto prazo, o financiamento (privado) muito longo possa chegar à infraestrutura."
Os desembolsos do BNDES somaram R$ 140,9 bilhões entre janeiro e outubro. Desse total, 50% foram para a indústria e 29% para a infraestrutura. Parte da redução da participação da indústria nos financiamentos do banco poderia vir do fim do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que subsidia o crédito para a aquisição de bens de capital, previsto para março.
Coutinho indicou que o governo ainda não bateu o martelo sobre o fim do programa, criado para combater a queda do investimento na crise, em julho de 2009, e que já foi prorrogado três vezes. "É um programa muito valioso, então deveríamos ainda pensar", disse. Convidado para uma palestra sobre a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 e os gargalos de infraestrutura, Coutinho afirmou que os dois eventos são apenas "duas cerejas no bolo" de investimentos que o País precisa para sustentar um crescimento anual superior a 5% nos próximos cinco anos.
Segundo levantamento do BNDES, o investimento em infraestrutura crescerá 10% ao ano entre 2011 e 2014, somando R$ 378 bilhões no período. Acrescentando os investimentos em perspectiva em edificações e na indústria, sobretudo na de petróleo, o total chega a R$ 1,59 trilhão.
Coutinho afirmou que o País pode aproveitar "com moderação" o momento de alta liquidez mundial para se financiar com capital estrangeiro, mas também precisa aumentar a sua poupança interna.

PRESTE ATENÇÃO
1.Áreas. Segundo o BNDES, a perspectiva de investimentos na economia entre 2011 e 2014 soma R$ 1,59 trilhão, sendo R$ 611 bilhões na indústria, R$ 378 bilhões em infraestrutura e R$ 607 bilhões) em edificações.
2.Energia. No setor de infraestrutura, o principal vetor é a expansão da geração de energia elétrica (investimentos de R$ 139 bilhões até 2014).
3.Trem. Os investimentos em ferrovias e portos crescerão mais de 25% ao ano até 2014.

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