BBM registra a sua primeira operação de financiamento na 'bolsa eletrônica da carne'
Autor(es): Mauro Zanatta | De Brasília | ||||||||
Valor Econômico - 30/12/2010 http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/30/bbm-registra-a-sua-primeira-operacao-de-financiamento-na-bolsa-eletronica-da-carne | ||||||||
A Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), controlada pela BM&FBovespa, registrou nesta semana a primeira operação de financiamento para a aquisição de gado bovino em seu novo sistema eletrônico de comercialização. A inédita transação de R$ 258 mil, registrada na terça-feira pelo frigorífico Boibras, levará a bolsa a encerrar 2010 com um giro de R$ 911,5 mil em negócios na chamada "bolsa eletrônica da carne". A operação, financiada por convênio com o Banco do Brasil, foi contratada dentro da linha de crédito agroindustrial de R$ 8 bilhões, criada em agosto deste ano para alavancar os negócios agropecuários em bolsas de mercadorias. Mesmo em ritmo ainda lento, o volume de operações na "bolsa da carne" aponta uma tendência de migração da comercialização de produtos agropecuários para meios eletrônicos. "Esse negócio inaugura uma nova fase. Passou um boi e agora queremos que passe a boiada toda", diz o diretor-geral da bolsa, Ivan Wedekin. Em 2011, a instituição não terá metas, mas apostará na "popularização" desses serviços em todos os mercados agrícolas e pecuários. "Não temos meta específica. Vamos, sim, fazer um grande esforço de divulgação para tornar a bolsa mais popular", afirma Wedekin. Em seu planejamento para tornar o mercado de opções mais utilizado, a Bolsa tentará demonstrar que benefícios como a redução do "custo de transação" das cadeias produtivas ocorrerá por meio de plataformas eletrônicas. "Ainda estamos no primeiro degrau. Somos complementares ao sistema tradicional, mas agregamos mais segurança às operações", avalia Wedekin. As vantagens, segundo ele, passam pelo menor risco de crédito, o "casamento" da oferta e da demanda, a transparência na formação dos preços e a liquidação financeira como alternativa de negócios. Os benefícios dos serviços eletrônicos somam-se ao gerenciamento de risco tradicional, seguro da produção e proteção de preços (hedge). A bolsa encerra o ano com um volume de R$ 800 milhões em transações eletrônicas feitas para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), além de outros R$ 7 milhões em operações da carteira agropecuária. "Depois da crise financeira de 2008, vivemos um momento de recuperação e de ampliação importante no volume de opções", resume o diretor-geral. A consolidação da bolsa como uma alternativa aos mercados tradicionais, analisa Ivan Wedekin, passa pela superação de questões culturais dos produtores, que ainda relutam em aceitar a intermediação financeira institucional. "A atual estrutura é de um mercado onde há mais vendedores do que compradores. Isso ainda é um entrave", afirma Wedekin. Commodities: novo cemitério de analistas
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