quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Agronegócios

BNDES terá direito a veto em decisões da Suzano

Autor(es): André Magnabosco e Fernando Scheller
O Estado de S. Paulo - 22/12/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/22/bndes-tera-direito-a-veto-em-decisoes-da-suzano

Com financiamento de R$ 2,7 bi para a empresa, banco vai assinar acordo de acionistas e entrar para bloco de controle

O empréstimo de R$ 2,73 bilhões do BNDES para a Suzano Papel e Celulose pode significar a entrada da instituição de fomento no bloco de controle da companhia. O presidente da Suzano, Antonio Maciel Neto, afirmou ontem que a empresa deve firmar um acordo de acionistas com a BNDESPar, o braço de participações do banco, que terá direito a veto em algumas decisões.
Segundo Maciel, a operação é prova do papel estratégico do setor de celulose para o banco. O financiamento tem o objetivo de viabilizar a construção de uma fábrica com capacidade de produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose ao ano no Maranhão até o primeiro semestre de 2013 - o custo do projeto é estimado em quase R$ 5 bilhões. A empresa planeja outra unidade de igual capacidade no Piauí em 2014.
Com a conclusão dos dois investimentos, segundo analistas, a Suzano se tornaria a segunda maior produtora mundial de celulose, com capacidade de 4,7 milhões de toneladas ao ano. É quase o triplo da produção atual, de 1,7 milhão de toneladas.
As tratativas que culminaram com a entrada da BNDESPar no rol de acionistas da Suzano começaram em 2008, antes da crise financeira. A Suzano ainda não informou qual será a exata participação da BNDESPar em sua estrutura.
Influência. O BNDES já é sócio da Fibria, fruto da união de Aracruz e VCP e líder na produção de celulose no País, com capacidade de 5,3 milhões de toneladas ao ano. Agora, entra na segunda colocada no mercado nacional, a Suzano. O banco também considera um empréstimo de R$ 3 bilhões para o projeto de celulose Eldorado, da família Batista, do JBS, grupo que já recebeu mais de R$ 8 bilhões da instituição.
Entretanto, para liberar o dinheiro, exigiu a união de negócios da Eldorado com a empresa de reflorestamento Florestal. Assim, o negócio seria verticalizado, com toda a cadeia de produção - do plantio das florestas à fabricação de celulose - sob um mesmo "guarda-chuva".
Apesar de o banco estar presente nas líderes do mercado de celulose no País, o analista Pedro Galdi, da SLW, afirma que as operações devem ser consideradas de forma separada: ele diz que a Fibria, por causa de seu alto endividamento, precisou de um socorro financeiro, enquanto a Suzano tem estrutura de capital mais sólida.
Para o analista Leonardo Alves, da Link Investimentos, a operação é positiva para a empresa. "A Suzano tinha dúvidas sobre como levantar o capital. Acabou no BNDES, uma fonte barata, o que aumenta as chances de o projeto sair do papel."
Segundo o economista Sérgio Lazzarini, professor da escola de negócios Insper, uma questão a ser analisada é a importância relativa do projeto da Suzano para o País, em comparação com obras de infraestrutura e saneamento básico, por exemplo.
Empresa estuda novas opções de financiamento
O empréstimo de R$ 2,7 bilhões do BNDES representa apenas uma parte do dinheiro que a empresa precisa para concluir seu ambicioso plano de expansão até 2014, que custará cerca de R$ 10 bilhões. Segundo o presidente da empresa, Antonio Maciel Neto, uma "gama de opções" está em estudo. Entre as possibilidades estão a assinatura de parcerias com empresas interessadas em par4ticipar da construção das fábricas, a emissão de novas debêntures (como as que consta no acordo com o BNDES) e a pré-venda da produção futura.
Pra lembrar

A entrada do BNDES na Fibria, líder Mundial na produção de celulose foi uma "operação de salvamento" da união entre a VCP e a Aracruz. As empresas planejavam a fusão em 2008, mas os planos foram quase abortados com a crise financeira, quando foram reveladas operações da Aracruz com derivativos - as mesmas que abalaram a Sadia. Para garantir a criação da "gigante nacional", o BNDES liberou um empréstimo de R$ 2,4 bilhões para a nova companhia.

Crédito envolve construção de porto

O Estado de S. Paulo - 22/12/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/22/credito-envolve-construcao-de-porto
O acordo da Suzano Papel e Celulose assinado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não se restringe apenas ao financiamento do projeto de construção da fábrica de celulose no Maranhão, com início de operação previsto para 2013. Segundo o presidente da companhia, Antonio Maciel Neto, o montante considera também um aporte entre R$ 270 milhões e R$ 300 milhões na construção de um porto que será responsável pelo escoamento da produção da unidade.
Conforme noticiado pela Agência Estado no mês passado, a Suzano está em processo de análise para definir como será viabilizado o investimento na unidade, que também deverá receber a celulose da fábrica do Piauí, com início de operação em 2014. Como Maciel afirmou na ocasião, a Suzano quer ter um porto próprio na região, possivelmente em São Luís (MA), mas não definiu como prioritário o controle do terminal. Por isso, a empresa estaria analisando a existência de interessados em se associar ao projeto.
A unidade do Maranhão deverá ter capacidade anual de 1,5 milhão de toneladas e início de produção no começo do segundo semestre de 2013. A curva de aprendizado da unidade, segundo disse ontem Maciel, será de seis meses. O cronograma indica que o porto precisará de capacidade para transportar igual volume já no final de 2013.
Apenas a unidade do Maranhão demandará investimentos de US$ 2,3 bilhões na área industrial e US$ 575 milhões na área florestal. A taxa de retorno do projeto, segundo o diretor financeiro da Suzano, Bernardo Szpigel, deverá superar o nível exigido pela companhia.
Financiamento. Maciel destacou também que o acordo com o BNDES, para contratação de uma operação de financiamento no valor de R$ 2,7 bilhões, tem abrangência mais ampla. "O acordo vai ser aplicado no Maranhão, mas também na melhora das condições da empresa como um todo", afirmou o executivo em teleconferência realizada ontem. O presidente da Suzano, entretanto, ressaltou que a operação não prevê mudanças de nível de governança ou envolvendo classes de ações.
O questionamento surgiu porque em operações recentes o BNDES condicionou a liberação de recursos ao ingresso das companhias no Novo Mercado - condição que obriga as empresas a negociar apenas ações ordinárias. Uma das empresas que migraram para o Novo Mercado após receber recursos do banco foi a Fibria, líder mundial e principal concorrente da Suzano na produção de celulose de eucalipto.

EUA vendem mais soja à China
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/22/notas
O Brasil, que desde agosto aparecia como o principal exportador de soja para a China, voltou a ficar atrás dos Estados Unidos no ranking de vendas para o principal importador mundial do produto. De janeiro a novembro, 18,7 milhões de toneladas de soja dos EUA desembarcaram na China, contra 18,5 milhões de toneladas da oleaginosa brasileira, segundo dados divulgados ontem pelas autoridades alfandegárias chinesas. Embora o Brasil tenha liderado as exportações desse item para a China somente por três meses, o país registra um crescimento maior nos embarques para o país asiático (16%) do que os EUA (9,3%) neste ano. A colheita da safra brasileira deve começar em janeiro e se intensificar em fevereiro, o que permitirá um gradativo crescimento dos embarques do país a partir de março.



Agronegócio | 22/12/2010 | 20h44min
Fusão de Bom Gosto e LeitBom dá origem à maior companhia privada de produtos lácteos do país
LBR - Lácteos Brasil S/A tem capacidade para processar 8,3 milhões de litros de leite por dia
Bom Gosto e LeitBom anunciaram nesta quarta, dia 22, a fusão das duas empresas, dando origem à LBR, Lácteos Brasil S/A - a primeira grande empresa privada focada exclusivamente em produtos lácteos. A nova companhia, que se posiciona como a maior operação privada do setor de laticínios no país, terá faturamento de R$ 3 bilhões e captação anual de mais de 2 bilhões de litros de leite.
A LBR será uma indutora do desenvolvimento sustentável de toda a cadeia produtiva do leite, visando ao aumento da produtividade média do setor e possibilitando que o país se transforme em um exportador global de produtos lácteos. Ao todo, são 30 unidades, com capacidade para processar 8,3 milhões de litros de leite por dia, em torno de 6.400 funcionários e acesso a uma cadeia de 56 mil fornecedores regulares.

Segundo o CEO da LBR, Fernando Falco, empresas competitivas e bem estruturadas são importantes catalisadores para tornar a atividade leiteira no país um investimento estável e rentável, permitindo o desenvolvimento contínuo dos produtores rurais.
– A LBR já nasce também com balanço forte necessário para promover o desenvolvimento e crescimento da cadeia do leite – ressalta Falco.
Dentre as principais marcas da nova empresa destacam-se Parmalat, LeitBom, Paulista, Poços de Caldas, Glória, Boa Nata, Bom Gosto, Líder, Cedrense, DaMatta, São Gabriel, Sarita, Corlac e Ibituruna.

Economia | 22/12/2010 | 19h43min
Setor agropecuário nacional cresceu 7,8% em 2010
Nesse mesmo período, PIB teve aumento de 8,4%, alcançando R$ 937 bilhões
Os números registrados em 2010 e apresentados pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) em coletiva à imprensa goiana, na tarde desta quarta, dia 22, demonstram que a economia e o setor agropecuário tiveram melhor desempenho que no último ano, mostrando recuperação. Desde 2008, a recessão colocou em queda praticamente todos os indicadores macroeconômicos mundiais.
De acordo com o presidente da entidade e titular da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, José Mário Schreiner, este ano se encerra com desempenho maior e melhor que o registrado em 2009, em níveis nacional e regional. Schreiner explica que o PIB brasileiro no acumulado até setembro de 2010, se comparado com o mesmo período de 2009, cresceu 8,4% alcançando R$ 937 bilhões. Nesse mesmo período, o setor agropecuário nacional cresceu 7,8%.
Segundo a Faeg, entre os grandes desafios para o próximo ano, além dos temas já debatidos em 2010, está a volta da inflação.
– Trata-se de um fator que pode afetar de forma decisiva as previsões de crescimento para o agronegócio goiano e brasileiro. Há um cenário de aumento do consumo interno e externo puxado, principalmente, pela China e há a expectativa de que os preços das commodities permaneçam em níveis razoáveis no próximo ano – disse o presidente durante a coletiva.
Espera-se que o crescimento do PIB nacional para 2011 seja em torno dos 5,5%, mantendo a meta de inflação em torno de 4,5%. Schreiner acredita que mesmo com a valorização do real, deve haver crescimento das exportações brasileiras do agronegócio para 2011 impulsionadas, sobretudo, pela melhoria da produtividade no campo.

Produção goiana
Em Goiás, semelhante ao projetado para o Brasil, a Faeg prevê que deverá ocorrer aumento da área e da produção agrícola. Segundo dados da entidade, a área plantada com cereais, fibras e oleaginosas deverá crescer 1,8% em relação à última safra, resultado do crescimento das áreas de soja e algodão. A entidade acredita que a produção goiana poderá chegar aos 13,57 milhões de toneladas, superior aos 13,46 milhões registrados na safra 2009/2010.
Schreiner fez um alerta sobre o início de uma escalada nos preços dos principais insumos agropecuários, sobretudo, fertilizantes. Essa valorização ocorre em função do aumento da demanda mundial e pela deficiente logística de recebimento desses fertilizantes nos portos brasileiros.

Sanidade | 22/12/2010 | 09h29min
Investimentos contra aftosa crescem quase 1.700% em oito anos
No período de 2003 a 2010, os recursos passaram de R$ 3,3 milhões, para R$ 55,9 milhões
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem intensificado as ações contra a febre aftosa nos últimos oito anos. No período de 2003 a 2010, os recursos passaram de R$ 3,3 milhões, para R$ 55,9 milhões. O resultado representa crescimento de 1.693,9%. No próximo ano, os investimentos para controlar a doença podem alcançar R$ 59 milhões e serão aplicados no apoio à manutenção e melhoria estrutural dos serviços veterinários, capacitação de pessoal, campanhas de vacinação estratégicas e trabalhos de educação sanitária. No total, serão destinados para a Saúde Animal R$ 93,8 milhões.
– Vamos continuar atuando, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste para alcançarmos, até o fim de 2011, o status de país livre de febre aftosa com vacinação. Já o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) deverá ocorrer em 2012 – informa o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Francisco Jardim.
Neste ano, foram realizadas vacinações oficiais contra a doença no Amapá, nos 12 municípios da Calha do Rio Amazonas e em áreas indígenas de Roraima (nas reservas Raposa Serra do Sol e São Marcos).
Em relação à cobertura vacinal da primeira etapa da campanha, no primeiro semestre deste ano, o índice alcançou 97,2%. O destaque foi o estado de Mato Grosso, que vacinou 100% dos animais com idade abaixo de 12 meses, em fevereiro, na região de fronteira com a Bolívia, e 99,7% dos animais com menos de 24 meses, em todo o estado, em maio.
Segundo o secretário Jardim, a retirada da vacinação deve ser vista com cautela.
– É preciso que os serviços veterinários estaduais estejam estruturados, com profissionais capacitados para realizar uma detecção rápida da doença e que o controle de trânsito dos animais seja efetivo – explica.
Entre os avanços conquistados neste ano, está o reconhecimento pelos Estados Unidos de Santa Catarina como estado livre de febre aftosa sem vacinação.  A decisão é mais um passo para a abertura daquele mercado à carne suína catarinense, pleiteada pelo governo desde 2007.
Classificação
Neste ano, alguns estados evoluíram na classificação contra a febre aftosa. O noroeste do Pará passou de alto para médio risco. O Amazonas e o Amapá deixaram de ser risco desconhecido, passando para alto risco. Assim, o Brasil não tem mais nenhum estado como risco desconhecido.
Hoje, 15 unidades da federação já detêm o status de livre de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. Santa Catarina é o único estado considerado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como livre de febre aftosa sem vacinação.


Mundo | 22/12/2010 | 13h43min
Bayer adquire programas de melhoramento de trigo na Ucrânia
Empresa terá acesso a variedades de trigo com excelente resistência ao inverno e tolerância às condições de seca

Gabriela Mello
A Bayer CropScience, unidade agrícola da farmacêutica alemã, informou nesta terça, dia 21, que adquiriu programas de melhoramento de trigo de duas companhias da Ucrânia, a Sort e a Eurosort, com sede em Mironivka, perto da capital ucraniana. Os detalhes financeiros da transação não foram revelados.
Com este acordo, a Bayer CropScience terá acesso a variedades de trigo com excelente resistência ao inverno e tolerância às condições de seca. A companhia alemã já estabeleceu programas de melhoramento do cereal nas instalações do Instituto de Mironivka.
– O trigo é uma safra estratégica para Bayer CropScience e, como parte de seus planos de investimento, a companhia aplica recursos significativos em pesquisa e desenvolvimento para elevar a produtividade desta cultura – afirmou Hartmut van Lengerich, chefe de estratégia para safras de cereais, oleaginosas e beterraba da Bayer CropScience.

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