A MPX e a MMX, empresas de energia e mineração do grupo EBX, de Eike Batista, anunciaram ontem a obtenção de licença ambiental para a construção de um porto no Chile, investimento estimado em US$ 300 milhões. O terminal deve entrar em operação em 2013, com três berços de atracação independentes e capacidade para movimentar 6 milhões de toneladas de carvão e 10 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. O projeto tem características semelhantes aos empreendimentos do grupo no Brasil, como o Porto Sudeste, nos quais as empresas do grupo prestam serviços entre si. O porto chileno, operado pela empresa OMX, vai movimentar minério da mina da MMX em fase de implantação no País e carvão para uma térmica da MPX a ser instalada no local, em fase de licença ambiental, com capacidade de 2,1 mil MW. A área do porto está localizada a 80 quilômetros do município de Copiapó, 800 quilômetros ao norte de Santiago, onde está a mina da MMX. Segundo a empresa, a mina está em fase de exploração, o que deve levar dois anos. "Logística é o componente chave de qualquer sistema de minério de ferro", afirmou, em nota oficial, o presidente da MMX, Roger Downey. "A licença do porto é uma conquista importante no desenvolvimento dos nossos 10 milhões de toneladas por ano no projeto no Chile, que será, portanto, um dos mais competitivos incrementos de oferta no mercado transoceânico", completou o executivo. Além de minério e carvão, terá instalações para armazenamento de grãos e cobre. "A implantação do porto garantirá custos logísticos competitivos e suprimento eficiente de carvão para a termelétrica Castilla. Com capacidade de até 2100 MW (megawatts), Castilla é uma dos maiores projetos em licenciamento atualmente no Chile e importante plataforma de crescimento para a MPX no país", declarou o presidente da MPX, Eduardo Karrer. Dependente do gás exportado pela Argentina, o Chile é um país que passa frequentemente por problemas de abastecimento de energia.
Governo amplia cerco ao importador
Autor(es): Adriana Fernandes |
O Estado de S. Paulo - 24/12/2010 |
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/24/governo-amplia-cerco-ao-importador |
Suspensão do registro das companhias que cometerem irregularidades nas compras externas poderá chegar a dois anos, segundo as novas regras
O governo resolveu endurecer contra as importações fraudulentas, que tiveram forte aumento desde o ano passado, depois que a concorrência no comércio internacional ficou mais acirrada com a crise financeira.
A partir de agora, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) poderá suspender por até dois anos o registro das empresas importadoras e exportadoras que cometerem irregularidades nas suas operações de comércio exterior. Essa punição não estava prevista na legislação brasileira, o que fazia com que muitas empresas preferissem correr o risco para obter ganhos mais elevados, pagando menos imposto. Um dos alvos do governo são as chamadas operações de triangulação entre os países para evitar as tarifas antidumping. O governo também quer punir as empresas que importam com certificado de origem falso. Portaria publicada ontem no Diário Oficial da União autoriza a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior a suspender a inscrição das empresas no Registro de Exportações e Importadores (REI). Sem o REI, as empresas não têm como operar no Siscomex, que é sistema integrado no qual são registradas todas as operações de importações e exportações do Brasil. Risco. Para o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, a medida vai aumentar o risco para as empresas importadoras que adotam práticas irregulares, como subfaturamento, evasão de medidas de antidumping e falsificação de indicação de origem. Barral explicou que a fiscalização da Receita Federal, quando identificava irregularidades, aplicava as multas devidas, mas não havia a suspensão do registro para as empresas. A emissão do registro é de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. "Dependendo do valor da multa, o risco valia a pena", disse Barral. Segundo ele, o governo adotou nos últimos meses uma série de medidas para combater essas práticas, mas faltava endurecer nas penalidades. O secretário ponderou que a possibilidade de suspensão do registro não tem como objetivo reduzir as importações em geral, mas somente aquelas "desleais" que provocam distorções. Os setores mais afetados por essas importações são o de calçados, têxtil e químico, justamente aqueles em que o governo adotou medidas de antidumping para proteger a indústria nacional. Regulamentação. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior vai baixar em janeiro uma portaria regulamentando a graduação da penalidade de suspensão, que pode chegar a até dois anos. Na portaria publicada ontem, o governo estabeleceu o casos em que poderá ser adotada a suspensão. Estão sujeitas à penalidade as empresas que praticarem atos desabonadores que possam prejudicar o conceito do Brasil no exterior e as que não honrarem compromissos ou não efetuarem recolhimentos nos prazos e condições legais. Estão ainda sujeitas à punição as instituições que praticarem subfaturamento ou superfaturamento e apresentarem informações, documentos, certificado de origem não preferencial ou similar falsos aos órgãos de comércio exterior.
Maersk Oil compra ativos da SK Corporation no Brasil por US$ 2,4 bi
Autor(es): Nicola Pamplona |
O Estado de S. Paulo - 24/12/2010 |
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/24/maersk-oil-compra-ativos-da-sk-corporation-no-brasil-por-us-2-4-bi |
Petróleo. Aquisição dá à companhia dinamarquesa, que já possuía participação em cinco blocos exploratórios no País, acesso a potenciais reservas do pré-sal na Bacia de Campos, além de garantir à empresa produção local imediata
A companhia dinamarquesa Maersk Oil anunciou ontem acordo de US$ 2,4 bilhões para a compra dos ativos brasileiros de petróleo da sul-coreana SK Corporation. O negócio garante à Maersk acesso a potenciais reservas do pré-sal na Bacia de Campos, além de produção imediata de petróleo no País. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a SK Brasil produz hoje 10 mil barris por dia no Brasil.
A compra da SK Brasil fecha um ano de negócios vultosos envolvendo ativos de exploração e produção de petróleo no Brasil. É a quarta aquisição de grande porte, estratégia que vem sendo cada vez mais usada como alternativa para expansão ou entrada de empresas no País após a suspensão dos leilões de blocos marítimos nas Bacias da região Sudeste, em 2008, fruto da descoberta do pré-sal. "Esse investimento vai contribuir significativamente para repor as reservas da Maersk Oil no longo prazo, uma vez que expande a posição da companhia em uma das regiões mais atrativas para a indústria de exploração e produção (de petróleo)", disse, em comunicado, o presidente do grupo Maersk, Nils S. Andersen. A companhia já tinha participação em cinco blocos exploratórios no País - alguns em parceria com a Petrobrás e outros com a OGX. Com a operação, passa a deter fatias no campo de Polvo, operado pela norte-americana Devon (ativo recentemente comprado pela BP), e nos blocos exploratórios BM-C-30 e BM-C-32, na porção norte da Bacia de Campos. Esses últimos já têm descobertas no pré-sal, ainda em fase de exploração, feitas por Anadarko e Devon, respectivamente. A SK não comentou oficialmente a transação. "A aquisição é consistente com nossa estratégia por transformar o Brasil em um país chave para a Maersk Oil", completou Andersen, no texto divulgado ao mercado. Segundo a empresa, as descobertas do pré-sal de Wahoo (no BM-C-30) e Itaipu (BM-C-32), devem ser delimitadas em 2011 e testadas em 2013. O início da operação comercial está previsto para depois de 2016. Operações de aquisição de ativos petrolíferos no Brasil ganharam força este ano e somam quase US$ 20 bilhões após o anúncio da Maersk - o valor inclui os US$ 7 bilhões pagos pela BP para comprar campos da Devon aqui e no Casaquistão, negócio ainda não aprovado pela ANP. Por meio desse tipo de operação, as gigantes chinesas Sinopec e Sinochem garantiram acesso a reservas brasileiras, em negócios celebrados com a Repsol e Statoil, respectivamente. A gigante BP usou estratégia semelhante para garantir participação no pré-sal, após tentativas frustradas de encontrar petróleo na Foz do Rio Amazonas no início da década. Antes da aquisição da Devon, a empresa não tinha nenhum ativo brasileiro em seu portfólio. Expectativa. O mercado espera para breve nova operação de grande porte no setor, uma vez que a OGX, do grupo de Eike Batista, já anunciou que pretende vender até 20% de seus ativos na Bacia de Campos, com o objetivo de dividir riscos e custos do desenvolvimento dos projetos. Relatório da consultoria DeGolyer & McNaughton estima que as reservas da OGX na região sejam de, no mínimo, 2,6 bilhões de barris de petróleo. Inicialmente, o negócio seria anunciado este ano, mas Batista decidiu adiar as negociações. As apostas são para mais uma aquisição envolvendo empresas chinesas, que buscam garantia de suprimento futuro de petróleo à economia que mais cresce no mundo. As principais estatais do país asiático já anunciaram oficialmente interesse nos ativos. Em uma das últimas entrevistas sobre o tema, Batista diz que espera levantar "muito dinheiro" com a transação.
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China financia satélite da Bolívia
O banco de desenvolvimento da China emprestará US$ 251 milhões à Bolívia para o financiamento do primeiro satélite de comunicações do país, de acordo com um contrato assinado pelos dois países ontem.
A China Great Wall Industry Corp construirá o satélite a um custo de US$ 295 milhões. O governo da Bolívia financiará o valor remanescente. O satélite deverá ser lançado nos próximos três anos. Os laços entre os dois países melhoraram no governo do presidente socialista da Bolívia, Evo Morales, o primeiro líder indígena do país. O satélite será batizado de Tupac Katari, em homenagem a um índio que liderou um levante contra os conquistadores espanhóis no século 18. |
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