http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me0712201012.htm
DE SÃO PAULO - Com o desafio de buscar novos compradores para seus computadores -além das fronteiras do ultracompetitivo mercado nacional-, a Positivo Informática anunciou ontem uma joint venture com a argentina BGH para a fabricação de notebooks.
A transação prevê a construção de uma planta industrial na província da Terra do Fogo, na Argentina, para a produção dos aparelhos já no 1º trimestre de 2011 e a aquisição de 50% da Informatica Fueguina, empresa controlada pela BGH. A capacidade produtiva será de 40 mil máquinas por mês.
A joint venture será formada com investimentos de US$ 8 milhões de ambas as companhias e prevê a fabricação de notebooks, netbooks, leitores digitais e tablets. A nova marca é a Positivo BGH.
"Essa é a primeira etapa de internacionalização da Positivo para Argentina e Uruguai", diz Hélio Rotenberg, presidente da empresa.
Segundo Rotenberg, o mercado argentino representa entre 15% e 20% do mercado brasileiro em faturamento, o que neste ano deve atingir até R$ 4 bilhões ou 2,8 milhões de máquinas.
A BGH já fabrica aparelhos de ar condicionado, TVs e celulares e estava interessada em investir na produção de computadores. Mesmo com a parceria, a Positivo não trará esses produtos para o Brasil.
Além do ambiente acirrado de competição no Brasil com outras fabricantes como HP e Acer, o que motivou a entrada no país foi a conquista da licitação com o governo da Argentina para o fornecimento de cerca de 200 mil netbooks. A Positivo venceu a concorrência há dois meses e o contrato deve ser assinado nas próximas semanas.
"Fechamos um ciclo no Brasil, de fornecimento para o varejo, governo e empresas. O próximo passo passo natural é a internacionalização e o melhor caminho é o Mercosul", afirma.
(CAMILA FUSCO)
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