quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Finanças

Dívida interna supera R$ 1,57 trilhão em novembro

Autor(es): Fabio Graner e Adriana Fernandes
O Estado de S. Paulo - 21/12/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/21/divida-interna-supera-r-1-57-trilhao-em-novembro

Endividamento acumulado no último ano do governo Lula cresce R$ 176 bilhões até novembro; no mês passado, maior impacto foi provocado pelos juros


No último ano do governo Lula, a dívida interna do governo federal em títulos aumentou R$ 176 bilhões até novembro e bateu a marca de R$ 1,57 trilhão. No mês passado, a dívida aumentou R$ 22,2 bilhões, segundo dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional.

A maior parte desse aumento é decorrente do impacto da correção dos juros no estoque da dívida. No mês de novembro, essa conta foi de R$ 16 bilhões. O restante do crescimento da dívida refletiu uma venda maior de títulos no valor de R$ 6,26 bilhões em relação aos vencimentos dos papéis ao longo do mês que foram resgatados pelo Tesouro.
Além de crescer em volume, a dívida interna em novembro teve um aumento na participação dos papéis prefixados (aqueles com a taxa de juros fixa definida na hora da venda do título). Esse tipo de papel é considerado melhor para a administração da dívida, porque o governo sabe exatamente quanto vai pagar no vencimento do papel. A parcela desses títulos subiu de 36,73% para 37,36% do total da dívida. Já a fatia da dívida corrigida pela taxa Selic caiu de 33,32% para 33,08%.
Por outro lado, os papéis atrelados a índices de preços fecharam o mês de novembro correspondendo a 28,08% do total da dívida. Em outubro, a participação desses papéis era ligeiramente maior: 28,37%.
Estratégia. O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido, afirmou que a maior emissão de títulos prefixados, mesmo com a alta das taxas de juros de mercado, decorreu da manutenção da estratégia de ampliação da presença desses títulos no estoque da dívida.
Segundo ele, uma estratégia mais volátil, que levasse a uma ausência ou baixa emissão de prefixados no momento de alta dos juros, geraria custo maior ao Tesouro no longo prazo. A tese parte do pressuposto controverso de que não se deveria ter nenhuma dose de imprevisibilidade na gestão da dívida pública para não minar a confiança dos compradores de títulos.
Garrido ressaltou que, a médio e longo prazos, os custos de emissão de prefixados tendem a ser iguais aos de papéis vinculados à Selic ou índices de preços. Mas, no curto prazo, especialmente em momentos de maior incerteza no mercado, os prefixados são mais caros. "A emissão de prefixados é mais cara porque é um seguro para evitar decepção no futuro", disse o coordenador-geral de Controle da Dívida, Antônio de Pádua.
Pé no freio. Apesar de emitir mais prefixados em relação a outros papéis, o Tesouro em novembro tirou o pé do acelerador na venda de títulos. Segundo Garrido, a emissão no mês passado foi a menor desde maio deste ano. Em novembro, o Tesouro emitiu R$ 19,5 bilhões nos leilões tradicionais, enquanto em maio foram R$ 13,4 bilhões.
Garrido elencou alguns motivos para o pé no freio, entre eles a elevação das taxas pedidas pelo mercado, o baixo volume de vencimentos de papéis e a situação confortável de caixa no Tesouro.
Segundo ele, as taxas pedidas pelo mercado subiram por causa da expectativa de que o Banco Central vai em breve fazer um movimento de alta da Selic.
Ao contrário da dívida interna, a dívida pública externa caiu R$ 7,54 bilhões no ano e fechou novembro em R$ 91,43 bilhões.

Efeito IOF reduz fatia da dívida na mão de estrangeiro em novembro

Autor(es): Luciana Otoni | De Brasília
Valor Econômico - 21/12/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/21/efeito-iof-reduz-fatia-da-divida-na-mao-de-estrangeiro-em-novembro


Os investidores estrangeiros não adquiriram títulos públicos federais em novembro, mantendo suas carteiras estáveis. Essa suspensão nas aquisições corresponde ao segundo mês consecutivo em que os não-residentes mantiveram uma parada técnica para decisões de compra dos papéis do governo brasileiro após a decisão do Ministério da Fazenda de elevar de 2% para 6% o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas aplicações em renda fixa.
O Tesouro Nacional informou ontem que em novembro o volume de títulos públicos em poder dos investidores estrangeiros manteve-se em R$ 155,3 bilhões, o mesmo montante registrado em outubro. Esse total equivale a 10,03% do total da dívida pública em títulos federais. "Creditamos essa estabilidade à alta do IOF", afirmou Fernando Garrido, coordenador-geral de operações da dívida pública em títulos federais.
Garrido disse acreditar que os estrangeiros voltarão a se interessar pelos papéis brasileiros, embora tenha evitado especificar um tempo para isso. Ele informou que os não-residentes paralisaram as compras, mas, por outro lado, não se desfizeram de suas carteiras.
Em meio às consequências da elevação do IOF para os aplicadores em renda fixa, Garrido mantém a posição de que o investidor com perfil de longo prazo, a exemplo dos fundos de pensão, voltarão ao mercado dos títulos federais.
Ao apresentar os indicadores de novembro da dívida, Garrido afirmou que o mês de janeiro concentrará R$ 110 bilhões em vencimentos, correspondente ao maior volume de vencimentos de títulos previstos para 2011.
Ainda assim, o coordenador disse não haver pressão para emissões porque o Tesouro Nacional possui um colchão de liquidez em um montante estimado entre cinco e seis meses de vencimentos, margem que confere certo conforto na administração do passivo. "O Tesouro continua a não enfrentar problemas para financiar sua dívida", comentou Garrido.
Em novembro, o estoque da dívida pública em títulos federais atingiu R$ 1,574 trilhão, 1,43% acima do registrado em outubro. A alta decorreu da emissão líquida de R$ 6,2 bilhões e da incorporação de juros de R$ 16 bilhões.
A dívida de curto prazo a vencer em 12 meses passou de 23,53% em outubro para 24,21%, o equivalente a R 381,23 bilhões.
Em termos de composição, a participação dos títulos prefixados passou de 36,73% em outubro para 37,36% em novembro. A parcela da dívida indexada a índices de preços baixou de 28,37% para 28,08%. A parte atrelada à taxa Selic, decresceu de 33,32% para 33,08%.
Ao apresentar esses percentuais, Garrido antecipou que, conforme os resultados atingidos nos 11 meses do ano, a dívida cumprirá os parâmetros estipulados pelo Programa de Financiamento Anual (PAF).

Mercado exige taxas mais elevadas e Tesouro emite menos títulos da dívida

Autor(es): A gencia O globo : Patricia Duarte
O Globo - 21/12/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/21/mercado-exige-taxas-mais-elevadas-e-tesouro-emite-menos-titulos-da-divida

BRASÍLIA. Uma combinação de expectativas maiores de juros e pequenos vencimentos levaram o Tesouro Nacional a fazer em novembro a menor emissão de títulos em seis meses. Neste período, quando a dívida pública federal ficou em R$1,666 trilhão, foram emitidos R$21,9 bilhões em títulos federais, sendo R$19,5 bilhões por meio de ofertas públicas. Trata-se do segundo menor volume do ano, perdendo apenas para maio, quando foram colocados no mercado R$13,4 bilhões em papéis.

Na avaliação do coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, entre outros, isso ocorreu porque o mercado estava exigindo mais juros para comprar os títulos, baseado sobretudo na expectativa de que o Banco Central (BC) voltará em breve a elevar a Selic, hoje em 10,75% ao ano. Pela pesquisa Focus, da própria autoridade monetária, os economistas calculam que a taxa básica de juros do país encerrará 2011 a 12,25% anuais.

Em alguns momentos, o Tesouro chegou a não vender os papéis por não aceitar a proposta dos investidores. No dia 4 de novembro, por exemplo, o Tesouro emitiu papéis LTN com taxa de 11,84% ao ano. No dia 25 do mesmo mês, a taxa já havia subido para 12,34%. Segundo Garrido, a remuneração paga pelo Tesouro está muito relacionada ao mercado futuro de juros, cuja curva, agora, é de alta.

- Mas existe uma situação confortável do caixa do Tesouro (para honrar os vencimentos) - ponderou o coordenador-geral.

O Tesouro emitiu menos no mês passado também porque os vencimentos do período não eram grandes: R$11,8 bilhões. Em janeiro de 2011, tem a maior concentração de vencimentos, que somam R$110,5 bilhões.

Após IOF, "estrangeiros estão em parada técnica"

Mesmo com a expectativa de elevações na Selic no próximo ano, o Tesouro aumentou a participação dos títulos prefixados na dívida em novembro, de 35,40% para 36,04%, próximo do teto fixado pelo governo, de 37% neste ano. Segundo Garrido, trata-se de uma movimento normal, porque a estratégia do Tesouro é, de fato, aumentar a fatia desses papéis para melhorar o perfil do endividamento do país.

A dívida federal total teve crescimento de 1,30% sobre outubro. Do montante, R$1,575 trilhão refere-se à dívida mobiliária interna, enquanto o restante, de R$91,43 bilhões, à dívida externa.

O Tesouro também informou que o volume de investimentos estrangeiros na dívida pública federal manteve-se estável pelo segundo mês, ainda sob o impacto da elevação da alíquota do Imposto de Operações Financeiras (IOF), de 2% para 6%, para esses aplicadores em renda fixa. Desde setembro, essa fatia está na faixa de R$155,3 bilhões.

O volume representa 10,03% do total da dívida, menos do que os 10,19% de outubro, porque o estoque da dívida cresceu neste período. Em novembro de 2009, o investidor de fora detinha R$104,2 bilhões em papéis do governo, ou 7,77% do total.

- Após a alta do IOF, os estrangeiros estão em parada técnica. A médio e longo prazo, devem voltar a se interessar (por papel público) - diz Garrido.

O homem que controla US$ 3,4 trilhões

Autor(es): Sheelah Kolhatkar e Sree Vidya Bhaktavatsalam | Bloomberg Businessweek
Valor Econômico - 21/12/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/21/o-homem-que-controla-us-3-4-trilhoes

 

Larry Fink, executivo-chefe: "Precisamos continuar construindo a marca BlackRock", para que ela se torne conhecida
Como presidente do conselho de administração e executivo-chefe da BlackRock, Larry Fink controla mais dinheiro que o PIB da Alemanha. A BlackRock é a maior firma de gerenciamento de ativos do mundo, uma potência de US$ 3,45 trilhões, que é a maior dessas firmas de Wall Street e caminha para pagar US$ 1 bilhão em comissões aos bancos de investimentos este ano. Ela administra US$ 1,4 trilhão para os fundos de pensão dos Estados de Nova York, Nova Jersey e Califórnia, entre outros; investe US$ 240 bilhões em nome de bancos centrais e fundos soberanos como o Abu Dhabi Investment Authority; e, nos mercados de ações e bônus dos Estados Unidos, é responsável por uma parcela enorme dos volumes de negócios registrados todos os dias.

A BlackRock sempre socorre o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos quando ele precisa de opiniões sobre o setor financeiro privado e gerenciou pelo menos US$ 150 bilhões em ativos tóxicos em nome dos contribuintes americanos depois dos socorros financeiros ao American International Group (AIG) e o Bear Stearnsem 2008. Administrar a companhia é um esforço de equipe, mas Fink, 58, é o cérebro da BlackRock e, cada vez mais, a BlackRock é o cérebro de Wall Street.
"Não existe nenhum banco, fundo soberano de investimentos ou companhia de seguros tão grande quanto a BlackRock", afirma Ralph Schlosstein, um dos fundadores da companhia que a deixou em 2007 e hoje é executivo-chefe do banco de investimento Evercore Partners. "A BlackRock é hoje uma das instituições financeiras mais influentes do mundo, se não for a mais influente." No Brasil, a BlackRock ainda tem atuação modesta, mas, dos US$ 35 bilhões em ativos sob sua gestão na América Latina, cerca de 60% estão no país. Ela tem também participações no capital de empresas brasileiras, via bolsa.
Diante disso tudo, é surpreendente como poucas pessoas fora de Wall Street estão familiarizadas com Larry Fink e a BlackRock. Fundada em 1988 como uma pequena negociadora de bônus, a BlackRock conseguiu alcançar a onipotência financeira, permanecendo ao mesmo tempo longe das atenções do público, escapando do escárnio e da aclamação frequentemente direcionados para o Goldman Sachs, o principal banco de investimento dos Estados Unidos.

A BlackRock compete com a unidade de gerenciamento de ativos do Goldman Sachs, que é muito menor, mas as duas instituições são fundamentalmente diferentes porque as negociações, e não os investimentos, representam a maior parte dos negócios do Goldman, e o Goldman é conhecido como o lugar onde os executivos ficam podres de ricos.
A BlackRock concentra-se no trabalho menos lucrativo de investir dinheiro para indivíduos e instituições como planos de pensão, fundos de doações e fundações através de fundos mútuos, fundos negociados em bolsas de valores e contas administradas separadamente. Ela ganha a maior parte de seu dinheiro através das antiquadas taxas de administração, em vez de comprar posições por conta própria. Em Wall Street, onde o que é maçante subitamente passou a ser melhor, Fink é o novo rei nerd.
Mesmo assim, há duas coisas que o Goldman tem, ou costumava ter, que Fink e seus cofundadores da BlackRock - Rob Kapito, 53, Susan Wagner, 48, e Charles Hallac, 46 - cobiçam: uma marca de prestígio e um lugar permanente na consciência do público.
Numa tarde de outubro, o reconhecimento está na mente de Fink enquanto ele se prepara para se dirigir aos 8.900 funcionários da firma espalhados pelo mundo, em uma de suas exortações trimestrais. "Boa tarde a todos", diz, segurando uma única folha de papel. "Não estou aqui para dizer a vocês que somos perfeitos. Temos nossos problemas, como todas as empresas têm." Ele fala sobre o desempenho trimestral da BlackRock ("Crescemos 9%"); a recente e ligeiramente problemática integração à companhia da Barclays Global Investors, a administradora de investimentos que a BlackRock comprou por US$ 15,2 bilhões em 2009 ("Está claro para mim que temos uma firma que está mais coesa do que nunca"); e o atual preço da ação ("Acho que o mercado está redondamente errado nos termos com que nossa ação está sendo negociada").
A retórica está longe de exultante, mas Fink irradia confiança. Ele tenta entusiasmar sua plateia com descrições do sucesso da firma e a necessidade de todos os funcionários se esforçarem mais. "Temos uma responsabilidade gigantesca", diz ele. "Nossas atenções não devem ir apenas para os US$ 3,4 trilhões em ativos que estão sendo gerenciados, mas para as pessoas para as quais trabalhamos - talvez elas sejam seus parentes, talvez um professor de escola ou um bombeiro...Estamos conectados com o mundo inteiro no que fazemos."
Finalmente, Fink retorna a um de seus temas favoritos, uma questão que o motiva e o mantém acordado à noite: a subvalorização crônica de sua companhia. "Precisamos continuar construindo a marca BlackRock", diz. "E temos esperança de que algum dia nossas famílias venham a saber o que é a BlackRock."
Depois que a crise financeira virou a estrutura de poder de Wall Street de cabeça para baixo, a BlackRock ofereceu algo valioso - a capacidade de analisar riscos, especialmente os riscos representados pelos bônus, e em particular os riscos dos bônus hipotecários. A companhia vinha coletando dados sobre hipotecas desde 1994, quando o mercado era muito menor do que hoje. Subitamente, a posse de todas essas informações tornou a BlackRock mais importante que seu tamanho. Quando os executivos de bancos e funcionários do governo acordaram para o horror do endividamento resultante das hipotecas tóxicas nos balanços em todas as partes do mundo, a BlackRock era uma das poucas entidades capazes de avaliar realmente o quanto tudo aquilo valia - e podia fazer isso sem apresentar uma ameaça competitiva.
"A experiência teria sido irrelevante sem a confiança", afirma Terrence Keeley, um ex-diretor executivo do UBS, que contratou a BlackRock para analisar uma carteira de US$ 22 bilhões de títulos de dívida que ele posteriormente vendeu para a firma. A companhia ajudou o Departamento do Tesouro dos EUA e o Federal Reserve (Fed) na aquisição bancada pelo governo do Bear Stearnspelo J. P. Morgan Chase, além dos socorros à AIG, Citigroup, Fannie Maee Freddie Mac. A BlackRock também teve sorte, porque as firmas de gerenciamento de ativos mal foram afetadas pelas novas regras pós-crise que estão aterrorizando os conselhos de administração das instituições financeiras.
Embora tenha cometido sua cota de erros antes e depois da crise - incluindo perdas significativas em fundos que aplicam em imóveis e títulos lastreados em hipotecas -, a companhia vem ganhando poder e prestígio desde 2007 e este ano ela deverá lucrar quase US$ 2 bilhões sobre uma receita de US$ 4,7 bilhões. No ano passado, Fink foi um dos executivos-chefes mais bem pagos após os planos de socorro a Wall Street, com uma remuneração de US$ 15,9 milhões segundo dados da Securities and Exchange Commission (SEC), enquanto o executivo-chefe do Goldman Sachs Lloyd Blankfein recebeu US$ 862.657, em comparação a US$ 40,95 milhões em 2008.
A BlackRock ficou tão grande engolindo outras companhias. Em 2004 ela comprou a State Street Research & Management (nenhuma relação com a State Street, uma de suas concorrentes mais próximas) por US$ 375 milhões, daMetLife; dois anos depois ela adquiriu a unidade de investimentos do Merrill Lynch por US$ 9 bilhões, levando seus ativos acima da marca de US$ 1 trilhão. Em fevereiro, enquanto a BlackRock digeria o Barclays, ela enviou documentos à SEC informando participações de mais de 5% em 1.800 companhias, paralisando temporariamente o banco de dados eletrônicos da SEC.
Enquanto amplia seu alcance nos mercados de ações e bônus ao redor do mundo, a companhia quer introduzir sua própria plataforma de negociações, que ajudaria a BlackRock a casar ordens de compra e venda, economizando dinheiro para os clientes, reduzindo sua dependência das corretoras de Wall Street e reduzindo as comissões que envia para elas todos os anos. A BlackRock também iniciou uma unidade de mercados de capital para ajudar seus clientes a investir diretamente nas ofertas de dívida corporativa.

Real domina negócios em NY

Autor(es): Vera Batista
Correio Braziliense - 21/12/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/21/real-domina-negocios-em-ny

MERCADO
Moeda nacional lidera operações em várias casas de câmbio e bancos da cidade norte-americana. Dólar volta a cair no país

Brasileiros que sempre sofreram em suas viagens internacionais por causa da moeda desvalorizada do país estão sendo tratados com todas as pompas nos Estados Unidos. Mais precisamente em Nova York, onde o real passou a estampar os letreiros das principais casas de câmbio da cidade, tamanho o volume de negócios com a divisa brasileira.

Segundo agentes do mercado de câmbio, às vésperas do Natal, com os voos partindo lotados do Brasil, o real já está sendo a moeda estrangeira mais negociada em várias instituições financeiras. “Os brasileiros estão gastando o que podem no exterior, beneficiados pelo aumento da renda e da moeda nacional valorizada”, disse um técnico do Banco Central.

Ao mesmo tempo, os estrangeiros estão vindo para o país, atrás dos juros altos e de boas oportunidades de negócios. Diante do fluxo positivo, a moeda norte-americana interrompeu o processo de alta iniciado na semana passada e encerrou as negociações de ontem cotada a R$ 1,708 para venda, com baixa de 0,41%. “O momento vivido pela economia brasileira está atraindo muito capital. Portanto, não se deve esperar uma reação do dólar tão cedo. A enxurrada de recursos é tanta que, mesmo com as constantes compras do BC, a divisa norte-americana continua fraca”, disse um especialista.

Ele ressaltou que a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) registrou baixa de 1,06%, para os 67.263 pontos. Em Nova York, o índice Dow Jones recuou 0,12%.


21/12/2010 - 20h11

FMI conclui venda de 403 toneladas de ouro


O FMI (Fundo Monetário Internacional) afirmou nesta terça-feira que concluiu a venda de mais de 403 toneladas de ouro, parte de uma campanha de dois anos para fortalecer as finanças do credor multinacional.
Não foram divulgados detalhes da venda final, mas o FMI já havia anunciado a venda de 200 toneladas para a Índia, dez toneladas para as Ilhas Maurício, dez toneladas para Sri Lanka e dez toneladas para Bangladesh.
A venda para esses países foi negociada em cerca de US$ 7,6 bilhões.
Os membros do FMI concordaram em 2008 que o Fundo poderia vender um oitavo de seus ativos de ouro a fim de diversificar seu modelo financeiro para que não dependa mais de empréstimos.
O fundo é um dos maiores proprietários do mundo do metal precioso.



Economia | 21/12/2010 | 19h37min
Bancos preveem crescimento de 4,5% do PIB em 2011 e 2012
Em 2010, projeção da entidade é que a elevação no crescimento econômico termine em 7,5%
Atualizada às 20h56min
O Produto Interno Bruto (PIB) do país deverá crescer 4,5% em 2011, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça, dia 21, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em 2012, o resultado deverá se repetir, com crescimento também de 4,5%. Em 2010, a projeção da entidade é que a elevação no crescimento econômico termine em 7,5%.
Para o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, colaboraram para uma previsão mais modesta do PIB em 2011 e 2012 as medidas de restrição ao crédito, adotadas recentemente pelo Banco Central, a expectativa de uma política fiscal mais austera e de elevação dos juros no próximo ano.
– A gente tem uma base de comparação mais alta que é o próprio ano de 2010, em que a economia está fechando com crescimento de quase 8%. Se a gente juntar tudo isso, devemos ter um desempenho mais baixo em 2011, mas ainda muito positivo, muito favorável à economia – afirmou Sardenberg.
Segundo as estimativas da Febraban, as operações de crédito que cresceram 20,3% em 2010 deverão aumentar menos – em razão das medidas de restrição do governo – nos próximos anos: 17,8% em 2011, e 17,2% em 2012.
A inflação deverá chegar a 5,2% em 2011 e a 4,5% em 2012. Já o ano de 2010 deverá terminar com aumento de preços de 5,2%. A taxa básica de juros, a Selic, deverá ficar em 12,25% em 2011 e 11% em 2012, segundo a entidade. A atual taxa é de 10,25%.
As projeções dos bancos mostram que a taxa de câmbio, que atualmente está em torno de R$ 1,70, deverá ir a R$ 1,75 em 2011, e a R$ 1,80 em 2012. Já as reservas internacionais do país, hoje de aproximadamente US$ 286,2 bilhões, deverão chegar a US$ 299,1 bilhões em 2011 e a US$ 318,4 bilhões em 2012. O risco país, que agora está em torno de 198 pontos, deverá cair para 182,1 em 2011 e a 164,9 em 2012.
A Pesquisa de Projeções Macroeconômicas da Febraban foi feita entre os dias 16 a 20 de dezembro. Foram ouvidas 28 instituições financeiras.

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