quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Anfavea prevê vender 300 mil por mês

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/9/anfavea-preve-vender-300-mil-por-mes

Valor Econômico - 09/09/2010

Eduardo Laguna
Após registrar em agosto o segundo melhor mês da história, com a comercialização de 312,8 mil veículos, o mercado automobilístico brasileiro deverá girar uma média mensal perto da marca de 300 mil unidades até dezembro, apontou ontem o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini.
Apesar da tendência, a entidade manteve sua projeção de vendas para este ano, de aproximadamente 3,4 milhões de veículos. Se confirmado, o volume representará um crescimento de 8,2% sobre as vendas recordes de 2009. Durante entrevista coletiva à imprensa, Belini atribuiu o resultado de agosto ao "bom andamento da economia", citando também fatores como a melhora na oferta e nas condições de crédito, aliada à expansão da renda.
O executivo observa que, apesar da expectativa de renovações do recorde de vendas este ano, o setor ainda tem espaço para crescimento, uma vez que a capacidade instalada da indústria automobilística nacional é de 4,3 milhões de veículos.
Belini também assinalou que as exportações das montadoras brasileiras ainda não retomaram os patamares pré-crise, apesar da expansão de 73,2% até agosto, somando 489,23 mil unidades vendidas ao exterior.
Tal volume ainda é inferior aos 509,7 mil veículos dos oito primeiros meses de 2008, quando o setor ainda não sentia os reflexos da fase mais aguda da crise financeira. "Esse crescimento (das exportações em 2010) não significa muita coisa", afirmou o presidente da Anfavea, referindo-se à base fraca de comparação.
Por outro lado, as importações de veículos no Brasil também avançam rapidamente, com alta de 35,8% de janeiro a agosto, para 394,13 mil unidades.
As importações crescem acima do ritmo de venda das montadoras nacionais no mercado doméstico, que marcaram alta de 5,7% nos oito primeiros meses do ano, alcançando 1,8 milhão de unidades.

O segundo melhor mês
A produção de veículos em agosto foi a segunda maior de todos os tempos. Foi menor apenas do que a de março deste ano, em que ainda vigorava a isenção de IPI para o setor.

Sem desindustrialização
Nos 12 meses terminados em agosto, a produção cresceu 19,3%, e na acumulada do ano, 17,5%, números de produzir inveja nos países ricos onde a paradeira continua. Essa é também indicação de que não há o processo de desindustrialização tão denunciado nas últimas semanas pela liderança da Fiesp.




Importados vendem mais

Correio Braziliense - 09/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/9/importados-vendem-mais
Em 2010, dispara o comércio de carros produzidos fora do Brasil. De janeiro a agosto, alta já é de 35,8%, enquanto de nacionais é de 5,7%.
Leonardo Arruda/Esp. CB/D.A Press - 30/7/10
Demanda por automóveis do exterior desperta preocupações na Anfavea
 

A venda de veículos novos registrou em agosto o segundo melhor resultado histórico. Foram licenciadas 312,8 mil unidades, segundo balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O resultado só é menor do que o registrado em março deste ano, quando 353,7 mil unidades foram vendidas.

Esse desempenho do mercado só não foi mais comemorado pelas montadoras nacionais porque 18,3% dos veículos comercializados no mês não foram produzidos no Brasil. De acordo com a Anfavea, foram vendidos 52,7 mil veículos importados em agosto, o que representa 5,5% a mais do que em julho. Já a venda de nacionais cresceu 3%.

De janeiro a agosto, a venda de veículos importados aumentou de forma ainda mais vigorosa do que a dos nacionais: 35,8% contra 5,7% respectivamente.

O consumo crescente de carros importados preocupa o setor. Para o presidente da Anfavea, Cleodorvino Bellini, o ritmo das importações não dá sinais de arrefecimento e pode ter efeitos negativos sobre a economia do país. “Estamos preocupados que a venda de importados cresça em ritmo exponencial. Isso causa um desequilíbrio. Estamos criando empregos fora, não aqui”, reclamou.

Proteção
Bellini disse que não é a favor de medidas protecionistas. Porém, ressaltou que o país precisa facilitar as exportações para compensar a entrada de produtos vindo do exterior. Mas “o câmbio valorizado dificulta”, ressalvou.

Dados da Anfavea apontam que as exportações cresceram 0,8% em agosto deste ano na comparação com julho, totalizando US$ 1,14 bilhão. De janeiro a agosto, cresceram 54,9% ante o mesmo período de 2009. Esse dado, entretanto, não é representativo, segundo Bellini. “Naquele período, estávamos na crise. Ninguém tinha crédito para comprar. As exportações ainda não retomaram o nível de antes da crise.”

No acumulado do ano, as exportações, incluindo máquinas agrícolas, somam US$ 8,03 bilhões, 63,7% acima do obtido no mesmo período de 2009.

O número
52,7 mil
Quantidade de unidades importadas comercializadas somente no mês passado.




Importação em alta já preocupa montadoras

O Estado de S. Paulo - 09/09/2010
Produção e vendas de veículos registra recorde para os meses de agosto, mas Anfavea prevê uma desaceleração nos últimos meses do ano


A indústria brasileira de veículos registrou o melhor mês de agosto na história, mas manteve projeções de desempenho para 2010 e segue alerta com o crescimento da participação de veículos importados no total das vendas.


De acordo com números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em agosto, que também foi o segundo melhor mês do ano, o setor produziu 329,1 mil unidades, alta de 3,4% sobre julho e de 11,5% em relação a agosto de 2009.

O desempenho ficou perto do recorde histórico de produção de março deste ano: 339,7 mil unidades, quando acabou o desconto no IPI concedido pelo governo durante a crise internacional.

Apesar do alto crescimento, a Anfavea manteve as projeções de produção anual recorde de 3,39 milhões de veículos, alta de 6,5% na comparação com 2009, e vendas também recordes de 3,4 milhões de unidades, ou avanço de 8,2% ante 2009.

"Não revisamos as projeções, apesar do desempenho até agora estar acima delas, porque esperamos um mês de dezembro mais fraco. O último mês de 2009 teve um comportamento diferente de um mês de dezembro típico por conta dos incentivos fiscais", explicou o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini. Apesar disso ele declarou que espera que o desempenho do setor fique "acima da projeção".

Em vendas, a indústria registrou alta mensal de 3,5% e anual de 21,2 %, para 312,8 mil unidades, melhor mês de agosto já contabilizado e perto do recorde histórico de 353,7 mil unidades também de março.

No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a produção cresceu 17,5 %, para 2,41 milhões de veículos. Enquanto isso, o volume comercializado somou 2,19 milhões de unidades, evolução de 10,1% sobre o mesmo período de 2009.

Segundo a Anfavea, a inadimplência do setor caiu pelo 13º mês consecutivo em julho, para 3,4 % no ano, enquanto para todos os outros bens o índice observado é de 6,5%.

Importações. A participação das importações nas vendas de veículos em agosto ficou em 18,3 %, ou 57,256 mil unidades. Esse índice, que começou a crescer no fim de 2009 , tem incomodado a Anfavea, que tenta avaliar formas de melhorar a competitividade do setor ante o exterior com o real valorizado.

Porém, as exportações em unidades e em valor ainda estão abaixo do registrado em 2008, ano que a Anfavea prefere usar como referência comparativa ante 2010, pois em 2009 a indústria observou aguda deterioração do mercado externo por causa da crise. O setor registrou exportações de US$ 1,14 bilhão em agosto, 0,8% acima do apurado em julho e salto de 54,9% ante agosto de 2009.REUTERS







Consumo de alumínio cresce 35% até junho e projeta novo recorde

Valor Econômico - 09/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/9/consumo-de-aluminio-cresce-35-ate-junho-e-projeta-novo-recorde
O consumo de produtos transformados de alumínio, como chapas para embalagens, fios e cabos, perfis para construção civil e indústria e peças fundidas, cresceu 35% no primeiro semestre, comparado ao mesmo período de 2009, superando as expectativas de demanda projetadas pelo setor no início do ano. Conforme dados revelados ontem pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o consumo doméstico de janeiro a junho totalizou 627 mil toneladas. Esse volume, comparado ao primeiro semestre de 2008, ainda sem os efeitos da crise global, aponta expansão de 17%.
Segundo a Abal, que representa produtores integrados, como CBA/Votorantim e Alcoa, e transformadores do metal, o volume recorde é resultado do aumento do consumo em toda a cadeia de produtos semimanufaturados de alumínio. No caso de chapas, alta de 28,5%, de extrudados, 45%; de , fundidos, 44%; e folhas, com 32%. Juntos, esse mix representa mais de 80% do mercado brasileiro.
Mauro Moreno, coordenador da Comissão de Economia e Estatística da Abal, afirmou, em comunicado da Abal, que "o mercado registrou um aumento nos principais setores da economia". Na construção civil, 37,5%; em transportes, 43,4%; e em embalagens, que absorve a maior quantidade de metal no país, a expansão atingiu 26%.
Para a Abal, nesse ritmo, o consumo deve fechar o ano com novo recorde de consumo, de 1,29 milhão de toneladas, mais 28% sobre o ano passado. Antes, a entidade previa 1,22 milhão de toneladas, configurando alta de 21%.


Crédito para bens de capital tem reforço de R$ 10 bi

Autor(es): Fabio Graner e Adriana Fernandes
O Estado de S. Paulo - 09/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/9/credito-para-bens-de-capital-tem-reforco-de-r-10-bi


BNDES ampliou financiamento para bens de capital, produção de bens exportáveis e inovação tecnológica, com juros subsidiados pelo Tesouro Nacional

Mesmo com a crise já ficando distante, o governo editou ontem mais uma medida que reforça a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Foi publicada no Diário Oficial da União a Medida Provisória 501, que ampliou em R$ 10 bilhões a linha de financiamento do BNDES para bens de capital, produção de bens exportáveis e inovação tecnológica, com juros subsidiados pelo Tesouro Nacional.


A linha de crédito que era de R$ 124 bilhões será agora de R$ 134 bilhões. A MP também prorroga de 31 de dezembro de 2010 para 31 de março de 2011 o prazo para contratação dos financiamentos com o banco estatal.

O setor de energia elétrica foi o grande beneficiado com a ampliação da linha. Todos os investimentos do setor, por exemplo, em obras de vulto como a usina hidrelétrica de Belo Monte, poderão ser financiados por essa linha do BNDES, que tem taxa de juros de 5,5% ao ano - o que representa uma taxa de juros real (descontada a inflação) próxima de zero. Até agora, apenas os investimentos na aquisição de máquinas e equipamentos, exportações e inovação tecnológica poderiam ser bancados pela linha do BNDES.

Conhecida como Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI), a linha do BNDES foi inicialmente criada durante a crise internacional.

Com um volume inicial de R$ 44 bilhões, seu objetivo era, passado o pior momento da recessão econômica, estimular que os investimentos fossem retomados mais rapidamente. O discurso do governo é que a iniciativa favoreceu recuperação mais acelerada da economia e com menor risco de inflação.

O montante inicial, posteriormente, foi elevado em R$ 80 bilhões pela MP 487, que, sem votação, perdeu validade em 5 de setembro. Com a queda dessa MP, o governo teve de editar uma nova medida para garantir a continuidade do programa e aproveitou a oportunidade para turbinar em R$ 10 bilhões a linha de crédito.

Colchão. A demanda para ampliação do PSI veio do próprio BNDES. Com o volume maior de recursos disponíveis e prazo mais amplo para contratação, o governo busca dar mais tranquilidade para o banco operar o programa, evitando uma corrida das empresas para a tomada de crédito nessa linha favorecida neste final de ano.

Segundo o secretário-adjunto do Tesouro, André Paiva, a medida dá tempo para o próximo governo avaliar se deseja prosseguir com o programa, garantindo um "colchão" para que nos três primeiros meses do ano que vem o PSI não seja interrompido. "A MP dá conforto. O próximo governo terá um período de três meses para reavaliar com tranquilidade o programa", disse Paiva.

Curta - Empresas

Valor Econômico - 09/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/9/curta-empresas
Transnordestina 2012
A CSN espera que seu projeto ferroviário Transnordestina inicie operações no fim de 2012, em uma iniciativa que vai ajudar a siderúrgica a transportar mais de 30 milhões de toneladas de carga por ano no Brasil. A ferrovia de 1.728 quilômetros no Nordeste dará autossuficiência em logística à CSN, disseram executivos da empresa ontem, segundo a Reuters. Quatro contratos antecipados que a companhia já tem assinados devem ajudar a operação a atingir o "break even" antes mesmo de sua conclusão, disse o presidente da unidade, Tufi Daher.


Fundição busca solução para a areia

Autor(es): Júlia Pitthan
Valor Econômico - 09/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/9/fundicao-busca-solucao-para-a-areia

A areia usada pelas fundições para dar o molde às peças é o resíduo industrial com maior volume no Brasil. Para cada tonelada de metal fundido é gerada outra tonelada de areia que precisa ser descartada. Cerca de três milhões de toneladas de resíduos chegam por ano aos aterros industriais no país.

O setor tenta comprovar que o resíduo, considerado não-inerte pela legislação brasileira, pode ter outras finalidades sem contaminar o ambiente. Alguns Estados - como São Paulo e Santa Catarina - permitem que a areia de fundição seja usada na fabricação de asfalto e na construção de artefatos de concreto que não tenham funções estruturais, como tijolos e lajotas para calçadas. Apesar da liberação, o uso é pequeno se comparado com o volume de resíduos produzidos pelas fundições. Em maio do ano passado, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) também aprovou uma norma que permite o uso das areias de fundição em aterros e asfalto.
A intenção do setor é implementar o modelo adotado nos Estados Unidos, países da Europa e Japão, em que esse tipo de areia é usado em cobertura de aterros, estradas e na agricultura, na composição de solo. Segundo Fabio Garcia, sócio da Faro Engenharia e coordenador do comitê de estudos de resíduos de fundição da ABNT, em 95% dos casos as areias são não-contaminantes. "É uma oportunidade para poupar areia natural, usando esse material."
Hoje, a Associação Brasileira da Indústria de Fundição (Abifa) se reúne na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) para discutir o tema. O trabalho da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) abre o encontro. Segundo o pesquisador José Angelo Rabelo, que coordenou o estudo, o objetivo é demonstrar que a areia, usada no solo, não contaminaria as plantas.
Durante dois anos, a areia de fundição foi testada em cultivo de cenoura direto no solo e alface em hidroponia na Estação Experimental da Epagri, em Itajaí. Segundo Rabelo, o material foi testado em diferentes concentrações e não apresentou nenhuma contaminação das plantas. O estudo foi elaborado em parceria com a Tupy, que, sozinha, consome em média 23 mil toneladas de areia nova por mês.
A fundição tem produção em Joinville (SC) e em Mauá (SP). Segundo o diretor-gerente de Engenharia Metalúrgica e Ambiental da Tupy, Wilson Guesser, a empresa vem trabalhando em transformar o material que era destinado ao aterro em insumo com outras finalidades. A indústria de fabricação de cimento já recebe material da Tupy. Segundo Guesser, cerca de mil toneladas mês são destinadas às cimenteiras.
Garcia diz que há uma tendência crescente da indústria de cimento absorver a areia de fundição. Há um ano, a cimenteira recebia R$ 100 por tonelada de areia incorporada em seu processo. Hoje, os preços estão em R$ 11. Para Garcia, em poucos anos a indústria de cimento vai passar a pagar para consumir o material.
Além da destinação para a indústria de cimento, a Tupy instalou em Joinville uma pequena fábrica de artefatos de concreto. Segundo Guesser, a empresa procurou parceiros para o projeto. Sem encontrar interessados, resolveu tomar a iniciativa.
A Tupy entrou em acordo com a prefeitura de Joinville e cedeu o material para o calçamento do 62º Batalhão de Infantaria na cidade. As calçadas atuais darão lugar a 1.450 metros de piso que estão sendo assentadas com mão de obra do exército. Segundo Guesser, a aplicação pública é um meio de demonstrar o produto para a comunidade.
Além da obra em Joinville, a Tupy fez uma parceria com o Departamento Estadual de Infra-Estrutura (Deinfra) de Santa Catarina. Com uma licença obtida junto à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma), está iniciando a construção de um trecho de 400 metros da Rodovia SC 422, no município de Rio Negrinho, utilizando areias de fundição para fazer a base, sub-base e subleito da estrada.
Após concluído, esse trecho será monitorado por dois anos. No aspecto tecnológico, pelo 10º Batalhão de Construção do Exército. E, no aspecto ambiental, por uma empresa privada.

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