sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Conab revisa para cima previsão para produção de café no ciclo 2010/11

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/10/conab-revisa-para-cima-previsao-para-producao-de-cafe-no-ciclo-2010-11

Autor(es): Alexandre Inacio
Valor Econômico - 10/09/2010
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para cima suas estimativas para a produção brasileira de café no ciclo 2010/11, em fase final de colheita. O terceiro levantamento de safra apontou para uma colheita de 47,2 milhões de sacas, 157,2 mil sacas a mais do que a segunda estimativa, feita em maio, quando a Conab projetou 47,04 milhões de sacas.
O ajuste foi feito devido ao clima favorável em algumas regiões produtoras, como Minas Gerais e São Paulo, que tiveram os processos de maturação, colheita e secagem beneficiados pela pouca quantidade de chuvas a partir de maio. Os volumes hídricos mais baixos, no entanto, prejudicaram a formação de grãos em regiões onde a umidade do solo estava baixa na fase final de formação dos frutos, caso do Espírito Santo.
Com os ajustes, a produção de café arábica foi revisada para 36,1 milhões de sacas, um aumento de 2,3% em comparação ao levantamento anterior. Já o café robusta, que tem no Espírito Santo seu maior produtor, sofreu com a falta de chuva entre maio e agosto. A produção de robusta é estimada em 11,1 milhões de sacas, volume 5,1% menor que o previsto em maio pela Conab.
O Estado de Minas Gerais, que concentra 52,3% da produção nacional, teve a safra ajustada para 24,7 milhões de sacas, um aumento de 756 mil sacas sobre a previsão de maio. Já a produção paulista teve um ajuste de 200 mil sacas, e foi elevada para 4,56 milhões de sacas. Nesses dois casos, a Conab destaca os benefícios das poucas chuvas durante os trabalhos de colheita.
"A safra ainda não terminou e pode ser que ainda seja feita uma revisão para baixos desses números. Os tratos culturais nos cafezais foram reduzidos nos últimos anos e, com a falta de chuvas em algumas regiões, esses dados podem mudar", afirma Gilson Ximenes, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC).
Apesar de a safra estar próxima do fim, Ximenes não arrisca previsões para o ciclo 2011/12. Ele espera, no entanto, que ainda neste governo, seja encontrada solução para o endividamento do setor.
No que se refere à área plantada com café no Brasil, a Conab estima que 2,3 milhões de hectares foram cultivados no ciclo 2010/11. Essa área representa uma retração de 22,8 mil hectares em relação à safra anterior. "Essa área que deixou de ser cultivada foi ocupada pelas lavouras de cana-de-açúcar, sobretudo nos Estados de São Paulo e Minas Gerais", destaca a Conab.


Preços sobem e elevam receita das exportações

Valor Econômico - 10/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/10/precos-sobem-e-elevam-receita-das-exportacoes
A alta de 6% nos preços médios do café na bolsa de Nova York em agosto impulsionou de forma expressiva a receita obtida com as exportações brasileiras do produto no mês passado. Dados divulgados ontem pelo Conselho dos Exportadores de Café do brasil (Cecafé) mostram que os embarques de agosto renderam US$ 474,4 milhões, 34,1% mais do que no mesmo período do ano passado.
Ontem, os contratos de café com vencimento em dezembro recuaram 385 pontos para US$ 1,907 por libra-peso na bolsa de Nova York. Ainda assim, as cotações acumulam um ganho de 38,6% do início do ano até o fechamento de quinta-feira.
Diante desse cenário de valorização de preços, as estimativas do próprio Cecafé são de que a receita com exportações neste ano chegue a US$ 5 bilhões. No acumulado de janeiro a agosto, os embarques de café totalizaram US$ 3,1 bilhões, desempenho 16% superior ao registrado no mesmo período de 2009.
Em volume, os embarques do mês passado somaram 2,77 milhões de sacas, volume 12,1% superior a agosto de 2009. No acumulado de janeiro a agosto, as vendas externas foram de 19,62 milhões de sacas, estável em relação ao ano passado.


Safra recorde

Autor(es): Fernando Lopes
Valor Econômico - 10/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/10/safra-recorde

Puxada por uma colheita de soja de elevado rendimento, a produção brasileira de grãos confirmou as projeções e bateu seu recorde histórico na temporada 2009/10, com 148,9 milhões de toneladas.
Clima e soja, destaques de uma safra recorde

Puxada por uma colheita de soja de elevado rendimento, a produção brasileira de grãos confirmou as projeções dos últimos meses e de fato atingiu seu recorde histórico na temporada 2009/10, que está em fase final de comercialização.

Conforme o último levantamento de campo da Conab sobre o andamento da safra, a produção de grãos totalizou 148,996 milhões de toneladas, 10,3% mais que em 2008/09.

Por si só expressivo, o resultado chama ainda mais a atenção por ter sido obtido com uma área plantada 0,7% inferior à do ciclo anterior, estimada pela Conab em 47,323 milhões de hectares.

Nesse contexto, o salto registrado da produção total veio pelo incremento dos investimentos em tecnologia nas lavouras, que foram mais baixos em 2008/09 por conta dos altos preços de insumos como fertilizantes e, especialmente, pelo clima extremamente favorável sobretudo às plantações de soja.

É verdade que a seca dos últimos meses, reflexo do fenômeno La Niña, ainda pode prejudicar o fim da safra das culturas de inverno na região Sul. Mas, em geral, poucas temporadas agrícolas foram tão beneficiadas pelas condições observadas em 2009/10.

Já se sabe que a mesma La Niña, que já provocou estragos na Rússia e em outros países europeus e que tem por característica reduzir o regime de chuvas no sul da América do Sul, tende a atrasar o plantio da nova safra (2010/11), que deverão começar em meados de setembro.

Espera-se que a prevista seca não prejudique tanto a produção como aconteceu em 2008/09, mas há incertezas no ar. Naquela temporada, que na Argentina foi marcada pela pior seca em mais de 50 anos, a colheita de grãos do Sul foi afetada a ponto de deixar espaço para o forte crescimento observado em 2009/10.

Mas se o câmbio ainda é um entrave para exportadores de grãos como soja e milho, o que sempre é motivo para desânimo, do ponto de vista de preços, principalmente no mercado internacional, as apostas para ampliar novamente o plantio ganham fôlego. As previsões atuais, porém, apontam estabilidade ou mesmo uma pequena redução em relação ao recorde recém-obtido. [Com aumento dos volumes físicos negociados, a renda do produtor sobe, mas a tendência é de queda. A área plantada foi racionalizada, mediante investimento tecnológico, que significa transferência de renda. Puxada pra cima pela onda atual, a safra pode quebrar adiante, quando o desequilíbrio climático não ajudar e os preços externos caírem, conforme quer a FAO. Seria preciso estocar e não comercializar inteiramente os resultados, industrializando crescentemente dentro do circuito doméstico, de maneira integrada com a pecuária - para exportação.]

O "Oscar" de 2009/10 foi mesmo para a soja, tradicional carro-chefe do campo nacional em volume, valor bruto da produção e exportações. Não só a área plantada da commodity cresceu 7,9% na comparação com 2008/09, o maior percentual entre as cinco culturas que apresentaram expansão nesta frente (nove ocuparam áreas menores), como a colheita cresceu 20,2%, comprovando que nenhum outro produto foi tão ajudado pelo clima.

Com quase 69 milhões de toneladas, a soja respondeu impressionantes 46% da produção total de grãos do país no ciclo. Nem a produção total de milho, apesar dos problemas de 2008/09, cresceu tanto. Nesse caso o salto foi de 10%, para 56,124 milhões de toneladas, com direto a surpresas no fim: em relação à projeção de agosto da Conab, a colheita de milho será quase 1,75 milhão de toneladas maior.

Se não foi suficiente para superar a soja, a recuperação do milho foi a principal responsável pela ampliação da liderança do Sul na produção nacional de grãos. As previsões da Conab apontam para um total de 62,839 milhões de toneladas na região em 2009/10, ante 52,825 milhões no Centro-Oeste.

A recuperação sulista também devolveu ao Paraná o título de principal Estado produtor de grãos do país, ainda que Mato Grosso encabece o ranking da soja. A Conab estima a colheita paranaense total em 31,165 milhões de toneladas, quase 25% a mais que em 2008/09. O volume total mato-grossense está previsto em 29,277 milhões de toneladas, 3,4% superior à do ciclo anterior.

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