quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eletrobras vê oportunidades nos EUA

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/22/eletrobras-ve-oportunidades-nos-eua
Eletrobras será mais ousada nos EUA
Autor(es): Alex Ribeiro
Valor Econômico - 22/09/2010

A Eletrobras avalia "três ou quatro possibilidades de parceria" com empresas americanas para entrar no mercado de distribuição de energia elétrica dos EUA, informou ao Valor o assessor de tecnologia da empresa, Djamil de Holanda Barbosa. Em julho, a empresa havia anunciado que iria comprar participação de 5% em empreendimento americano. Agora, pretende ser mais ousada e assumir parcela relevante ou até majoritária em alguma companhia do país.



A Eletrobras avalia "três ou quatro possibilidades de parceria" com empresas americanas para entrar no mercado de distribuição de energia elétrica dos Estados Unidos, informou ontem o assessor de tecnologia da empresa, Djamil de Holanda Barbosa.
Depois de analisar o mercado americano, a estatal brasileira concluiu que tem tecnologia avançada o suficiente para deter uma participação relevante ou até mesmo majoritária num eventual empreendimento. Em julho, a empresa havia anunciado que, num primeiro momento, iria comprar uma participação de cerca de 5% num empreendimento nos Estados Unidos para aprender um pouco mais do mercado americano antes de montar uma operação mais significativa. Agora, a avaliação é que pode andar num passo um pouco mais rápido.
A empresa brasileira também detém tecnologia de ponta, afirma Barbosa, na geração de energia eólica, por isso já começou a conversar com possíveis parceiros americanos para entrar nessa área. "Estamos à frente quando o assunto é tecnologia eólica", afirmou o técnico. A Eletrobras, por outro lado, acha que pode se beneficiar da tecnologia americana na geração de energia solar e também na produção de eletricidade a partir do lixo.
Barbosa participou ontem de um seminário sobre inovação realizado em Washington. O evento reuniu especialistas brasileiros e americanos e foi organizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, pelo Movimento Brasil Competitivo e pelo Conselho de Competitividade dos Estados Unidos.
Segundo Barbosa, a busca de parcerias nos Estados Unidos faz parte da estratégia de internacionalização da Eletrobras, determinada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva. "O presidente Lula orientou a empresa a se tornar uma Petrobras do setor de energia elétrica", afirmou Barbosa.
A companhia deu recentemente alguns passos importantes no seu movimento de internacionalização, ao fechar contrato para construir usinas no Peru, na Nicarágua e também na Argentina. Além dos Estados Unidos, estão sendo negociadas parcerias em Moçambique.
O presidente americano, Barack Obama, lançou um projeto para interligar o sistema elétrico do país. Atualmente, as redes são fragmentadas e sem comunicação porque a regulação do setor é feita pelos Estados.
O Brasil já interligou seu sistema elétrico e, segundo Barbosa, tem bastante conhecimento para atuar na área. "Temos uma expertise que interessa aos Estados Unidos", afirmou ele. Em julho, a Eletrobras anunciou que irá destinar cerca de US$ 500 milhões para investimentos apenas nos Estados Unidos.
Obama também se empenha em expandir o uso de energias limpas nos Estados Unidos, incluindo a energia eólica. "A energia eólica já é um fato no Brasil", afirma Barbosa, após a significativa participação da iniciativa privada nos leilões desse tipo de energia realizados pelo governo brasileiro.
Mas o Brasil tem muito a aprender, afirma, sobre tecnologias de produção de energia solar. Os Estados Unidos têm a maior unidade de produção de energia solar do mundo, no deserto de Mojave, que fica nos Estados de Nevada e Califórnia. O Brasil tem o terceiro maior potencial para a geração de energia solar, diz Barbosa, depois dos Estados Unidos e o norte da África.
O Brasil também está desenvolvendo pesquisas, tomando como base a experiência americana, para o possível aproveitamento do lixo para a produção de energia elétrica. O lixo no Brasil, afirma Barbosa, tem uma maior participação de compostos orgânicos, por isso seu potencial para produzir energia é um pouco menor do que o americano, mas mesmo assim as pesquisas apontam para viabilidade econômica do projeto.
A Eletrobras tem interesse ainda em tecnologias americanas que possam reduzir o impacto ambiental de projetos de geração de energia hidroelétrica, como por exemplo turbinas que permitam produzir mais energia com reservatórios menores de água.

Eletrobras será mais ousada nos EUA

Autor(es): Alex Ribeiro
Valor Econômico - 22/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/22/eletrobras-sera-mais-ousada-nos-eua



A Eletrobras avalia "três ou quatro possibilidades de parceria" com empresas americanas para entrar no mercado de distribuição de energia elétrica dos Estados Unidos, informou ontem o assessor de tecnologia da empresa, Djamil de Holanda Barbosa.
Depois de analisar o mercado americano, a estatal brasileira concluiu que tem tecnologia avançada o suficiente para deter uma participação relevante ou até mesmo majoritária num eventual empreendimento. Em julho, a empresa havia anunciado que, num primeiro momento, iria comprar uma participação de cerca de 5% num empreendimento nos Estados Unidos para aprender um pouco mais do mercado americano antes de montar uma operação mais significativa. Agora, a avaliação é que pode andar num passo um pouco mais rápido.
A empresa brasileira também detém tecnologia de ponta, afirma Barbosa, na geração de energia eólica, por isso já começou a conversar com possíveis parceiros americanos para entrar nessa área. "Estamos à frente quando o assunto é tecnologia eólica", afirmou o técnico. A Eletrobras, por outro lado, acha que pode se beneficiar da tecnologia americana na geração de energia solar e também na produção de eletricidade a partir do lixo.
Barbosa participou ontem de um seminário sobre inovação realizado em Washington. O evento reuniu especialistas brasileiros e americanos e foi organizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, pelo Movimento Brasil Competitivo e pelo Conselho de Competitividade dos Estados Unidos.
Segundo Barbosa, a busca de parcerias nos Estados Unidos faz parte da estratégia de internacionalização da Eletrobras, determinada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva. "O presidente Lula orientou a empresa a se tornar uma Petrobras do setor de energia elétrica", afirmou Barbosa.
A companhia deu recentemente alguns passos importantes no seu movimento de internacionalização, ao fechar contrato para construir usinas no Peru, na Nicarágua e também na Argentina. Além dos Estados Unidos, estão sendo negociadas parcerias em Moçambique.
O presidente americano, Barack Obama, lançou um projeto para interligar o sistema elétrico do país. Atualmente, as redes são fragmentadas e sem comunicação porque a regulação do setor é feita pelos Estados.
O Brasil já interligou seu sistema elétrico e, segundo Barbosa, tem bastante conhecimento para atuar na área. "Temos uma expertise que interessa aos Estados Unidos", afirmou ele. Em julho, a Eletrobras anunciou que irá destinar cerca de US$ 500 milhões para investimentos apenas nos Estados Unidos.
Obama também se empenha em expandir o uso de energias limpas nos Estados Unidos, incluindo a energia eólica. "A energia eólica já é um fato no Brasil", afirma Barbosa, após a significativa participação da iniciativa privada nos leilões desse tipo de energia realizados pelo governo brasileiro.
Mas o Brasil tem muito a aprender, afirma, sobre tecnologias de produção de energia solar. Os Estados Unidos têm a maior unidade de produção de energia solar do mundo, no deserto de Mojave, que fica nos Estados de Nevada e Califórnia. O Brasil tem o terceiro maior potencial para a geração de energia solar, diz Barbosa, depois dos Estados Unidos e o norte da África.
O Brasil também está desenvolvendo pesquisas, tomando como base a experiência americana, para o possível aproveitamento do lixo para a produção de energia elétrica. O lixo no Brasil, afirma Barbosa, tem uma maior participação de compostos orgânicos, por isso seu potencial para produzir energia é um pouco menor do que o americano, mas mesmo assim as pesquisas apontam para viabilidade econômica do projeto.
A Eletrobras tem interesse ainda em tecnologias americanas que possam reduzir o impacto ambiental de projetos de geração de energia hidroelétrica, como por exemplo turbinas que permitam produzir mais energia com reservatórios menores de água.

China entra no setor elétrico brasileiro

Autor(es): Agencia o Globo/Mônica Tavares
O Globo - 22/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/22/china-entra-no-setor-eletrico-brasileiro

Aneel autoriza compra de ativos por chinesa

A China vai estrear no bilionário setor elétrico brasileiro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou ontem a empresa chinesa State Grid International Development Limited a comprar sete ativos de transmissão de energia, todos do grupo espanhol Plena Transmissoras (Elecnor, Isolux, Lintran do Brasil e Abengoa). O negócio, que fora anunciado em maio, é estimado em R$ 3,1 bilhões.

No total, estão sendo comprados 3.060 quilômetros de linhas de transmissão que cortam os estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. O pacote também inclui sete subestações.

A State Grid, estatal, atua em 26 províncias da China e tem um bilhão de consumidores.

Com o negócio, a companhia assume o controle total das empresas Serra Paracatu Transmissora de Energia, Ribeirão Preto Transmissora de Energia, Poços de Caldas Transmissora de Energia, Serra da Mesa Transmissora de Energia, Itumbiara Transmissora de Energia, Expansion Transmissão Itumbiara Marimbondo e Expansion Transmissão de Energia Elétrica.

A operação abre as portas do mercado nacional à elétrica chinesa. Se a State Grid quiser participar de leilões para construção e operação de novas linhas de transmissão no país, não precisará constituir uma empresa no Brasil. Está marcada uma nova licitação pela Aneel em 26 de novembro, porém ainda não foram definidos os lotes. Este ano foram realizados dois leilões de linhas de transmissão, o primeiro em junho e o segundo, no último dia 3.

Já a Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou ontem que o governo quer verificar a real situação das barragens do país e, principalmente, se está sendo feita a manutenção destas. Inicialmente devem ser fiscalizadas cerca de mil barragens, sendo metade no Nordeste. Segundo o diretor da ANA, João Gilberto Lotufo Conejo, será necessário que peritos elaborem um laudo de segurança das barragens, porque não existe nenhum estudo de quantas estão em situação de risco.


Indústria ameaça produzir no Paraguai para baratear energia

Autor(es): Leonardo Goy
O Estado de S. Paulo - 21/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/21/industria-ameaca-produzir-no-paraguai-para-baratear-energia
País vizinho tem energia abundante e barata de Itaipu: grandes consumidores brasileiros se queixam dos encargos


Os encargos que pesam sobre a tarifa industrial de energia podem fazer com que o Brasil perca para o Paraguai investimentos no setor de alumínio. Na análise de alguns industriais, pesa a favor do país vizinho a energia barata e abundante da metade de Itaipu a que o Paraguai tem direito. Energia essa que pode ser oferecida sem o grande cardápio de encargos e tributos que encarecem os mesmos megawatts do lado brasileiro.


"Há indústrias brasileiras que estão estudando ir para o Paraguai para produzir lá e exportar para o Brasil", disse à Agência Estado o presidente-executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa. Segundo ele, o setor de alumínio está entre os que estudam a possibilidade de investir no Paraguai para se beneficiar do preço da energia de Itaipu.

A eletricidade representa cerca de 35% do custo de produção do alumínio. Em um cenário em que, segundo a Abrace, a carga tributária sobre a tarifa de energia elétrica chega a 51,6%, a competitividade do setor fica ameaçada. "A tarifa industrial do Brasil é a terceira maior do mundo, perdendo apenas para as da China e Alemanha", disse o coordenador da Comissão de Energia da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Eduardo Spalding.

O executivo da Abal confirmou que, por causa do alto preço da energia no Brasil, alguns investidores já analisam a possibilidade de instalar fábricas de alumínio fora do Brasil, em países como Trinidad e Tobago e Paraguai. A canadense Rio Tinto Alcan já anunciou que negocia a instalação de uma unidade de produção de alumínio no Paraguai.

Acordo. O Paraguai tem direito à metade dos cerca de 14 mil megawatts (MW) de potência instalada de Itaipu, mas, segundo Spalding, só consome 10% da energia a que tem direito. Assim, o governo conta, na prática, com um poderoso instrumento para atrair investimentos: excesso de energia barata disponível. O Brasil, além de enfrentar essa concorrência, negociou um acordo com o Paraguai - ainda não sacramentado pelo Congresso - para elevar de R$ 120 milhões para R$ 360 milhões o montante pago anualmente ao país vizinho pela energia excedente de Itaipu.

Segundo Spalding, há 25 anos não se instala uma nova fábrica de alumínio no Brasil. Sem novos investimentos, o País dependerá de importações para suprir a expectativa da Abal de aumento do consumo. A entidade acredita que a demanda brasileira passará de 1,5 milhão de toneladas por ano para 2,5 milhão de toneladas anuais em até 10 anos.

Pedrosa, da Abrace, avalia que é preciso mais transparência nos cálculos das tarifas de energia, pois, além de caras, acabam sendo imprevisíveis. "O consumidor de energia paga um conjunto de políticas do governo, política social e até de relações internacionais", disse Pedrosa. Ele explicou que, além dos impostos normais, estão embutidos nas tarifas subsídios a consumidores de baixa renda, financiamento de programas como o Luz Para Todos, subsídios à geração de energia na Amazônia e até mesmo a conta de acordos internacionais com a Argentina ou o Paraguai.


Eletrobrás é autorizada a captar R$ 4,8 bilhões

Autor(es): Leonardo Goy
O Estado de S. Paulo - 24/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/24/eletrobras-e-autorizada-a-captar-r-4-8-bilhoes
O governo autorizou ontem, por meio de decreto publicado no Diário Oficial da União, a capitalização da estatal Eletrobrás. Conforme já havia sido anunciado pela própria empresa, a capitalização de R$ 4,8 bilhões será feita por meio da conversão em ações do saldo de uma conta conhecida como Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (Afac) que é um crédito do Tesouro Nacional e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contabilizado no balanço da Eletrobrás.

O valor refere-se ao saldo do Afac de 31 de março passado e será atualizado pela taxa básica de juros (Selic) até a data da Assembleia Geral Extraordinária de acionistas, ainda não marcada, que vai confirmar a operação. O principal objetivo da Eletrobrás é limpar o seu balanço da despesa financeira causada por essa dívida que está atribuída ao Tesouro e ao BNDES.

O decreto que autoriza a capitalização determina também que a União poderá comprar ações da empresa na proporção de sua atual participação na Eletrobrás. Além disso, poderá a União adquirir sobras de ações no caso de outros acionistas não acompanharem o processo de aumento de capital. Se isso acontecer, o governo poderá aumentar sua participação no capital da holding. Segundo dados disponíveis na página da Eletrobrás, a União tem, hoje, 52% do capital ordinário (com direito a voto), da Eletrobrás. O BNDESpar, que também possui Afacs e, portanto, receberá novos papéis, possui hoje 21,08% das ações ordinárias.

Quando se considera apenas as ações preferenciais - que não dão direito a votar -, porém, a participação da União é nula e a do BNDESpar, de 8,22%.

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