GOVERNO QUER USAR ITR PARA REGULAR MERCADO DE TERRAS
Valor Econômico - 21/09/2010
O governo pretende usar a "renovação" do Imposto Territorial Rural (ITR) como um instrumento para regular o mercado de terras, reduzir a especulação fundiária e evitar a concentração da propriedade rural no país.A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência costura um amplo acordo interno com os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente para alterar os critérios de "extensão" e "ocupação" da terra, hoje usados na legislação do imposto. O governo quer substituir a ocupação por índices de produtividade como principal critério do ITR, o que mudaria toda a política agrária e fundiária."Temos que mexer no ITR como forma de valorizar as terras", diz o secretário de Ações Estratégicas da SAE, Ariel Pares. "Um ITR renovado não permitirá a especulação e ainda garantirá mais produtividade". No governo, o ITR é considerado um imposto de difícil administração e baixo retorno - em 2008, foram R$ 365 milhões pagos por 5,2 milhões de propriedades. Daí, a opção por usá-lo para formular as políticas agrária e fundiária.As conversas preliminares no governo buscam uma forma mais eficaz para regular o mercado de terras por meio do ITR. A meta é estimular maior demanda por terra e garantir à agricultura familiar uma fatia significativa na incorporação de novas áreas produtivas.Esses temas, que serão debatidos amanhã durante um encontro em Brasília, levantam polêmica. A bancada ruralista é contra qualquer mudança nos índices de produtividade. O novo ITR seria uma forma de retomar o debate sobre a revisão dos índices, interditado com a oposição do Ministério da Agricultura, do PMDB e dos ruralistas. O Desenvolvimento Agrário é a favor da mudança. "Queremos colocar o critério de produtividade no lugar da ocupação da terra, que é muito vaga, imprecisa. O ITR não inibe a concentração", diz Pares. "E faremos isso sem inviabilizar as empresas agropecuárias".Em outra frente polêmica, o governo prepara projeto para evitar a concentração da propriedade. O texto obrigaria quem quiser vender terras a dar prioridade de compra aos vizinhos. Só depois de uma eventual recusa a área poderia ser oferecida a outro comprador. A medida tem o objetivo de "ajudar" os produtores familiares vizinhos a glebas à venda. Para evitar efeitos negativos da valorização da terra por um ITR "renovado", o governo criaria um fundo para financiar a compra por agricultores familiares. "O campo não pode ser um deserto de gente. Tem que combinar prosperidade com ganhos e oportunidades, sobretudo para os jovens", diz Pares
GOVERNO QUER USAR ITR PARA REGULAR MERCADO DE TERRAS |
Valor Econômico - 21/09/2010 |
O governo pretende usar a "renovação" do Imposto Territorial Rural (ITR) como um instrumento para regular o mercado de terras, reduzir a especulação fundiária e evitar a concentração da propriedade rural no país. A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência costura um amplo acordo interno com os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente para alterar os critérios de "extensão" e "ocupação" da terra, hoje usados na legislação do imposto. O governo quer substituir a ocupação por índices de produtividade como principal critério do ITR, o que mudaria toda a política agrária e fundiária. "Temos que mexer no ITR como forma de valorizar as terras", diz o secretário de Ações Estratégicas da SAE, Ariel Pares. "Um ITR renovado não permitirá a especulação e ainda garantirá mais produtividade". No governo, o ITR é considerado um imposto de difícil administração e baixo retorno - em 2008, foram R$ 365 milhões pagos por 5,2 milhões de propriedades. Daí, a opção por usá-lo para formular as políticas agrária e fundiária. As conversas preliminares no governo buscam uma forma mais eficaz para regular o mercado de terras por meio do ITR. A meta é estimular maior demanda por terra e garantir à agricultura familiar uma fatia significativa na incorporação de novas áreas produtivas. Esses temas, que serão debatidos amanhã durante um encontro em Brasília, levantam polêmica. A bancada ruralista é contra qualquer mudança nos índices de produtividade. O novo ITR seria uma forma de retomar o debate sobre a revisão dos índices, interditado com a oposição do Ministério da Agricultura, do PMDB e dos ruralistas. O Desenvolvimento Agrário é a favor da mudança. "Queremos colocar o critério de produtividade no lugar da ocupação da terra, que é muito vaga, imprecisa. O ITR não inibe a concentração", diz Pares. "E faremos isso sem inviabilizar as empresas agropecuárias". Em outra frente polêmica, o governo prepara projeto para evitar a concentração da propriedade. O texto obrigaria quem quiser vender terras a dar prioridade de compra aos vizinhos. Só depois de uma eventual recusa a área poderia ser oferecida a outro comprador. A medida tem o objetivo de "ajudar" os produtores familiares vizinhos a glebas à venda. Para evitar efeitos negativos da valorização da terra por um ITR "renovado", o governo criaria um fundo para financiar a compra por agricultores familiares. "O campo não pode ser um deserto de gente. Tem que combinar prosperidade com ganhos e oportunidades, sobretudo para os jovens", diz Pares |
Governo quer nova 'base social no campo'
Autor(es): Mauro Zanatta | De Brasília |
Valor Econômico - 21/09/2010 |
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/21/governo-quer-nova-base-social-no-campo |
As mudanças avaliadas pelo governo no Imposto Territorial Rural (ITR) são parte de uma estratégia de construção de uma nova "base social no campo". A meta do governo é formar uma "classe média rural empreendedora, predominante e moderna". |
Um mar de etanol
Valor Econômico - 21/09/2010 |
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/21/um-mar-de-etanol |
O governo calcula que a produção brasileira de etanol deverá crescer quase 150% nos próximos nove anos. Durante evento sobre energia realizado ontem em São Paulo, o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que a produção do combustível, atualmente em 26 bilhões de litros por ano, deverá chegar a 64 bilhões em 2019. "Isso vai gerar um excedente para exportação", disse Zimmermann, destacando que não há o objetivo de transformar o Brasil em líder de algo como uma "OPEP do etanol". "A política do governo é incentivar todos os países a desenvolver os biocombustíveis". Segundo o ministro, a participação do etanol na matriz energética brasileira já supera a da energia produzida por hidrelétricas. Enquanto o combustível responde por 18% da energia gerada, a hidroeletricidade fica com 15,7%. (Francine De Lorenzo, de São Paulo) |
Brasil deve ampliar compra de algodão dos EUA
Autor(es): Fabiana Batista | De São Paulo |
Valor Econômico - 21/09/2010 |
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/21/brasil-deve-ampliar-compra-de-algodao-dos-eua |
O mercado aguarda o arrefecimento dos preços do algodão para fechar novas importações. Até agosto, o país importou apenas 36,7 mil toneladas da pluma, 42% acima do realizado no mesmo intervalo de 2009 (25,8 mil toneladas), mas muito aquém das cerca de 250 mil toneladas que o país terá que importar até maio do ano que vem para atender a sua demanda interna. |
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