sexta-feira, 17 de setembro de 2010

MENOR DIFERENÇA DE SALÁRIO DESESTIMULA A ROTATIVIDADE



SALÁRIO DE ADMISSÃO SOBE 4,8% ACIMA DA INFLAÇÃO
Autor(es): Denise Neumann
Valor Econômico - 17/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/17/menor-diferenca-de-salario-desestimula-a-rotatividade

O preço da rotatividade da mão de obra ficou mais caro este ano. Nos primeiros seis meses de 2010, a diferença entre o salário médio dos demitidos e dos admitidos caiu quase pela metade em relação a igual período do ano passado. De janeiro a junho, o salário médio dos novos contratados foi de R$ 821,13, valor 7,2% inferior ao salário dos demitidos no mesmo período. 
O salário médio real de admissão nos primeiros seis meses deste ano ficou em R$ 821,13 - 4,8% maior que em igual período de 2009, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho. O crescimento foi maior no Sul e no Nordeste, onde alcançou quase 6%, e menor nas demais regiões, mas em todas elas a tendência é de aumento da remuneração inicial. Além do efeito salário mínimo, também o crescimento da economia, o peso da indústria na recuperação e a redução das taxas de desemprego explicam esse bom dinamismo do mercado de trabalho.
Para a professora de economia do Insper, Regina Carla Madalozzo, o aumento do salário médio (geral ou de admissão) está diretamente relacionado à redução da taxa de desemprego. De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego médio do primeiro semestre foi de 7,33%, abaixo do registrado em igual período de 2008 (8,27%), outro ano de economia forte, observa Regina. "Quando a taxa de desemprego está em queda, a tendência é de aumento do salário médio", diz ela.

O economista Fábio Romão, da LCA, também ressalta a tendência de aumento dos rendimentos, da qual o aumento do salário de contratação é um indicativo. Pelos dados da pesquisa do IBGE, o salário real dos trabalhadores da construção civil em julho foi 14,2% maior que o recebido em igual período do ano passado, quase o triplo do aumento real de 5,1% do rendimento médio de todas as funções.
Nos primeiros seis meses deste ano, o salário médio de admissão subiu muito mais que o de demissão (que ficou praticamente estável quando a inflação é descontada), levando a uma queda na diferença entre eles - de 13,2% em 2009 para 7,2% este ano. A redução da diferença para um nível inferior a 10% recupera a relação existente em 2008, quando os novos empregados foram contratados com uma remuneração, em média, 6,8% inferior a dos demitidos.
O crescimento acelerado e a consequente demanda por mão de obra qualificada em diferentes setores da economia fazem com que as empresas aumentem o salário de admissão para contratar os melhores funcionários "disponíveis", ou mesmo para incentivar que outros profissionais troquem de emprego, saindo de uma ocupação com menor remuneração para outra que permita uma renda mensal maior.
É normal, explica Romão, que o salário de admissão seja menor do que o de demissão. Isso ocorre, entre outras razões, porque existe um número expressivo de pessoas sendo contratadas pela primeira vez, e também o retorno ao mercado de pessoas que estavam desempregadas, e que, por isso, aceitam um emprego com remuneração menor. Pelos dados do Ministério do Trabalho, no primeiro semestre de 2010, 15% dos 9,7 milhões de admitidos estavam obtendo o primeiro emprego.
Regina, do Insper, também credita a queda na diferença entre os salários de admissão e demissão à composição do emprego. Nos dados divulgados ontem, relativos ao mercado de trabalho formal em agosto, entre os setores que mais puxaram, proporcionalmente, a alta do emprego, estão segmentos como indústria extrativa e administração pública, cujo salário é superior à média. "A composição do emprego também influencia esse resultado", observa a professora.
Um das consequências do aprofundamento da tendência de redução da distância entre os salários é a redução dos índices de rotatividade da mão de obra. No fim do ano passado, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), pela qual as empresas informam o total de funcionários contratados, estavam empregados no país 41,2 milhões de pessoas. Nos primeiros seis meses deste ano, 8,2 milhões desses trabalhadores foram desligados, seja por decisão da empresa, seja por iniciativa do funcionário, enquanto outros 9,7 milhões foram admitidos, segundo o Caged. Embora sejam pesquisas diferentes, elas podem ser cruzadas para indicar uma tendência, e esse dado aponta para um rotatividade de 20% da mão de obra total do país.
Na mesma comparação, a rotatividade da indústria, comércio e serviços é semelhante (variou de 22% a 25% no primeiro semestre deste ano), enquanto é muito maior na construção civil (47%) e na agropecuária (39%) e muito menor na administração pública (3%), onde a estabilidade é a regra na maior parte das contratações.
As novas admissões, observa Sérgio Mendonça, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nem sempre são para a mesma vaga, especialmente em setores como construção civil e agropecuária, onde há contratações muito temporárias, seja por safra, seja por obra. "Mas em outros setores, a hipótese com as quais os estudiosos mais trabalham é de que as empresas demitem salários mais altos e contratam novos empregados com menor remuneração como um instrumento para reduzir custo", observa Mendonça.
Segundo ele, quanto menor for a distância entre os dois salários, menor será a rotatividade. Mas uma parte da rotatividade, diz, é iniciativa do trabalhador, especialmente em momentos como o atual, onde ele pode trocar de emprego para ganhar mais, se for um bom profissional. Outra parcela, impossível de ser estimada, é aquela em que o trabalhador entra em acordo com o empregador para "sair" do emprego e usufruir de verbas como FGTS e seguro-desemprego. Para Mendonça, essa parcela é marginal.


País perdeu R$ 248 bi com crise, estima CNI

Autor(es): Agência Brasil, de Brasília
Valor Econômico - 17/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/17/pais-perdeu-r-248-bi-com-crise-estima-cni
A economia brasileira teve prejuízo de R$ 248,3 bilhões com a crise financeira internacional, de outubro de 2008 até o fim de 2009. Quase metade desse valor, R$ 121,5 bilhões, refere-se a perdas industriais, de acordo com estimativa da unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada pelo economista Marcelo de Ávila. [Fato da reprimarização.]
Segundo ele, o cálculo para chegar a esses valores levou em conta o que a indústria deixou de faturar por causa, principalmente, da escassez de crédito e da redução da demanda externa. Ele disse que o prejuízo só não foi maior por causa da forte demanda do mercado doméstico e da redução dos impostos na compra de automóveis, eletrodomésticos e material de construção.
O economista da CNI ressaltou, contudo, que a perda registrada pela indústria está em gradativo processo de recuperação. A produção industrial deve superar os níveis pré-crise até fim do mês que vem, pois os indicadores industriais referentes a julho estão muito próximos do patamar contabilizado em setembro de 2008, quando eclodiu a crise.
Dos seis indicadores divulgados na semana passada (faturamento, horas trabalhadas, emprego, massa salarial, rendimento médio e utilização da capacidade instalada), dois já estão acima do nível pré-crise: faturamento e emprego. A variável que estava mais distante era a de horas trabalhadas: 2,2% menor que em setembro de 2008.

País cria mais 299 mil vagas e bate recorde

Autor(es): Gustavo Henrique Braga
Correio Braziliense - 17/09/2010
Nordeste lidera a formalização em agosto e fica acima da média nacional, de 0,86%. Já o DF ficou abaixo, com avanço de 0,32%.
Wilson Dias/ABr - 16/9/10
Para o ministro Lupi, pujança na economia propiciará novos saltos

O ritmo da geração de postos de trabalho com carteira assinada voltou a crescer em agosto, após três meses consecutivos de desaceleração, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram criados 299.415 empregos, um recorde histórico para o oitavo mês do ano. No acumulado de janeiro a agosto, o saldo é de 1,9 milhão de vagas formais, o que representa um crescimento de 5,92% em relação a igual período de 2009. Percentualmente, o Nordeste puxou o desempenho nacional, com um incremento de 1,32% no número de carteiras assinadas em relação a julho, ao passo que, na média do país, esse avanço foi de 0,86%.

Todos os estados que cresceram acima de 1% no mês estão localizados nas regiões Norte e Nordeste. Já nos locais onde a economia é melhor estruturada, a expansão ficou abaixo da média nacional, como São Paulo (0,8%), Minas Gerais (0,78%) e Distrito Federal (0,32%). Por ironia, o economista Tiago Oliveira, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), atribui esse resultado exatamente ao peso da informalidade nas economias nortistas e nordestinas, onde a ausência de vínculo empregatício é maior que no Sul e no Sudeste. “Desde 2004, o país observa um movimento de formalização. Essa mudança é mais intensa onde há, proporcionalmente, mais postos sem carteira assinada”, explicou.

O ministro do trabalho, Carlos Lupi, prevê que os próximos meses serão de recordes sucessivos, devido à pujança econômica e a fatores sazonais, como a contratação de temporários. Outro destaque foi o Rio de Janeiro, onde o saldo foi de 24.921 empregos com carteira assinada, melhor resultado de todos os tempos já observado no estado. Na avaliação de Lupi, o bom desempenho dos fluminenses é reflexo dos primeiros investimentos para a Copa do Mundo de futebol e para as Olimpíadas.

Setores
Em valores absolutos, o setor de serviços continua como o que mais gera empregos no país, com saldo de 128,2 mil vagas. A construção civil, entretanto, é o setor que mais cresce proporcionalmente, com incremento de 1,59% no montante de vagas geradas. Na indústria da transformação, o resultado é de 70,3 mil empregos, o que representa um crescimento de 0,9%, o segundo melhor resultado para meses de agosto na série do Caged, que teve início em 1992.

A agricultura foi o único setor que registrou queda do emprego no mês passado, com variação negativa de 11,2 mil vagas. O ministro do trabalho minimizou esse resultado específico, alegando que o fraco desempenho está ligado à sazonalidade da entressafra no centro-sul do país, principalmente em relação ao café em Minas Gerais e em São Paulo. Apesar das demissões, setores como o cultivo da cana-de-açúcar em Pernambuco e na Paraíba teve desempenho positivo. A produção alimentícia e sucroalcooleira foi a responsável pela maior parte dos postos criados no Nordeste.




Licitacão para o novo porto de Manaus sai ainda este ano

Autor(es): Fernanda Pires
Valor Econômico - 17/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/17/licitacao-para-o-novo-porto-de-manaus-sai-ainda-este-ano
O governo federal recebe no dia 15 de outubro as propostas das empresas interessadas em construir e assumir a concessão do Porto Novo de Manaus, cuja licitação será realizada ainda neste ano, anunciou ontem o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário da Secretaria Especial de Portos (SEP), Fabrizio Pierdomenico. Será a primeira vez desde a edição da Lei de Modernização dos Portos (8.630/93) que a União passará a gestão de um complexo portuário para o setor privado.

A decisão de iniciar o processo de concessão de portos pelo Estado do Amazonas é uma resposta à demanda das empresas do polo industrial daquela região. O terminal de contêineres do único porto público existente opera sem equipamentos adequados para movimentação de cargas e o cais flutuante (que acompanha os fenômenos de cheia e vazante do rio Negro) foi interditado pela Marinha. Além disso, o porto de Manaus fica próximo ao centro histórico, o que limita a operação.
Atualmente, o terminal público de contêineres de Manaus é mais um depósito do que um escoadouro de cargas. Por causa disso, as empresas embarcadoras recorrem a dois terminais privativos que acabam fazendo as vezes do público.
"Não há como conceber uma praça como Manaus, que tem um polo industrial tão importante, um centro de distribuição fundamental para a região e o país, sem um porto público", afirma o secretário Pierdomenico. A estimativa da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) é que o faturamento anual do polo industrial - onde estão instaladas empresas como Honda, Sony, LG, entre outras - seja de aproximadamente US$ 35 bilhões.
"Se não fossem os dois terminais privativos, Manaus não teria movimentação de carga portuária. Com uma desvantagem: terminal privativo não tem Conselho de Autoridade Portuária (que regula as tarifas portuárias) nem Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), que escala os profissionais para trabalhar na atividade), ou seja, não tem o aparato do porto público", diz Pierdomenico.
A deficiência operacional em Manaus criou o que se convencionou chamar região de logística "ro-ro" (denominação de navios que embarcam cargas rolantes, como veículos) cabocla: as carretas com os contêineres são colocadas em balsas, que seguem por sete dias até Belém para depois descerem de estrada rumo aos destinos - cerca de 85% das mercadorias produzidas em Manaus são comercializadas no mercado doméstico. Se houvesse uma alternativa portuária, essa carga poderia sair de Manaus por cabotagem (navegação entre portos do mesmo país), por exemplo.
O maior problema é na importação. Uma parte das empresas recebe insumos de fora que chegam prioritariamente por navio. Além dos percalços logísticos, há o agravante do tempo do desembaraço aduaneiro.
O Porto Novo de Manaus, que também terá um cais flutuante, será erguido na área da extinta Siderúrgica do Estado do Amazonas (Siderama), um terreno de aproximadamente 300 mil metros quadrados. O local é estratégico, porque fica a 10 minutos do polo industrial e em frente à rodovia BR-319.
O arranjo do projeto (por exemplo, o número de terminais e de berços de atracação) será apresentado pela iniciativa privada no dia 15 de outubro. O conjunto de documentos a ser apresentado pelas empresas interessadas em concorrer na licitação é composto ainda pelo projeto básico e estudos ambientais e de viabilidade técnica e econômica.
Os estudos também indicarão o modelo de operação portuária. Pela Lei 8.630/93, a empresa que ganhou a concessão do porto pode operá-lo ou arrendar o terminal a um terceiro. A possibilidade de a iniciativa privada ofertar ao governo esses estudos é uma novidade prevista no Decreto 6.620/08, que regulamentou a Lei de Modernização dos Portos. A medida tem o objetivo de acelerar o processo.
Uma comissão formada pela Secretaria Especial de Portos e presidida pelo secretário Fabrizio Pierdomenico avaliará a melhor proposta. O resultado deve sair até o meio de novembro. A seguir, será encaminhado à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a quem cabe elaborar o edital de licitação.

Embraer planeja entrar em novos negócios!

Autor(es): Virgínia Silveira
Valor Econômico - 17/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/17/embraer-planeja-entrar-em-novos-negocios

O conselho de administração da Embraer aprovou, ontem, uma proposta de alteração do estatuto da empresa na parte de denominação e objeto social. Pela proposta, que será submetida em breve à avaliação em assembleia geral de acionistas, a denominação da companhia será alterada para "Embraer S.A." e seu objeto social passa a contemplar outras atividades tecnológicas, industriais e de serviços correlatos nas áreas de defesa, segurança e energia.

"A atuação da Embraer estava muito limitada ao setor aeronáutico, em função de um objeto social que foi definido em 1969. Dessa forma, a empresa só podia fazer o que voa e ela precisa voar mais alto e aproveitar as novas oportunidades que estão surgindo no contexto de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016", diz o diretor de comunicação da Embraer, Carlos Camargo.
Segundo o executivo, a decisão de mudar o estatuto está baseada em uma visão de médio e longo prazo e tem como objetivo preparar a empresa para as novas demandas nas áreas de energia, sistemas de segurança e defesa, que antes não podiam ser exploradas por conta do seu atual objeto social. "Queremos deixar o estatuto pronto para atender a estratégia de diversificação da companhia, que dará condições para que ela possa participar de forma mais efetiva do Programa Nacional de Defesa e de outros negócios."
Camargo disse que as mudanças anunciadas ontem não são resposta à joint venture formada recentemente entre o grupo Odebrecht e o consórcio europeu EADS Defense Security (DS). As duas empresas se uniram para explorar o potencial do mercado de defesa brasileiro, desenvolvendo equipamentos para os programas de modernização das Forças Armadas.
Em entrevista ao Valor, em junho deste ano, o presidente da DS, Stefan Zoller, disse que a joint venture vai atuar nas áreas de sistemas para vigilância costeira e de fronteiras e também de guerra eletrônica. O executivo comentou ainda que vê grandes possibilidades de ampliar seus negócios no mercado brasileiro com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
O diretor da Embraer disse que a estratégia de crescimento na aviação comercial e executiva também será mantida. "Somos líderes no segmento de jatos de até 120 assentos e para mantermos essa posição precisamos acompanhar as inovações do mercado e isso pode envolver várias decisões ainda em estudo, como a remotorização dos E-Jets ou o desenvolvimento de uma aeronave de maior porte."
Na aviação executiva, a Embraer tem dois novos produtos que entrarão no mercado nos próximos anos e continua avaliando a possibilidade de fazer jatos executivos de longo alcance. A área de defesa, diz Camargo, poderá ampliar o escopo de atuação com a mudança de estatuto, fazendo sistemas de vigilância e monitoramento para equipar não só a Aeronáutica, mas também a Marinha e o Exército.
Na opinião de fontes do setor de defesa, que acompanham de perto a Embraer, a mudança no estatuto dará à empresa maior flexibilidade para oferecer programas mais completos e integração de sistemas para as áreas de defesa. No setor de energia, segundo as fontes, uma área que está sendo analisada pela Embraer é a eólica. "A diversificação é uma decisão estratégica que visa o crescimento futuro de uma companhia com competência gerencial e de engenharia para fazer outras coisas, além de aviões", disse uma fonte.
Antes de ser submetida à avaliação dos acionistas, a mudança no estatuto da Embraer deverá ser apreciada pela União Federal, que detém a ação especial "golden share", por meio da qual pode exercer seu direito de veto ou se manifestar favoravelmente à matéria, dentro de um prazo de 30 dias.

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