quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Potássio do Brasil vê potencial em prospecção na bacia do Amazonas

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/9/potassio-do-brasil-ve-potencial-em-prospeccao-na-bacia-do-amazonas

Autor(es): Fernando Lopes
Valor Econômico - 09/09/2010
A Potássio do Brasil, empresa criada na segunda metade desta década e controlada por fundos de investimentos e acionistas "pessoas físicas" de Brasil, Canadá, Austrália e Europa, anunciou ontem que obteve dados geofísicos animadores para a mineralização de potássio nas pesquisas já realizadas na área que explora na bacia do Amazonas, próxima a duas outras jazidas da Petrobras.

A companhia começou os trabalhos de exploração na região em 2007, e no ano passado conseguiu captar US$ 25 milhões para desenvolver as pesquisas cujos resultados estão começando a sair. Segundo Helio Diniz, diretor-executivo de operações da Potássio do Brasil, pelo menos mais dez perfurações serão realizadas até o fim deste ano em busca de informações mais precisas que justifiquem a exploração comercial da reserva.
Em caso de resultados satisfatórios, informou, serão necessários mais US$ 100 milhões para o prosseguimento das sondagens e para serviços de engenharia e para o desenho da mina em si. A partir daí ficarão mais claras as viabilidades técnica, ambiental e econômica do projeto. "Já estamos negociando a captação desses recursos", disse Diniz. Segundo ele, os investidores atuais estão sendo procurados para eventuais aportes adicionais. Mas há outras opções em vista, e entre as quais uma possível busca por um novo parceiro de peso.
O que Diniz espera encontrar nos trabalhos de prospecção que estão sendo realizados na área da empresa na bacia do Amazonas é uma reserva capaz de resultar em uma produção de cerca de 2 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano. Para que uma produção deste patamar saia efetivamente do papel, o executivo calcula que serão necessários investimentos de US$ 2,5 bilhões.
Do tripé fundamental para a produção de adubos (fosfato, nitrogênio e potássio), o potássio é o mais carente no Brasil, que costuma importar cerca de 90% de suas necessidades. Com essa conhecida carência na manga, a Potássio do Brasil já estabeleceu acordos comerciais com grandes grupos de cooperativas de agricultores garantindo preços mais vantajosos para parte da produção da futura operação, se ela se confirmar.
O anúncio também acontece em um momento de ebulição no mercado internacional de fertilizantes, uma vez que a canadense Potash Corp., maior grupo do segmento do mundo, vem sendo disputada pela australiana BHP Billiton e pela chinesa Sinochem, que busca formar um consórcio para fazer frente à "rival".


Descoberta jazida de potássio na Bacia Amazônica

Autor(es): Nicola Pamplona e Fabíola Gomes
O Estado de S. Paulo - 09/09/2010
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/9/9/descoberta-jazida-de-potassio-na-bacia-amazonica


Potássio do Brasil encontra mina na região que já foi explorada pela Petrobrás na década de 70; empresa deve fazer aporte de US$ 2,5 bilhões por cinco anos


A Potássio do Brasil anunciou ontem a descoberta de uma jazida de potássio na Bacia do Amazonas. Trata-se da primeira descoberta na região em cerca de 30 anos, após o abandono, pela Petrobrás, dos trabalhos exploratórios nas jazidas de Fazendinha e Arari.


Segundo o diretor executivo da Potássio do Brasil, Hélio Diniz, a empresa espera ter uma definição sobre o potencial da região até dezembro.

Em comunicado, a Potássio do Brasil informou que seu primeiro poço no Amazonas encontrou um intervalo de 1,86 metro de espessura, com teor médio de cloreto de potássio de 32,59%. "Estamos bastante animados com o fato deste furo de sondagem ter apresentado teores mais elevados do que quaisquer dos 16 furos realizados anteriormente pela Petrobrás", comentou Diniz. As jazidas da estatal têm reservas estimadas em 500 milhões de toneladas.

A Petrobrás encontrou o potássio na região na década de 70, quando buscava petróleo, mas ainda não decidiu o que vai fazer com sua jazida. Recentemente, a empresa anunciou a contratação de um estudo técnico para avaliar o potencial comercial das reservas. O assunto ganhou força em 2008, diante do aumento dos preços dos fertilizantes no mercado internacional.

O Brasil consome pouco mais de 4 milhões de toneladas de potássio por ano. Cerca de 90% desse total é importado, sobretudo do Canadá e da Rússia.

As jazidas de potássio da Amazônia ficam na região do encontro dos Rios Madeira e Amazonas, nos municípios de Autazes e Nova Olinda do Norte. A Potássio do Brasil está perfurando dois poços na região e, após a descoberta, decidiu contratar uma terceira sonda, que deve chegar em outubro, para acelerar os trabalhos exploratórios.

Diniz afirmou que, após a definição da reserva, com potencial de produção, a companhia iniciará o estudo de viabilidade técnico-econômica, que indicará como será o processo de retirada do minério, o custo de produção e a taxa de retorno do investimento. "O estudo leva em média um ano e vai demonstrar se o projeto é viável."

Após a confirmação do potencial produtivo, a empresa deve fazer aporte de mais US$ 2,5 bilhões por cinco anos para montar a infraestrutura da mina, incluindo equipamentos, construção do poço e da unidade de beneficiamento do minério, custo estimado para a produção anual de até 2 milhões de toneladas, segundo previsão inicial da companhia. O cronograma indica que o produto só entrará no mercado nacional a partir de 2016.

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